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IPCA de agosto fica em 0,25%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou 0,25%, bem acima da taxa de 0,01% de julho.

05/09/2014 06h00 | Atualizado em 05/09/2014 06h00

Período TAXA
AGOSTO 2014
0,25%
Julho 2014
0,01%
Agosto 2013
0,24%
Acumulado 2014
4,02%
Acumulado 12 meses
6,51%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou 0,25%, bem acima da taxa de 0,01% de julho. Com isso, o acumulado no ano fechou em 4,02%, acima dos 3,43% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,51%, próximo aos 6,50% relativos aos 12 meses anteriores. Em agosto de 2013, a taxa havia sido 0,24%. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Com 0,05 ponto percentual cada, os itens empregado doméstico, cuja alta foi de 1,26%, e energia elétrica, com 1,76%, lideraram o ranking dos principais impactos no índice do mês. No item empregado doméstico sobressai a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a variação atingiu 3,02%. A seguir vieram São Paulo (1,29%), Recife (1,02%) e Belo Horizonte (0,91%).

Quanto a Salvador e Porto Alegre, em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para maio e junho, estas duas regiões tiveram sua metodologia de cálculo adaptada. O procedimento utilizou os últimos rendimentos disponíveis, que se referem a abril, para obter a tendência da série de rendimentos em agosto. Foram estimados, a partir de abril, quatro meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 02/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de junho efetivamente coletados através da PME.

Mesmo com a alta dos empregados, o grupo das despesas pessoais ficou em 0,09%, menor do que a taxa de 0,12% do mês anterior. Isto ocorreu em função, principalmente, da queda de 10,13% nas diárias dos hotéis, item que apresentou o mais expressivo impacto para baixo (-0,05 ponto percentual).

Na energia elétrica, o resultado chegou a 1,76% em razão das variações apropriadas nas regiões de Belém (24,28%), com reajuste de 34,41%, vigente a partir de 07 de agosto; Vitória (9,88%), onde o reajuste foi de 22,77% na mesma data; São Paulo (3,03%), com reajuste de 18,00% desde 04 de julho; Goiânia (2,32%), com aumento no PIS/PASEP/COFINS; Campo Grande (1,38%), também com aumento no PIS/PASEP/COFINS e Brasília (1,32%), onde o reajuste foi de 18,88% a partir de 26 de agosto. Nas demais regiões, as contas se apresentaram estáveis ou em queda.

No grupo habitação, o mais elevado no mês, a taxa de água e esgoto subiu 1,46%. Houve aumento nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (6,10%), com reajuste de 6,75% nas tarifas a partir de primeiro de agosto; Vitória (5,25%), com reajuste de 5,81% na mesma data; e Fortaleza (2,03%), onde o reajuste de 7,30% vige desde 06 de julho. Em São Paulo, o resultado de 3,24% levou em conta a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal. Ainda em habitação, cabe destacar as variações em condomínio (1,35%), artigos de limpeza (1,31%), aluguel (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%). Tal qual o item empregado doméstico, mão de obra seguiu o mesmo procedimento no cálculo das regiões de Salvador e Porto Alegre.

Os resultados mostram que, considerando a passagem de um mês para o outro, foi transporte, com 0,33%, o grupo que mais acelerou. Parte desta aceleração é atribuída às passagens aéreas, que tiveram alta de 10,16%, enquanto haviam registrado queda de 26,86% em julho. Além disso, itens em queda no mês anterior reverteram para alta em agosto, a exemplo da gasolina (de -0,80% para 0,30%) e do automóvel novo (de -0,29% para 0,22%). No caso do etanol (de -1,55% para -0,07%), observa-se queda menos intensa de um mês para o outro.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Julho Agosto Julho Agosto
Índice Geral
0,01
0,25
0,01
0,25
Alimentação e Bebidas
-0,15
-0,15
-0,04
-0,04
Habitação
1,20
0,94
0,17
0,14
Artigos de Residência
0,86
0,47
0,04
0,02
Vestuário
-0,24
-0,15
-0,02
-0,01
Transportes
-0,98
0,33
-0,18
0,06
Saúde e Cuidados Pessoais
0,50
0,41
0,06
0,05
Despesas Pessoais
0,12
0,09
0,01
0,01
Educação
0,04
0,43
0,00
0,02
Comunicação
-0,79
0,10
-0,03
0,00

Também cresceram as despesas com educação (de 0,04% para 0,43%) e comunicação (de -0,79% para 0,10%), sendo que a queda dos artigos de vestuário (de -0,24% para -0,15%) foi menos acentuada. Em educação, sobressaíram os cursos diversos (informática, idioma, etc.), com alta de 1,09%, refletindo os resultados apurados na pesquisa de preços realizada em agosto. A pesquisa teve por objetivo obter a realidade do segundo semestre do ano letivo.

Do lado dos grupos cujas variações cresceram menos de julho para agosto, os artigos de residência (de 0,86% para 0,47%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,50% para 0,41%) se juntam à habitação (de 1,20% para 0,94%) e despesas pessoais (de 0,12% para 0,09%).

Em relação à alimentação e bebidas, com -0,15% tanto em julho quanto em agosto, o recuo nos preços foi registrado pelo quinto mês consecutivo. Considerando somente os alimentos consumidos em casa a queda foi de 0,61%. Os preços caíram em todas as regiões pesquisadas, indo de -0,03% no Rio de Janeiro a -1,46% em Curitiba. Já no item alimentação fora de casa (de 0,52% para 0,71%) houve alta mais intensa do que no mês anterior.

