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IPCA de setembro fica em 0,57%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro variou 0,57%, mais que dobrando...

08/10/2014 06h00 | Atualizado em 08/10/2014 06h00

Período TAXA
SETEMBRO de 2014
0,57%
Agosto de 2014
0,25%
Setembro de 2013
0,35%
No ano 2014
4,61%
Acumulado nos 12 meses
6,75%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro variou 0,57%, mais que dobrando em relação aos 0,25% de agosto. Com setembro, o acumulado no ano fechou em 4,61% e ficou acima dos 3,79% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice foi para 6,75%, resultado superior aos 6,51% dos 12 meses imediatamente anteriores. É o maior índice acumulado em 12 meses desde outubro de 2011, quando atingiu 6,97%. Em setembro de 2013 a taxa havia sido 0,35%. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Alimentação e bebidas, grupo mais importante na despesa das famílias, com peso de 24,73%, teve impacto de 0,19 ponto percentual, ficando responsável por cerca da terça parte do índice.

 

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Agosto
Setembro
Agosto
Setembro
Índice Geral
0,25
0,57
0,25
0,57
Alimentação e Bebidas
-0,15
0,78
-0,04
0,19
Habitação
0,94
0,77
0,14
0,11
Artigos de Residência
0,47
0,34
0,02
0,02
Vestuário
-0,15
0,57
-0,01
0,04
Transportes
0,33
0,63
0,06
0,12
Saúde e Cuidados Pessoais
0,41
0,33
0,05
0,04
Despesas Pessoais
0,09
0,39
0,01
0,04
Educação
0,43
0,18
0,02
0,01
Comunicação
0,10
0,13
0,00
0,00

Os preços dos alimentos, após três meses em queda, junho (-0,11%), julho (-0,15%) e agosto (-0,15%), voltaram a subir e foram para 0,78%, o maior resultado de grupo em setembro. O líder dos impactos foi o item carnes, com 0,08 ponto percentual. O quilo ficou, em média, 3,17% mais caro, chegando a 5,06% em Campo Grande e 6,12% em Vitória. A menor variação ficou com o Rio de Janeiro, com alta de 1,00%. Outros itens também ficaram mais caros em setembro.

 

Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
(%)
Agosto
Setembro
Ano
12 meses
Cebola
-0,55
10,17
32,89
20,72
Cerveja em casa
0,37
3,48
5,61
8,37
Carnes
0,43
3,17
12,23
19,58
Farinha de mandicoa
-1,42
2,52
-26,54
-28,71
Frutas
-1,96
2,11
2,40
9,80
Doces
0,87
1,90
8,13
9,68
Leite longa vida
0,94
1,75
5,02
-2,65
Frango em pedaços
-1,19
1,68
3,03
7,92
Biscoito
-0,81
1,30
5,06
7,36
Refrigerante em casa
0,69
1,24
6,24
8,99
Frango inteiro
-0,60
1,18
-0,67
3,60
Cerveja fora de casa
-0,51
1,02
6,28
9,93
Refeição
0,85
1,02
7,64
10,64
Feijão-preto
-3,16
0,92
-5,92
-6,78
Queijo
0,13
0,86
6,53
10,28
Arroz
-1,07
0,68
5,54
5,17
Carnes industrializadas
0,26
0,40
8,08
12,96
Pão francês
0,46
0,38
5,83
9,37

Nos transportes, a alta foi de 0,63%, ao passo que, em agosto, havia ficado em 0,33%. Com a expressiva elevação de 17,85%, as passagens aéreas se apropriaram de 0,07 ponto percentual do IPCA e só foram superadas pelas carnes no ranking dos principais impactos do mês. No grupo, outros itens importantes influenciaram o índice. É o caso dos aumentos verificados nos serviços de conserto de automóveis (1,35%) e na compra de automóveis novos (0,76%).

Já os combustíveis caíram 0,05%, com os preços do litro da gasolina em -0,07% e do etanol em -0,01%. Estes resultados tiveram influência contrária de aumentos significativos ocorridos na região metropolitana de Salvador, onde o litro da gasolina ficou 10,98% mais caro e o etanol, 12,12%. A maioria das demais regiões mostrou queda nos preços dos combustíveis, sobressaindo Goiânia, com -7,09% na gasolina e -9,68% no etanol.

Outros três grupos apresentaram crescimento na taxa de variação de agosto para setembro: vestuário (de -0,15% para 0,57%), comunicação (de 0,10% para 0,13%) e despesas pessoais (de 0,09% para 0,39%).

Em comunicação, destaca-se o telefone fixo, com alta de 0,24%, em razão do reajuste médio de 1,50% ocorrido nas tarifas de fixo para móvel a partir do dia 31 de agosto. Já no telefone celular a variação foi de -0,37%, tendo em vista que o reajuste apropriado em agosto nas tarifas de uma das empresas não se concretizou. Nas despesas pessoais, observa-se a reversão do movimento de preços dos hotéis, cujas diárias subiram 0,81% após a forte queda de 10,13% em agosto. No item empregado doméstico, a variação foi de 0,78%, seguindo, para Salvador e Porto Alegre, a metodologia de cálculo específica adotada nos últimos três meses. O procedimento consistiu em utilizar os rendimentos referentes a abril para obter a tendência da série de rendimentos em setembro. Foram estimados, a partir de abril, cinco meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 02/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de junho efetivamente coletados através da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). No IPCA de outubro, o cálculo de Salvador e Porto Alegre levará em conta o acumulado de maio, junho e julho obtidos através das informações da PME, sendo retirada a variação apropriada no IPCA de julho, de agosto e de setembro.

