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Em outubro, IPCA-15 fica em 0,48%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,48% em outubro e...

21/10/2014 07h00 | Atualizado em 21/10/2014 07h00


Período

TAXA

Outubro

0,48%

Setembro

0,39%

Outubro 2013

0,48%

Acumulado no ano

5,23%

Acumulado 12 meses

6,62%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,48% em outubro e ficou 0,09 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,39%). Com isso, o resultado do ano foi para 5,23%, acima da taxa de 4,46% do mesmo período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,62%, a mesma variação dos 12 meses imediatamente anteriores (6,62%), já que o IPCA-15 de outubro de 2013 também situou-se em 0,48%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

Conforme a tabela a seguir, ci e serviços pesquisados mostraram aceleração na taxa de setembro para outubro, enquanto os outros quatro apresentaram desaceleração.

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Setembro
Outubro
Setembro
Outubro
Índice Geral
0,39
0,48
0,39
0,48
Alimentação e Bebidas
0,28
0,69
0,07
0,17
Habitação
0,72
0,80
0,11
0,12
Artigos de Residência
0,43
0,13
0,02
0,01
Vestuário
0,17
0,70
0,01
0,05
Transportes
0,45
0,25
0,08
0,05
Saúde e Cuidados Pessoais
0,30
0,37
0,04
0,04
Despesas Pessoais
0,31
0,40
0,03
0,04
Educação
0,20
0,08
0,01
0,00
Comunicação
0,56
0,00
0,02
0,00

Alimentação e Bebidas (de 0,28% em setembro para 0,69% em outubro), com impacto de 0,17 ponto percentual, junto a Habitação (de 0,72% para 0,80%), com 0,12 p.p., somaram 0,29 p.p. e foram responsáveis por 60,42% do IPCA-15 do mês.

Em outubro, os preços dos alimentos continuaram a subir e foram para 0,69%, após registrarem 0,28% em setembro. A alta foi influenciada pelas carnes, que ficaram 2,38% mais caras e tiveram o mais elevado impacto individual no mês, com 0,06 p.p. Além das carnes, outros itens apresentaram aumentos significativos em seus preços, a exemplo da cerveja (3,52%), do frango (1,75%) e do arroz (1,35%).

No grupo Habitação, os destaques foram as contas de energia elétrica, com alta de 1,28%, e o gás de cozinha, com 2,52%. Na energia elétrica, o maior resultado foi o de Goiânia (15,54%), onde as tarifas tiveram reajuste de 19,00% em 12 de setembro. Em Brasília (5,99%), o reajuste foi de 18,88% em vigor desde 26 de agosto. Nas demais regiões, as variações no item decorrem de alterações no PIS/PASEP/COFINS.

Além do grupo Alimentação e Bebidas (de 0,28% para 0,69%) e do grupo Habitação (de 0,72% para 0,80%), Vestuário (de 0,17% para 0,70%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,30% para 0,37%) e Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%) também mostraram aceleração nas taxas de crescimento de setembro para outubro.

Nas Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%), o item empregado doméstico, com 0,73%, merece destaque, tendo em vista que as informações de rendimentos da Pesquisa Mensal de Emprego – PME das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Salvador não estiveram disponíveis para os cálculos dos índices de julho, agosto e setembro, o que levou à adaptação da metodologia.

Nesse mês de outubro, de posse dos rendimentos efetivamente coletados pela PME nestas duas regiões, os cálculos dos meses anteriores foram, excepcionalmente, refeitos através da metodologia normalmente adotada. Para obter o resultado mensal, a partida foi o acumulado do item no período de julho a outubro (rendimentos referentes aos meses de maio a agosto), o que resultou em 3,79% em Porto Alegre e -1,91% em Salvador. A seguir, do acumulado de julho a outubro, foi retirada a variação que havia sido registrada nos índices de julho a setembro, sendo 2,52% em Porto Alegre e 2,34% em Salvador. Assim, foi obtido o resultado do mês de outubro, que ficou em 1,25% em Porto Alegre e -4,15 em Salvador.

O mesmo procedimento foi aplicado ao item mão de obra para pequenos reparos, do grupo Habitação. O acumulado dos últimos quatro meses foi de 2,38% em Porto Alegre e 2,25% em Salvador. Retirada a variação acumulada em julho, agosto e setembro, que ficou em 2,23% em Porto Alegre e 1,57% em Salvador, o resultado de outubro situou-se em 0,14% e 0,66%, respectivamente.

Quanto aos grupos Artigos de Residência (de 0,43% para 0,13%), Transportes (de 0,45% para 0,25%), Educação (de 0,20% para 0,08%) e Comunicação (de 0,56% para zero), as variações ficaram abaixo do mês anterior. Destacam-se, nos Transportes, as passagens aéreas, que recuaram para 1,40% em outubro, enquanto haviam pressionado setembro com alta de 17,58%.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,73%), em razão da alta da energia elétrica (5,99%) tendo em vista o reajuste de 18,88% em vigor desde 26 de agosto. O menor índice foi o de Belém (-0,04%), onde os alimentos consumidos em casa (-0,01%) mostraram pequena queda. Além disso, em Belém, ocorreu queda de 2,05% nas contas de energia elétrica, em função da redução nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS.

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Setembro
Outubro
Ano
12 Meses
Brasília
3,46
0,74
0,73
4,84
6,57
Goiania
4,44
0,05
0,70
4,92
6,31
Porto Alegre
8,40
0,29
0,61
5,58
7,00
Rio de Janeiro
12,46
0,22
0,56
5,76
7,49
São Paulo
31,68
0,34
0,53
5,14
6,39
Salvador
7,35
0,75
0,46
5,15
6,45
Fortaleza
3,49
0,09
0,41
4,38
6,23
Curitiba
7,79
0,38
0,38
5,47
7,02
Belo Horizonte
11,23
0,30
0,34
5,07
6,43
Recife
5,05
0,55
0,31
5,77
6,82
Belém
4,65
1,10
-0,04
4,76
5,85
Brasil
100,00
0,39
0,48
5,23
6,62

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de setembro a 13 de outubro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 12 de setembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.