Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em julho, vendas no varejo recuam (-1,1%)

Em julho, o Comércio Varejista do país registrou variação de -1,1% no volume de vendas e de -0,7% na receita nominal,...

11/09/2014 06h00 | Atualizado em 11/09/2014 06h00

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Julho 2014 / Junho 2014
-1,1%
-0,7%
0,8%
1,9%
Média móvel trimestral
-0,6%
-0,1%
-1,1%
-0,5%
Julho 2014 / Julho 2013
-0,9%
5,9%
-4,9%
-1,1%
Acumulado 2014
3,5%
9,8%
-0,6%
5,0%
Acumulado 12 meses
4,3%
10,8%
1,1%
6,7%

Em julho, o Comércio Varejista do país registrou variação de -1,1% no volume de vendas e de -0,7% na receita nominal, ambas as taxas em relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Na série de volume, este resultado não ocorre desde outubro de 2008, quando a variação também foi de -1,1%. Para a receita nominal, é o segundo mês consecutivo com taxa negativa, após 24 meses apresentando crescimento. Quanto à média móvel, o volume de vendas gerou variação de -0,6%, enquanto na receita foi de -0,1%.

Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional apresentou, em termos de volume de vendas, taxas de -0,9% sobre julho do ano anterior e de 3,5% e 4,3% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou variação de 5,9%, 9,8% e de 10,8%, respectivamente.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC
Julho 2014
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (*) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
MAI JUN JUL MAI JUN JUL NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (**)
0,0
-0,7
-1,1
4,7
1,0
-0,9
3,5
4,3
1 - Combustíveis e lubrificantes
0,3
-2,0
0,8
2,2
-2,7
-0,4
3,4
4,6
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-0,3
0,5
-1,3
2,8
0,7
-0,1
3,0
3,2
2.1 - Super e hipermercados
-0,2
0,3
-1,5
2,8
0,6
-0,2
2,9
3,1
3 - Tecidos, vest. e calçados
0,9
-1,2
-0,1
2,0
-2,4
-4,4
-1,3
0,9
4 - Móveis e eletrodomésticos
1,7
-4,0
-4,1
8,3
0,1
-9,2
2,9
3,9
4.1 - Móveis
-
-
-
9,2
4,6
-8,4
4,8
2,5
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
7,9
-1,8
-9,6
2,6
5,2
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,2
-0,8
0,0
10,2
7,8
6,1
9,5
10,4
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
1,2
-4,8
0,9
-3,5
-7,5
-8,5
-3,8
2,2
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
0,5
-4,5
2,1
-3,2
-12,5
-12,4
-6,5
-3,6
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
1,8
-0,9
-0,4
12,0
7,9
5,9
9,0
9,8
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***)
-0,7
-3,4
0,8
0,8
-6,0
-4,9
-0,6
1,1
9 - Veículos e motos, partes e peças
-2,6
-7,0
4,3
-6,6
-18,7
-12,5
-8,6
-5,2
10- Material de Construção
-1,2
-4,8
3,8
1,8
-4,7
-3,2
1,2
3,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Séries com ajuste sazonal
(**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Entre as dez atividades, seis têm variações positivas

Em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, seis das dez atividades registraram variações positivas em termos de volume de vendas. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram: Veículos e motos, partes e peças (4,3%); Material de construção (3,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,9%); Combustíveis e lubrificantes (0,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,3%); e Móveis e eletrodomésticos, com -4,1%.

