Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,48% em agosto

Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,48% quando comparados a julho, ...

26/09/2014 06h00 | Atualizado em 26/09/2014 06h00

AGOSTO 2014
0,48%
Julho 2014
-0,28%
Agosto 2013
1,43%
Acumulado em 2014
1,10%
Acumulado em 12 meses
2,50%

Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,48% quando comparado a julho, número superior ao observado na comparação entre julho e junho (-0,28%). O dado positivo de agosto é o primeiro após uma série de cinco resultados negativos, sendo, entretanto, menor do que o de fevereiro de 2014 (0,52%). O acumulado em 2014 ficou em 1,10%, contra 0,62% em julho. Na comparação com o mesmo mês de 2013 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 2,50%, contra 3,46% em julho, quarto menor resultado da série, iniciada em dezembro de 2010, e ocorre poucos meses depois de ter alcançado seu pico, 8,24% (fevereiro de 2014). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.

17 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços

Em agosto, 17 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra seis do mês anterior. As quatro maiores variações se deram entre os produtos compreendidos nas atividades de impressão (-2,07%), bebidas (1,89%), outros equipamentos de transporte (1,88%) e calçados e artigos de couro (1,64%). Em termos de influência, na comparação entre agosto e julho (0,48%), sobressaíram alimentos (0,12 p.p.), outros produtos químicos (0,09 p.p.), veículos automotores (0,07 p.p.) e bebidas (0,06 p.p.).

No indicador acumulado no ano, as atividades que tiveram as maiores variações percentuais foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,59%), metalurgia (6,14%), móveis (4,53%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,52%). Neste indicador, os setores de maior influência foram alimentos (-0,47 p.p.), metalurgia (0,47 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,39 p.p.) e veículos automotores (0,30 p.p.).

Ao comparar agosto de 2014 com agosto de 2013 (acumulado em 12 meses), as quatro maiores variações de preços se deram em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,84%), refino de petróleo e produtos de álcool (7,54%), calçados e artigos de couro (7,00%) e impressão (-6,90%). As principais influências vieram de refino de petróleo e produtos de álcool (0,82 p.p.), veículos automotores (0,37 p.p.), metalurgia (0,37 p.p.) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,27 p.p.).

Alimentos: em agosto, os preços dos alimentos, na comparação com o mês anterior, variaram 0,62%, primeiro resultado positivo desde fevereiro de 2014 (0,56%), até então o único com variação positiva em 2014. Com o resultado de agosto, o acumulado no ano saiu de -2,91% para -2,30%. Na comparação com agosto de 2013, os preços mais recentes estiveram 0,03% maiores, menor resultado da série (que teve início em dezembro de 2010). Esta série, em fevereiro, tinha atingido 11,55%, maior resultado desde fevereiro de 2013 (11,88%). Entre os produtos que pressionaram para cima o resultado de agosto, destacaram-se, tanto em termos de variação quanto de influência, as carnes bovinas e o leite esterilizado/UHT/Longa Vida. Os quatro produtos de mais destacada influência responderam por 0,69 p.p. (em 0,62%). No acumulado em 12 meses, as pressões de baixa se deveram a produtos derivados da soja.

Bebidas: com aumento de 1,89% nos preços em agosto frente julho, a indústria de bebidas exerceu a principal influência sobre o índice geral, resultado que reforça a recuperação de preços verificada no mês anterior, quando o setor registrou aumento de 0,13% no mesmo indicador, após oito meses de queda (período em que se acumulou retração de -2,93%). Reposicionamentos nos preços de refrigerantes e cervejas e chope foram os principais responsáveis pelo aumento do índice setorial. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor apresenta preços 5,11% maiores que os verificados em agosto de 2013 (no último mês essa taxa havia ficado em 5,72%). Com o aumento dos preços no mês, verifica-se uma recuperação no índice acumulado no ano, que registra perda de 0,73% contra redução de 2,57% verificada até julho último.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade registrou variação de -0,45% em agosto, invertendo resultado positivo do mês anterior. No ano, o setor acumula 3,54%, enquanto o indicador dos últimos 12 meses registra 7,54%. Entre os produtos, os destaques para o indicador mensal são óleo diesel e outros óleos combustíveis, naftas e álcool etílico (anidro ou hidratado), todos com variação negativa para o mês de agosto. Como única exceção, aparecem os preços das naftas, pressionados pelo aumento da demanda externa nas cotações internacionais, movimento que já havia sido registrado no mês anterior em decorrência de desdobramento da crise na Síria e demais países do Oriente Médio. Tais produtos em destaque explicam -0,40 p.p. do total de 0,45% do indicador. No ano, óleo diesel e outros óleos combustíveis, álcool etílico (anidro ou hidratado), óleos lubrificantes básicos e naftas se destacaram, com claro descolamento da nafta, que acumula no ano viés positivo, acompanhado apenas do óleo diesel (os demais acumularam viés negativo de janeiro a agosto). Nos últimos 12 meses, no entanto, todos os produtos em destaque registram variação e influência positivas.

