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PNAD Contínua mostra desocupação de 6,8% no segundo trimestre de 2014

A taxa de desocupação para o Brasil, no 2º trimestre de 2014, foi estimada em 6,8%...

06/11/2014 07h00 | Atualizado em 06/11/2014 07h00

Indicador / Período 2º tri / 2014 1º tri / 2014 2º tri / 2013
Taxa de desocupação
6,8%
7,1%
7,4%
Nível da ocupação
56,9%
56,7%
56,9%
População ocupada
92,1 milhões
91,2 milhões
90,6 milhões
População desocupada
6,8 milhões
7,0 milhões
7,3 milhões

A taxa de desocupação para o Brasil, no 2º trimestre de 2014, foi estimada em 6,8%. Houve queda em relação ao 1º trimestre de 2014 (7,1%) e 2º trimestre de 2013 (7,4%). O nível da ocupação para o mesmo período (56,9%) permaneceu estável frente ao 1º trimestre do mesmo ano (56,7%) e em relação ao 2º trimestre de 2013 (56,9%).

No 2º trimestre de 2014, 78,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, com avanço de 1,7 ponto percentual em relação ao 2º trimestre de 2013. As regiões Norte (65,6%) e Nordeste (63,7%) mostraram os menores percentuais nesse indicador.

A PNAD Contínua utiliza os novos conceitos recomendados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Outras informações sobre a pesquisa podem ser encontradas em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua/.

No enfoque regional da desocupação, no 2º trimestre de 2014, a região Centro-Oeste (61,5%) e a Sul (61,1%) foram as que apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar, enquanto a região Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (51,9%). Foram verificadas, também, diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres.


Grandes Regiões e sexo
Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na semana de referência (%)
2013 2014
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre 1º Trimestre 2º Trimestre
Brasil
8,0
7,4
6,9
6,2
7,1
6,8
Homens
6,5
6,0
5,6
5,1
5,9
5,8
Mulheres
10,0
9,3
8,6
7,6
8,7
8,2
Norte
8,6
8,3
7,5
6,5
7,7
7,2
Homens
6,3
6,3
5,6
5,1
5,8
5,9
Mulheres
11,8
11,2
10,4
8,5
10,5
9,2
Nordeste
10,9
10,0
9,0
7,9
9,3
8,8
Homens
9,0
8,3
7,4
6,6
7,9
7,7
Mulheres
13,7
12,4
11,2
9,7
11,4
10,4
Sudeste
7,6
7,2
7,0
6,2
7,0
6,9
Homens
6,1
5,8
5,6
5,1
5,8
5,8
Mulheres
9,3
9,0
8,6
7,7
8,4
8,2
Sul
4,8
4,3
4,1
3,8
4,3
4,1
Homens
3,8
3,4
3,3
3,2
3,5
3,3
Mulheres
6,0
5,4
5,1
4,6
5,4
5,1
Centro-Oeste
6,8
6,0
5,5
4,9
5,8
5,6
Homens
5,4
4,7
4,4
3,8
4,6
4,4
Mulheres
8,6
7,7
6,9
6,4
7,5
7,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2013-2014.

Confrontando o 2º trimestre de 2014 com o mesmo trimestre de 2013, é possível observar queda na taxa de desocupação em todos os grupos etários, exceto 60 anos ou mais. A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, 15,3%, apresentou patamar elevado em relação à taxa média total. Este comportamento foi verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco Grandes Regiões.

Norte e Nordeste mostram os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria

No 2° trimestre de 2014, a população ocupada era composta por 70,2% de empregados, 4,1% de empregadores, 22,9% de trabalhadores por conta própria e 2,9% de trabalhadores familiares auxiliares. Ao longo da série histórica da pesquisa essa composição não se alterou significativamente. Nas regiões Norte (29,8%) e Nordeste (29,4%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões. O mesmo foi constatado para os trabalhadores familiares auxiliares, as Regiões Norte (7,0%) e Nordeste (4,5%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.

Sudeste e Sul têm os maiores percentuais de empregados com carteira assinada

No 2º trimestre de 2014, 78,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, apresentando avanço de 2,6 pontos percentuais em relação ao 2º trimestre de 2012. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 31,7% tinham carteira de trabalho assinada, no mesmo trimestre do ano passado, eram 30,8%. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 69,0% dos empregados do setor público.

Norte (65,6%) e Nordeste (63,7%) mostraram percentuais de empregados do setor privado com carteira assinada inferiores aos das demais regiões. A comparação do 2º trimestre de 2014 com o mesmo trimestre do ano anterior apontou aumento deste indicador em todas as regiões, exceto na Centro-Oeste. O Nordeste destaca-se com o avanço de 3,5 pontos percentuais na comparação com o 2º trimestre de 2012.

Percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada na população de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no setor privado no trabalho principal, segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre de 2012-2014

Nível da ocupação é de 68,4% para os homens e 46,4% para as mulheres

No 2º trimestre de 2014, as regiões Sul (61,1%) e Centro-Oeste (61,5%) foram as que apresentaram os maiores níveis de ocupação (percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar) e a região Nordeste, o menor (51,9%). Em relação ao 2º trimestre do ano anterior, houve alta no nível da ocupação no Nordeste. No 2º trimestre de 2014, o nível da ocupação foi estimado em 68,4% para os homens e 46,4% para as mulheres. Essa diferença foi verificada em todas as regiões, sendo que na Norte, estava a maior a diferença e na Sul, a menor.

No 2º trimestre de 2014, o nível da ocupação do grupo etário de 25 a 39 anos foi estimado em 75,8% e, para o grupo de 40 a 59 anos, em 69,4%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, esta estimativa era 57,5%. Entre os menores de idade (de 14 a 17 anos) esta estimativa foi 16,3%, enquanto entre os idosos (60 anos ou mais), 21,9%. O nível da ocupação dos jovens de 18 a 24 anos nas regiões Sul (67,1%) e Centro-Oeste (61,5%) ficou próximo ao observado no Nordeste para os adultos de 25 a 39 anos (69,0%) e 40 a 59 anos (65,0%).

Nível da ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre de 2014

Em geral, nos grupos com mais instrução, o nível da ocupação era mais elevado. No 2º trimestre de 2014, pouco menos de um terço (32,6%) das pessoas sem nenhuma instrução estava trabalhando. Já entre aqueles com curso superior completo, o nível da ocupação chegou a 80,1%.

Nordeste continua com o maior percentual de pessoas fora da força de trabalho

No 2º trimestre de 2014, no Brasil, 38,9% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.

O Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas fora da força de trabalho (43,1%), e as regiões Centro-Oeste (34,8%) e Sul (36,2%), os menores. Esta configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica. As mulheres eram maioria nessa população: cerca de 66,5% no 2º trimestre de 2014. Em todas as regiões o comportamento foi similar. Aproximadamente um terço (34,0%) da população fora da força de trabalho era idosa (com 60 anos ou mais de idade). Aqueles com menos de 25 anos de idade eram 29,2% e os adultos (25 a 59 anos) eram 36,8%.