Quanto aos grupos habitação (de 0,94% para 0,77%), artigos de residência (de 0,47% para 0,34%), saúde e cuidados pessoais (de 0,41% para 0,33%) e educação (de 0,43% para 0,18%), todos mostraram redução na taxa de crescimento de preços de agosto para setembro.

Em habitação, a taxa de água e esgoto caiu 0,45%, após a alta de 1,46% de agosto, tendo em vista reajustes ocorridos em algumas regiões. Em setembro, a queda foi em decorrência da região metropolitana de São Paulo, cujo resultado de -2,52% levou em conta a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.

Nas contas de energia elétrica, a variação foi de 1,37%. A maior alta foi registrada em Brasília (12,54%), onde ocorreu reajuste de 18,88% nas tarifas desde 26 de agosto; em Goiânia (8,62%), onde as tarifas foram reajustadas em 19,00% a partir de 12 de setembro; em Belém (4,17%), onde o reajuste 34,41% vigora desde o dia 07 de agosto; também em 07 de agosto houve reajuste de 22,67% em Vitória (2,69%). Além disso, as contas de energia ficaram mais caras em Salvador (7,10%), Recife (3,51%) e Belo Horizonte (1,34%), regiões com aumento no PIS/PASEP/COFINS. Já o Rio de Janeiro (-1,18%) se destaca com queda nos impostos.

A respeito da mão de obra para pequenos reparos, com alta de 1,04%, seguiu-se o mesmo procedimento adotado para os empregados domésticos no cálculo de Salvador e de Porto Alegre.

Ainda no grupo habitação, foi registrada alta de 2,55% no gás de botijão, cujos preços aumentaram nas 13 regiões pesquisadas.

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Salvador (0,99%) e de Brasília (0,98%). Em Salvador, os combustíveis (10,22%) foram responsáveis por 0,41 ponto percentual do índice do mês, com alta de 10,98% na gasolina e de 12,12% no etanol. Além disso, a energia elétrica teve aumento de 7,10% em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. Em Brasília a pressão veio das passagens aéreas (14,38%) e da energia elétrica (12,54%), que refletiu o reajuste de 18,88% vigente a partir do dia 26 de agosto. O menor índice foi o de Goiânia (0,16%), onde os preços dos combustíveis ficaram 7,03% mais baratos e causaram impacto de -0,50 ponto percentual. A queda da gasolina foi de 7,09% e a do etanol de 9,68%.

 

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Agosto Setembro Ano 12 meses
Salvador
7,35
0,35
0,99
4,57
6,54
Brasília
2,80
0,65
0,98
4,28
6,41
Vitória
1,78
0,91
0,95
4,79
-
Campo Grande
1,51
-0,07
0,87
4,23
-
São Paulo
30,67
0,18
0,65
4,48
6,66
Recife
5,05
0,29
0,57
5,03
7,16
Curitiba
7,79
0,08
0,49
5,02
7,13
Belém
4,65
0,98
0,47
4,44
6,26
Belo Horizonte
10,86
-0,02
0,46
4,55
6,40
Fortaleza
3,49
0,07
0,45
4,12
6,41
Porto Alegre
8,40
0,15
0,41
4,73
6,65
Rio de Janeiro
12,06
0,42
0,36
5,02
7,63
Goiânia
3,59
0,31
0,16
3,95
6,26
Brasil
100,00
0,25
0,57
4,61
6,75

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de agosto a 29 de setembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de julho a 28 de agosto de 2014 (base).

INPC varia 0,49% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,49% em setembro e ficou acima do 0,18% de agosto em 0,31 ponto percentual. Com isto, a variação no ano foi para 4,62%, acima da taxa de 3,61% relativa a igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice está em 6,59%, acima dos 6,35% relativos aos 12 meses anteriores. Em setembro de 2013 o INPC havia sido 0,27%.

Os produtos alimentícios subiram 0,73% em setembro, enquanto os não alimentícios ficaram em 0,39%. Em agosto, os resultados foram -0,20% e 0,35%, respectivamente.

Quanto aos índices regionais, os maiores foram em Campo Grande e Vitória, ambos com variação de 0,87%. Em Campo Grande, a taxa foi decorrente da alta de 1,72% nos preços dos alimentos consumidos em casa, principalmente os das carnes, que subiram 5,16%, com impacto de 0,24 ponto percentual. Já na região metropolitana de Vitória, foi a energia elétrica (2,68%), com reajuste de 22,67% desde o dia 7 de agosto, juntamente com a alta de 6,68% nos preços do gás de botijão, os principais responsáveis pelo índice da região. O menor índice foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,22%). A seguir encontra-se tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

 

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Agosto
Setembro
Ano
12 meses
Vitória
1,83
0,91
0,87
4,90
-
Campo Grande
1,64
-0,13
0,87
4,41
-
Brasília
1,88
0,43
0,86
4,78
6,28
Salvador
10,67
0,38
0,76
4,71
6,58
Recife
7,17
0,39
0,56
5,00
7,29
São Paulo
24,24
0,01
0,53
4,04
6,02
Fortaleza
6,61
-0,05
0,45
4,15
6,45
Belo Horizonte
10,60
-0,09
0,43
4,84
6,66
Belém
7,03
0,72
0,41
4,56
6,22
Porto Alegre
7,38
0,10
0,39
4,85
6,66
Curitiba
7,29
0,04
0,36
5,13
6,87
Goiânia
4,15
0,14
0,36
4,20
6,31
Rio de Janeiro
9,51
0,35
0,22
5,30
7,68
Brasil
100
0,18
0,49
4,62
6,59

 

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de agosto a 29 de setembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de julho a 28 de agosto de 2014 (base).