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Em agosto, vendas no varejo crescem 1,1%

Em agosto de 2014, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,1 % no volume de...

15/10/2014 06h00 | Atualizado em 15/10/2014 06h00

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Agosto / Julho
1,1%
1,3%
-0,4%
-0,2%
Média móvel trimestral
-0,2%
0,2%
-1,0%
-0,5%
Agosto 2014 / Agosto 2013
-1,1%
5,2%
-6,8%
-1,1%
Acumulado 2014
2,9%
9,2%
-1,5%
4,2%
Acumulado 12 meses
3,6%
10,1%
0,6%
6,2%

Em agosto de 2014, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,1 % no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, após dois meses de quedas nos dois indicadores, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. A média móvel em relação ao volume de vendas permaneceu em queda, com -0,2%. Já no que tange à receita nominal, a média móvel continuou positiva em 0,2%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, taxas de -1,1% sobre agosto do ano anterior e de 2,9% e 3,6% nos acumulados dos oito primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 5,2%, 9,2% e de 10,1%, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Entre as dez atividades, oito registraram variação positiva

Nos resultados de agosto sobre o mês anterior, observa-se que oito das dez atividades pesquisadas apresentaram variações positivas no volume de vendas. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,5%); Tecidos, vestuário e calçados (3,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); Combustíveis e lubrificantes (1,4%); Móveis e eletrodomésticos (1,3%); Livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%); Material de construção (0,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%) e Veículos e motos, partes e peças (-2,5%).

Já na relação agosto14/agosto13 (série sem ajuste), das oito atividades do varejo, cinco registraram variações negativas no volume de vendas. As cinco atividades que registraram impactos negativos foram: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%); Móveis e eletrodomésticos (-7,5%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,9%); e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,8%). Os segmentos com impacto positivo foram: Combustíveis e lubrificantes com 0,1%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico com 4,4%; e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria com 7,1%.



BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC
Agosto 2014
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (*) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
JUN JUL AGO JUN JUL AGO NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (**)
-0,7
-1,0
1,1
0,9
-0,9
-1,1
2,9
3,6
1 - Combustíveis e lubrificantes
-2,3
1,2
1,4
-2,7
-0,3
0,1
3,0
4,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,4
-1,1
-0,1
0,8
0,0
-1,7
2,4
2,6
2.1 - Super e hipermercados
0,3
-1,2
0,0
0,5
-0,1
-1,9
2,3
2,5
3 - Tecidos, vest. e calçados
-0,5
0,1
3,2
-2,5
-4,1
-1,2
-1,3
0,5
4 - Móveis e eletrodomésticos
-2,2
-4,7
1,3
0,1
-9,2
-7,5
1,5
2,6
4.1 - Móveis
-
-
-
4,6
-8,3
-7,2
3,1
1,8
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-1,8
-9,6
-7,6
1,2
3,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-0,8
0,6
2,5
7,8
7,0
7,1
9,3
10,2
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-4,2
0,9
7,5
-7,5
-8,4
-6,8
-4,2
0,9
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-6,8
4,5
0,9
-12,5
-12,5
-8,9
-6,8
-4,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-1,1
-1,2
1,6
7,9
4,5
4,4
8,2
9,3
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***)
-3,3
0,6
-0,4
-6,0
-4,9
-6,8
-1,5
0,6
9 - Veículos e motos, partes e peças
-12,3
8,0
-2,5
-18,7
-12,5
-17,4
-9,8
-5,5
10- Material de Construção
-5,2
4,3
0,2
-4,6
-3,3
-5,7
0,2
2,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Séries com ajuste sazonal
(**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -1,7% no volume de vendas em agosto sobre igual mês do ano anterior, exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. Esta atividade teve seu desempenho influenciado pelo menor ritmo de crescimento da renda e pelo comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 7,5% no grupo alimentação no domicílio, contra 6,5% da inflação global, segundo IPCA. As taxas acumuladas foram: 2,4% para os oito primeiros meses do ano e 2,6% para os últimos 12 meses.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com taxa de -7,5% no volume de vendas em relação a agosto do ano passado, foi responsável pela segunda maior participação negativa no índice geral. Essa variação foi impactada pelo menor ritmo de crescimento do crédito com recursos livres que, segundo o Banco Central, no acumulado dos últimos 12 meses, passou de 9,2% em agosto de 2013 para 5,0% em agosto deste ano. Cabe ressaltar que as altas de preços dos principais produtos que compõe esta atividade se encontram acima da inflação. Em termos acumulados, os resultados foram: 1,5% para os oito primeiros meses do ano e 2,6% para os últimos 12 meses.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou variação de -1,2% no volume de vendas em comparação a agosto do ano anterior, representou a terceira contribuição negativa à taxa global do varejo. Em relação às taxas acumuladas, os resultados foram de -1,3% para os oito primeiros meses do ano e de 0,5% para os últimos 12 meses. Mesmo com os preços do principal item que compõe a atividade variando menos que a inflação geral (vestuário com 4,7% contra 6,5% no índice geral, segundo IPCA) o setor apresentou desempenho abaixo da média.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de -8,9% no volume de vendas sobre agosto de 2013, respondeu pela quarta maior contribuição negativa ao resultado total varejista. Nos acumulados dos oito meses do ano e dos últimos 12 meses, suas taxas registraram, respectivamente, -6,8% e -4,2%. A trajetória declinante dessa atividade vem sendo influenciada pelo aumento dos preços dos produtos de papelaria, cujo crescimento acumulado em 12 meses chegou a 7,6%, superando assim a média geral de 6,5%, segundo o IPCA.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela quinta maior participação negativa na formação da taxa global, apresentou variação de -6,8% sobre igual mês do ano anterior, e taxas acumuladas no ano de -4,2% e nos últimos 12 meses de 0,9%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho destaca-se a redução do ritmo de crescimento do crédito, como já mencionado.



BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Agosto 2014 (*)
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa Comp. da taxa Taxa Comp. da taxa
absoluta relativa(%) absoluta relativa(%)
Taxa Global
-1,1
-1,1
100,0
-6,8
-6,8
100,0
1 - Combustíveis e lubrificantes
0,1
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-1,7
-1,0
90,9
-1,7
-0,5
7,4
3 - Tecidos, vest. e calçados
-1,2
-0,2
18,2
-1,2
-0,0
0,0
4 - Móveis e eletrodomésticos
-7,5
-0,9
81,8
-7,5
-0,8
11,8
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
7,1
0,6
-54,6
7,1
0,0
0,0
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-6,8
-0,0
0,0
-6,8
-0,0
0,0
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-8,9
-0,0
0,0
-8,9
-0,0
0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
4,4
0,4
-36,4
4,4
0,4
-5,9
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-
-17,4
-5,3
77,9
10- Material de Construção
-
-
-
-5,7
-0,6
8,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global



BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC
Agosto 2014
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (*) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
JUN JUL AGO JUN JUL AGO NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (**)
-0,1
-0,6
1,3
7,6
5,9
5,2
9,2
10,1
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,7
0,9
1,7
2,8
4,6
5,7
8,2
9,2
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,5
-0,4
0,0
7,9
7,4
5,5
9,2
9,8
2.1 - Super e hipermercados
0,9
-0,4
-0,1
7,7
7,4
5,2
9,1
9,6
3 - Tecidos, vest. e calçados
0,2
0,2
3,4
2,2
0,7
3,3
3,6
5,6
4 - Móveis e eletrodomésticos
-1,5
-4,2
1,6
7,9
-1,7
-0,8
9,1
10,0
4.1 - Móveis
-
-
-
12,5
-1,0
0,0
11,3
10,0
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
5,8
-2,0
-1,2
7,9
9,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-0,2
1,0
2,8
12,5
11,9
12,3
14,4
15,3
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-5,1
0,8
6,7
-7,2
-8,6
-9,2
-5,4
-1,1
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-4,4
2,9
2,1
-6,8
-7,3
-2,8
-0,6
1,9
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,2
-0,5
1,7
14,5
11,3
10,0
14,4
15,4
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***)
-2,8
1,4
-0,2
-0,1
1,2
-1,1
4,2
6,2
9 - Veículos e motos, partes e peças
-12,5
8,5
-2,6
-15,8
-9,3
-14,7
-6,9
-2,7
10- Material de Construção
-4,9
4,8
0,6
1,2
3,0
0,4
6,3
8,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Séries com ajuste sazonal
(**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Varejo ampliado varia -1,2% em agosto

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou, para o volume de vendas, variação de -0,4% em relação ao mês anterior (ajustados sazonalmente) e de -6,8% comparado com o mesmo mês do ano anterior.

O desempenho deste setor reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou taxa de -2,5% sobre julho de 2014 (com ajuste sazonal) e queda de -17,4% em relação a agosto de 2013. O resultados acumulados desta atividade foram de -9,8% nos oito meses de 2014 e de -5,5% nos últimos 12 meses. Estas variações foram influenciadas pelo menor ritmo do crédito e pelo comprometimento da renda familiar, provocando desaceleração do consumo neste segmento.

Quanto à atividade de Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 0,2% sobre o mês anterior (ajuste sazonal) e de -5,7% em relação a agosto de 2013. Em termos acumulados, as taxas foram: 0,2% nos oito meses de 2014 e 2,5% nos últimos 12 meses. A redução do volume de vendas do setor pode ser atribuída à menor disponibilidade de crédito.

Resultados foram negativos em 16 estados na comparação com agosto de 2013

No comércio varejista, das 27 unidades da federação, 16 apresentaram variações negativas no volume de vendas, na comparação de agosto de 2014 com igual mês do ano anterior (série sem ajuste), com destaque para: Santa Catarina (-5,1%); Espírito Santo (-4,5%); e Goiás (-4,2%). Os estados com maiores resultados positivos foram: Acre com 19,0%; Rondônia com 10,0%; e Roraima com 8,1%.

Para o volume de vendas, em relação aos resultados sobre o mês anterior com ajuste sazonal, observam-se 23 estados com variações positivas, sendo as maiores taxas encontradas no Piauí (4,7%); Rondônia (4,6%); Paraíba (3,8%); Maranhão (3,4%); e Acre (3,1%).

Quanto ao comércio varejista ampliado, 22 estados apresentaram variações negativas na comparação com o mesmo período do ano anterior para o volume de vendas, destacando-se São Paulo (-14,0%); Espírito Santo (-9,0%); e Paraná (-8,9%). As maiores taxas de desempenho ocorreram em: Roraima com 5,9%; Tocantins com 2,2%; e Rondônia com 2,1%.