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Receita dos serviços cresce 4,5% em agosto

Em agosto, o setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 4,5% na comparação com igual mês do ano anterior,...

22/10/2014 07h00 | Atualizado em 22/10/2014 07h00

Período Receita Nominal
Agosto 2014/ Agosto 2013
4,5%
Acumulado em 2014
6,7%
Acumulado em 12 meses
7,4%

Em agosto, o setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 4,5% na comparação com igual mês do ano anterior, inferior às taxas observadas em julho (4,6%) e junho (5,8%). Este resultado é o menor desde o início da série. Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 9,0%; os serviços de informação e comunicação, de 1,7%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,9%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 3,2%; e outros serviços, de 10,6%. O crescimento nominal acumulado no ano e o acumulado em 12 meses foram 6,7% e 7,4% respectivamente, também as menores taxas na série.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços formais no país, abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/servicos/pms/default.shtm.


Tabela 1
BRASIL - Indicadores de Receita Nominal do Setor de Serviços, Segundo Grupos de Atividades
PMS - Agosto 2014


Atividades Mês/Igual Mês do Ano Anterior Acumulado
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
Jun
Jul
Ago
No Ano
12 Meses
Brasil
5,8
4,6
4,5
6,7
7,4
1 - Serviços prestados às famílias
11,1
5,4
9,0
10,4
10,4
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
12,1
6,1
9,7
10,8
10,6
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
5,4
1,3
4,4
7,9
8,9
2 - Serviços de informação e comunicação
5,7
2,1
1,7
4,6
5,5
   2.1 - Serviços TIC
3,0
2,1
1,8
3,8
4,8
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
22,8
2,2
0,9
10,0
10,4
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
7,3
7,0
7,9
7,7
7,9
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
5,6
4,8
1,4
6,6
5,4
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
8,0
7,8
10,3
8,1
8,8
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
4,7
4,6
3,2
7,4
8,5
   4.1 - Transporte terrestre
2,8
4,3
0,8
5,0
6,4
   4.2 - Transporte aquaviário
14,1
2,3
6,2
11,7
14,5
   4.3 - Transporte aéreo
4,5
- 2,5
6,0
10,5
12,5
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
7,0
8,3
6,5
10,2
10,5
5 - Outros serviços
1,1
8,3
10,6
6,5
7,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

O resultado de 1,7% registrado nos Serviços de Informação e comunicação (inferior às variações de 2,1% de julho e 5,7% de junho) combinado com o resultado de 3,2%, registrado nos Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (inferior às variações de 4,6% de julho e 4,7% de junho) foram os fatores que contribuíram para que o resultado do mês de agosto se situasse em um patamar inferior aos dos meses anteriores.

Os Serviços de informação e comunicação, atividade de maior peso na estrutura de formação da taxa global da PMS (35,7%), registraram queda na composição relativa da taxa global, passando de 15,2% em julho para 13,3% em agosto. Da mesma forma, os Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com peso de 30,7%, reduziu sua participação relativa de 32,6% para 22,2%.


Tabela 3
Composição da Taxa Mensal dos Serviços, Segundo Grupos de Atividades
BRASIL - Agosto 2014


Atividades Taxa Composição da Taxa
Absoluta Relativa (%)
Brasil
4,5
4,5
100,0
1 - Serviços prestados às famílias
9,0
0,6
13,3
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
9,7
0,6
13,3
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
4,4
0,0
0,0
2 - Serviços de informação e comunicação
1,7
0,6
13,3
   2.1 - Serviços TIC
1,8
0,5
11,1
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
0,9
0,1
2,2
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
7,9
1,6
35,6
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
1,4
0,1
2,2
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
10,3
1,5
33,4
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
3,2
1,0
22,2
   4.1 - Transporte terrestre
0,8
0,1
2,2
   4.2 - Transporte aquaviário
6,2
0,1
2,2
   4.3 - Transporte aéreo
6,0
0,2
4,5
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
6,5
0,6
13,3
5 - Outros serviços
10,6
0,7
15,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

Os serviços prestados às famílias registraram no Brasil variação de 9,0% em agosto sobre igual mês do ano anterior, superior à taxa de julho (5,4%) e inferior à de junho (11,1%). No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram de 10,4% no ano e nos últimos 12 meses. As atividades que compõem este segmento apresentaram os seguintes resultados: 9,7% em alojamento e alimentação e 4,4% em outros serviços prestados às famílias. Em termos relativos, as empresas prestadoras deste tipo de serviço contribuíram com 13,3% e, em termos absolutos, com 0,6 p.p, para a composição do índice geral.

Os serviços de informação e comunicação registraram crescimento de 1,7%, inferior às taxas de julho (2,1%) e junho (5,7%). No acumulado do ano a taxa foi de 4,6% e nos últimos 12 meses, de 5,5%. Os serviços de tecnologia da informação e comunicação - TIC, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, apresentaram variação de 1,8%, e os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, de 0,9%. O segmento de serviços de informação e comunicação representou 13,3% na contribuição relativa no mês e 0,6 p.p. na composição absoluta do índice geral.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram crescimento de 7,9%, contra 7,0% em julho e 7,3% em junho. Em termos acumulados, os resultados foram de 7,7% para os oito primeiros meses do ano e de 7,9% para os últimos 12 meses. Os serviços técnico-profissionais, que abrangem os serviços intensivos em conhecimento, variaram 1,4%, e os serviços administrativos e complementares, que englobam os serviços intensivos em mão-de-obra, 10,3%. Com uma contribuição relativa de 35,6%, esse segmento participou, em termos absolutos, com 1,6 p.p. na formação do índice geral.

O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou crescimento de 3,2% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2013, inferior às taxas de julho (4,6%) e junho (4,7%). Em relação aos resultados acumulados, as taxas de variação foram: 7,4% para o acumulado nos oito primeiros meses do ano e 8,5% para os últimos 12 meses. Todas as atividades apresentaram resultados positivos: transporte terrestre (0,8%), transporte aquaviário (6,2%), transporte aéreo (6,0%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (6,5%). O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio contribuiu, em termos relativos, com 22,2% e com 1,0 p.p, em termos absolutos, para a composição do índice global.

No caso específico do segmento Transporte terrestre, a taxa inferior às dos períodos anteriores (0,8%) decorre da demanda desaquecida pelo Transporte rodoviário de cargas, principalmente por parte do setor industrial, o quem tem provocado uma redução dos fretes.

O segmento outros serviços apresentou taxa de crescimento de 10,6%, superior às variações de julho (8,3%) e junho (1,1%). Nos acumulados dos oito meses do ano e dos últimos 12 meses suas taxas alcançaram, respectivamente, 6,5% e 7,0%. O segmento contribuiu, em termos absolutos, com 0,7 p.p. e 15,6%, em termos relativos, para a composição do índice geral.

Em agosto, 23 estados apresentaram variação positiva

Das 27 unidades da Federação, 23 apresentaram variação positiva na comparação com agosto de 2013. Os destaques foram: Distrito Federal (13,2%), Acre (11,2%) e Tocantins e Rondônia (ambas com 8,2%). Apresentaram variações nominais negativas as seguintes unidades da Federação: Amapá (-3,9%), Piauí (-2,0%), Mato Grosso do Sul (-1,2%) e Espírito Santo (-0,6%).