Outros produtos químicos: a indústria química registrou 0,88% de variação no indicador de agosto em relação a julho, primeiro mês de variação positiva após cinco meses consecutivos de diminuição de nível. A atenuação da queda registrada nos três meses anteriores se transformou em variação positiva no mês de agosto: os resultados dos meses anteriores tinham sido -1,63%, -1,10% e -0,17% para maio, junho, e julho, respectivamente. O indicador dos últimos 12 meses, depois de aceleração no período de dezembro a fevereiro, desacelera, alcançando, pela segunda vez consecutiva desde fevereiro de 2012, nível negativo, com -0,39% em agosto. No ano, o setor acumula -0,64%, o terceiro consecutivo com sinal negativo em 2014. A classe das resinas termoplásticas, influenciada pelos preços do mercado internacional, e a classe de adubos e fertilizantes registram variações positivas no indicador mensal. Os petroquímicos básicos, em oposição ao movimento mensal, se destacaram, sobretudo, no indicador acumulado do ano, com viés negativo, ainda sob influência da queda do preço das naftas registrado no início do ano.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em agosto contra julho, houve variação positiva de 0,49%. Com isso, o setor acumulou até agosto variações de preços de 6,14%, a segunda maior variação positiva entre todas as atividades das indústrias de transformação. A taxa é maior que a do fechamento de 2013 (5,76%). Isso porque a comparação entre janeiro de 2014 e dezembro de 2013 (4,30%) foi maior taxa da série. Já no acumulado em 12 meses, o resultado foi de 4,66%, o menor desde junho de 2013 (4,18%). Entre os destaques, na comparação entre julho e agosto, três produtos (alumínio não ligado em formas brutas; ligas de alumínio em formas brutas; e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono) figuram tanto em termos de variação quanto de influência. Os dois primeiros pressionaram o resultado positivamente, o último negativamente. O último produto destacado em termos de influência foi vergalhões de aços ao carbono, com viés de baixa. Os quatro produtos de maior influência no indicador responderam por 0,40 p.p. (em 0,49%). O aumento de janeiro se deveu tanto ao câmbio favorável, quanto ao alcance de novos mercados e, no caso de metais não ferrosos, a elevação de preços internacionais, em consonância com a Bolsa de Londres.

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: em agosto, os preços variaram 0,48% na comparação com julho. Com isso, o acumulado em 2014 alcançou 6,59%, a maior variação positiva entre todas as atividades das indústrias de transformação (resultado influenciado em grande parte pelo comportamento de preços de refrigeradores ou congeladores para uso doméstico). Já no acumulado em 12 meses, houve uma variação de 9,84% (novamente a maior dentro das indústrias de transformação). No caso dessa série, o resultado de agosto é o segundo menor de 2014 (9,54% em janeiro), num ano em que as taxas foram as maiores da série (variou entre 9,54%, em janeiro de 2014, e 12,76% em maio). Três produtos se destacaram tanto em termos de variação quanto de influências, e apenas um com variação negativa de preços (quadros e semelhantes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção). Os demais foram: condutores elétricos com capa isolante, para tensão menor ou igual a 1000v, fogões de cozinha, para uso doméstico e refrigeradores ou congeladores para uso doméstico. A influência dos quatro produtos foi de 0,36 p.p. (em 0,48%)

Veículos automotores: a fabricação de veículos automotores apresentou variação de 0,64% no índice mês contra mês imediatamente anterior. Embora esse resultado tenha ficado abaixo de janeiro (1,06%) e fevereiro (0,65%) desse ano, é o maior dos últimos seis meses. Com isso, o acumulado no ano de 2014 aumentou para 2,79%. Os produtos que mais se destacaram foram automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, e chassis com motor para ônibus ou para caminhões, com resultados positivos. O produto carrocerias para ônibus se destacou com variação negativa. Esses quatro produtos somam 0,58 p.p. dos 0,64 registrados pela atividade.. Os produtos automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência e chassis com motor para ônibus ou para caminhões também se sobressaem no índice acumulado no ano. Também foram importantes para esse resultado caixas de marcha para veículos automotores e motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões, todos quatro com variações positivas.