Na relação de julho de 2014 contra julho de 2013 (série sem ajuste), para o varejo, duas atividades apresentaram resultados positivos. Os resultados, por ordem de importância na formação da taxa global, foram os seguintes: -9,2% para Móveis e eletrodomésticos; -4,4% para Tecidos, vestuário e calçados; -0,1% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -8,5% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; -12,4% para Livros, jornais, revistas e papelaria; -0,4% para Combustíveis e lubrificante; 6,1% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 5,9%.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos exerceu o maior impacto na formação da taxa do varejo, com decréscimo de -9,2%, no volume de vendas em relação a julho de 2013. Esta variação foi influenciada pelo menor ritmo de crescimento do crédito com recursos livres, que segundo o Banco Central, nos últimos 12 meses, passou de 9,2% em julho de 2013, para 5,0% em julho deste ano. Cabe ressaltar que as altas de preços dos principais produtos que compõem esta atividade estão acima do índice geral: a inflação de mobiliários foi de 8,4%, a de aparelhos eletroeletrônicos foi de 8,3%, contra o índice geral que foi de 6,5%, de acordo com o IPCA, nos últimos 12 meses. Este resultado foi impactado ainda pela redução do número de dias úteis comparado com o mesmo mês do ano anterior, em função dos feriados decorrentes da Copa do Mundo. No acumulado do ano a taxa foi de 2,9% e nos últimos 12 meses, de 3,9%.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou variação no volume de vendas de -4,4% com relação a igual mês do ano anterior, representou a segunda maior contribuição à taxa global do varejo. Este comportamento deve-se à já mencionada redução do número de dias úteis em relação a julho do ano passado, embora os preços de vestuário (4,9%), estejam crescendo abaixo da inflação geral (6,5%), segundo o IPCA. Em termos acumulados, os resultados foram de -1,3% para os sete primeiros meses do ano e de 0,9% para os últimos 12 meses.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -0,1% em julho, sobre igual mês do ano anterior, foi o setor responsável pela terceira maior participação no índice geral. Esta atividade teve seu desempenho influenciado pela redução do número de dias úteis comparado com o mesmo mês do ano anterior, em função dos feriados decorrentes da Copa do Mundo. Observa-se também a influência do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 7,3% no Grupo Alimentação no Domicilio, contra 6,5% da inflação global, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação foram: 3,0% para o acumulado nos sete primeiros meses do ano e 3,2% para os últimos 12 meses.

Varejo ampliado varia 0,8% no volume de vendas e 1,9% na receita nominal

O Comércio Varejista Ampliado, que inclui o varejo e as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em relação ao mês anterior variação de 0,8% para o volume de vendas ajustados sazonalmente e taxa de -4,9% comparado com o mesmo mês do ano anterior. Este desempenho reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou crescimento de 4,3% sobre junho de 2014 com ajuste sazonal, e queda de -12,5% em relação a julho de 2013. As taxas acumuladas desta atividade foram de -8,6% em sete meses e de -5,2% nos últimos 12 meses. Além da redução do número de dias úteis, o desempenho da atividade, em relação ao mesmo mês do ano anterior, também foi influenciado pelo menor ritmo do crédito e pelo comprometimento da renda da familiar, provocando desaceleração do consumo nesta atividade.

Quanto ao segmento de Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 3,8% sobre o mês anterior (ajuste sazonal) e de -3,2% em relação a julho de 2013. O menor número de dias úteis no mês impactou também o desempenho desta atividade, na comparação com julho de 2013, ao influenciar o andamento de obras e reformas. Em termos de acumulados, as variações foram as seguintes: 1,2% em sete meses e 3,4% nos últimos 12 meses.



TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Julho 2014 (*)
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa Comp. da taxa Taxa Comp. da taxa
absoluta relativa(%) absoluta relativa(%)
Taxa Global
-0,9
-0,9
100,0
-4,9
-4,9
100,0
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,4
0,0
0,0
-0,4
-0,1
2,0
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-0,1
-0,1
11,1
-0,1
-0,1
2,0
3 - Tecidos, vest. e calçados
-4,4
-0,4
44,4
-4,4
-0,2
4,1
4 - Móveis e eletrodomésticos
-9,2
-1,2
133,3
-9,2
-0,6
12,2
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
6,1
0,4
-44,4
6,1
0,2
-4,1
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-8,5
-0,1
11,1
-8,5
-0,1
2,0
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-12,4
-0,1
11,1
-12,4
-0,1
2,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
5,9
0,6
-66,7
5,9
0,3
-6,1
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-
-12,5
-4,0
81,6
10- Material de Construção
-
-
-
-3,2
-0,2
4,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global

Na comparação com julho de 2013, resultado positivo em 14 unidades da federação

Das 27 Unidades da Federação, 14 apresentaram variação positiva na comparação com julho de 2014 contra julho de 2013. Os destaques foram: Acre (13,2%), Roraima (10,1%), Amapá (7,5%), Alagoas e Rondônia, com 4,7%. Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem: Bahia (2,7%); Rio Grande do Sul (1,7%); Rio de Janeiro (0,9%); Ceará (2,4%); e Alagoas, com 4,7%.

No varejo ampliado, sete estados apresentaram variação positiva na comparação com o mesmo período do ano anterior. As maiores taxas de desempenho, no que tange ao volume de vendas, ocorreram em: Acre (15,1%); Rondônia (9,6%); Roraima (9,0%); Tocantins (6,6%) e Pará, com 2,6%.

Ainda por Unidades da Federação, os resultados sobre o mês anterior com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam três estados com variação positiva: Amapá (2,2%); Tocantins (1,5%); e Rio Grande do Sul, com 0,5%.