Entre os alimentos, vários ficaram mais baratos de um mês para o outro, especialmente a batata-inglesa (-17,87%), o tomate (-5,80%) e o óleo de soja (-4,94%).

Item Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Batata-inglesa
-18,84
-17,87
-23,04
-34,70
Feijão-mulatinho
-1,95
-11,68
-18,45
-41,02
Açaí
1,71
-9,55
22,77
4,56
Tomate
-17,33
-5,80
0,52
26,56
Hortaliças
-3,39
-5,39
4,96
2,07
Óleo de soja
-1,64
-4,94
1,30
-0,79
Feijão-carioca
-6,42
-3,77
-9,82
-39,51
Feijão-preto
-4,22
-3,16
-6,78
-7,44
Feijãp-fradinho
-7,54
-2,83
4,44
7,99
Farinha de trigo
0,47
-2,31
0,39
8,41
Açúcar refinado
-0,98
-2,08
-3,94
-0,98
Frutas
-0,59
-1,96
0,28
10,64
Manteiga
0,01
-1,43
-1,43
-2,29
Farinha de mandioca
-3,46
-1,42
-28,34
-32,67
Ovo
-1,49
-1,36
8,94
4,92
Frango em pedaços
1,26
-1,19
1,32
6,45
Arroz
0,45
-1,07
4,83
4,73
Biscoito
0,66
-0,81
3,71
6,44
Alho
1,57
-0,81
10,51
-6,01
Pescados
-2,01
-0,61
5,72
12,59
Frango inteiro
-0,56
-0,60
-1,83
5,50
Cebola
-3,96
-0,55
20,62
1,70
Cerveja fora
1,63
-0,51
5,21
10,04
Café moído
1,34
-0,42
5,61
5,00

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Belém (0,98%) e Vitória (0,91%). Em Belém, a alta de 24,28% na energia elétrica foi a responsável pelo resultado, tendo em vista o reajuste de 34,41% vigente a partir de 07 de agosto. Em Vitória, a energia elétrica (9,88%), com reajuste de 22,77% na mesma data e a taxa de água e esgoto (5,25%), com reajuste de 5,81% a partir de primeiro de agosto, foram os principais responsáveis pelo resultado. Os menores índices foram os de Campo Grande (-0,07%) e Belo Horizonte (-0,02%).

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Julho
Agosto
Ano
12 meses
Belém
4,65
-0,02
0,98
3,96
5,94
Vitória
1,78
-0,22
0,91
3,80
-
Brasília
2,80
-0,23
0,65
3,28
6,12
Rio de Janeiro
12,06
-0,08
0,42
4,65
7,67
Salvador
7,35
-0,61
0,35
3,55
5,53
Goiânia
3,59
0,02
0,31
3,79
6,45
Recife
5,05
-0,26
0,29
4,43
7,02
São Paulo
30,67
0,18
0,18
3,80
6,35
Porto Alegre
8,40
0,05
0,15
4,30
6,89
Curitiba
7,79
0,50
0,08
4,52
6,86
Fortaleza
3,49
-0,17
0,07
3,66
6,38
Belo Horizonte
10,86
0,03
-0,02
4,08
6,24
Campo Grande
1,51
-0,25
-0,07
3,32
-
Brasil
100,00
0,01
0,25
4,02
6,51

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de julho a 28 de agosto de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de junho a 28 de julho de 2014 (base).

INPC varia 0,18% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,18% em agosto, acima do resultado de 0,13% de julho. Com isto, a variação no ano foi para 4,11%, acima dos 3,33% relativos a igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 6,35%, próximo dos 6,33% dos 12 meses anteriores. Em agosto de 2013, o INPC havia sido 0,16%.

Os produtos alimentícios apresentaram queda de 0,20% em agosto, enquanto os não alimentícios tiveram alta de 0,35%. Em julho, os resultados foram -0,23% e 0,29%, respectivamente.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Vitória (0,91%), tendo em vista a alta da energia elétrica (9,85%), cujas tarifas foram reajustadas em 22,77% a partir de 07 de agosto. Ademais, houve pressão da taxa de água e esgoto (5,25%), com reajuste de 5,81% a partir de primeiro de agosto. O menor índice foi o de Campo Grande (-0,13%).

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Julho
Agosto
Ano
12 meses
Vitória
1,83
-0,03
0,91
4,00
-
Belém
7,03
0,04
0,72
4,14
5,95
Brasília
1,88
0,19
0,43
3,89
6,01
Recife
7,17
-0,10
0,39
4,41
7,04
Salvador
10,67
-0,28
0,38
3,92
5,72
Rio de Janeiro
9,51
0,09
0,35
5,07
7,82
Goiânia
4,15
0,10
0,14
3,83
6,10
Porto Alegre
7,38
0,05
0,10
4,44
6,92
Curitiba
7,29
1,00
0,04
4,76
6,68
São Paulo
24,24
0,31
0,01
3,49
5,74
Fortaleza
6,61
-0,19
-0,05
3,69
6,52
Belo Horizonte
10,60
0,13
-0,09
4,40
6,47
Campo Grande
1,64
-0,23
-0,13
3,51
-
Brasil
100,00
0,13
0,18
4,11
6,35

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de julho a 28 de agosto de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de junho a 28 de julho de 2014 (base).