Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Produção industrial cresce 0,7% em julho

Em julho de 2014, a produção industrial nacional avançou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior,...

02/09/2014 06h00 | Atualizado em 02/09/2014 06h00

Período Produção Industrial
Julho 2014 / Junho 2014
0,7%
Julho 2014 / Julho 2013
-3,6%
Acumulado em 2014
-2,8%
Acumulado em 12 meses
-1,2%
Média móvel trimestral
-0,5%

Em julho de 2014, a produção industrial nacional avançou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, interrompendo cinco meses seguidos de resultados negativos, período em que acumulou perda (-3,5%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução em julho de 2014 (-3,6%), quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, o setor industrial acumulou queda nos sete meses do ano (-2,8%), intensificando, portanto, o recuo registrado no primeiro semestre de 2014 (-2,6%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo em julho de 2014 (-1,2%), manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais elevado desde janeiro de 2013 (-1,5%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfbr/.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Julho de 2014
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Julho 2014/
Junho 2014*
Julho 2014/
Julho 2013
Acumulado
Janeiro-Julho
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
16,7
-6,4
-7,8
-0,1
Bens Intermediários
-0,3
-3,6
-2,5
-1,8
Bens de Consumo
7,1
-2,8
-2,0
-0,8
   Duráveis
20,3
-13,7
-9,0
-5,1
   Semiduráveis e não Duráveis
0,7
0,6
0,4
0,6
Indústria Geral
0,7
-3,6
-2,8
-1,2

20 dos 24 ramos investigados registram crescimento em julho

O crescimento de 0,7% da atividade industrial na passagem de junho para julho teve predomínio de índices positivos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 24 ramos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (44,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,5%), com o primeiro apontando a expansão mais intensa desde o início da série histórica e interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas que acumularam redução (-38,1%); e o segundo eliminando parte da perda de 18,1% acumulada nos meses de maio e junho. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram dos ramos de outros equipamentos de transporte (31,3%), de máquinas e equipamentos (7,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,1%), de outros produtos químicos (2,4%), de confecção de artigos de vestuário e acessórios (8,6%), de produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,0%), de produtos têxteis (5,9%), de produtos de minerais não-metálicos (2,5%) e de indústrias extrativas (1,1%). Com exceção do último setor que mostrou taxa positiva pelo quinto mês seguido, as demais atividades apontaram resultados negativos em junho. Entre os quatro ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por produtos alimentícios (-6,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%). O primeiro setor interrompeu três meses de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 6,9%, e o segundo eliminou parte do avanço de 6,5% alcançado no mês anterior.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao avançar 20,3%, assinalou a expansão mais acentuada nesse mês e interrompeu quatro meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou perda de 30,9%. O segmento de bens de capital (16,7%) reverteu quatro meses seguidos de queda na produção, com perda acumulada de 19,2% nesse período. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%), que também apontou resultado positivo nesse mês, repetiu o índice do total da indústria (0,7%), e eliminou parte do recuo de 1,4% registrado no mês anterior. O segmento de bens intermediários (-0,3%) assinalou a única taxa negativa em julho de 2014 e marcou o quarto mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período redução de 1,6%.

Média móvel trimestral recua (-0,5%)

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria recuou (-0,5%) no trimestre encerrado em julho frente ao nível do mês anterior, após também registrar resultados negativos em abril (-0,4%), maio (-0,7%) e junho (-0,9%). Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-4,4%) assinalou a redução mais acentuada em julho e manteve a trajetória descendente iniciada em março último. Os segmentos de bens intermediários (-0,5%) e de bens de capital (-0,3%) também mostraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro prosseguindo com o comportamento negativo iniciado em maio; e o segundo apontando o quarto mês seguido de queda. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) foi o único que registrou avanço na produção nesse mês, mantendo, assim, o comportamento predominantemente positivo ao longo de 2014.

Na comparação com julho de 2013, produção industrial cai (-3,6%)

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda em julho de 2014 (-3,6%). Três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos apontaram redução na produção. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 22,8%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes vieram da redução na produção de metalurgia (-9,0%), de produtos de metal (-13,2%), de máquinas e equipamentos (-7,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%) e de produtos alimentícios (-1,2%). Entre as dez atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (5,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (8,9%), impressão e reprodução de gravações (20,5%) e outros equipamentos de transporte (9,8%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalou, em julho de 2014, a queda mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de capital (-6,4%) e de bens intermediários (-3,6%) registraram os demais resultados negativos nesse mês, enquanto o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, com expansão de 0,6%, apontou a única taxa positiva.

O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 13,7% no índice mensal de julho de 2014, quinto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas com menor intensidade do que no mês anterior (-33,7%). O setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-25,0%). Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-14,7%), por conta da menor produção de televisores, de outros eletrodomésticos (-9,8%) e de móveis (-6,3%). Por outro lado, as principais influências positivas foram observadas no grupamento de eletrodomésticos da “linha branca” (6,2%) e em motocicletas (15,5%).

O setor de bens de capital, ao recuar 6,4% em julho de 2014, assinalou o quinto resultado negativo consecutivo no índice mensal, mas com queda bem menos intensa do que a verificada no mês anterior (-21,1%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 18,6% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital para fins industriais (-9,9%), agrícola (-9,2%) e para construção (-13,9%), enquanto bens de capital de uso misto (30,6%) e para energia elétrica (7,6%) apontaram os resultados positivos em julho de 2014.

A queda na produção de bens intermediários (-3,6%), que apontou o quinto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior, foi explicada principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,9%), metalurgia (-9,0%), produtos de metal (-15,4%), produtos de borracha e de material plástico (-11,5%), máquinas e equipamentos (-9,4%), produtos de minerais não-metálicos (-4,0%), produtos alimentícios (-2,1%), outros produtos químicos (-2,2%) e produtos têxteis (-3,5%), enquanto as pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (5,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,0%) e celulose, papel e produtos de papel (0,6%). Vale citar os resultados negativos registrados pelos grupamentos de insumos para construção civil (-7,6%), que registrou a quinta queda consecutiva nesse tipo de comparação, e de embalagens (-2,6%), após também recuar em junho último (-3,6%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar 0,6% em julho de 2014, apontou o único resultado positivo entre as grandes categorias econômicas e reverteu o recuo de 3,2% do mês anterior. O desempenho nesse mês foi influenciado em grande parte pelo crescimento vindo dos grupamentos de outros não-duráveis (9,7%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,2%). Os grupamentos de semiduráveis (-4,6%) e de carburantes (-4,0%) assinalaram os resultados negativos nesse mês.

No acumulado em 2014, produção industrial cai (-2,8%)

No índice acumulado para os sete meses de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 2,8%, com predomínio de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas, 18 das 26 atividades, 55 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos investigados. O principal impacto negativo foi observado no ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,7%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-10,8%), de metalurgia (-5,6%), de máquinas e equipamentos (-5,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,9%) e de outros produtos químicos (-3,7%). Por outro lado, entre as oito atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (4,4%), produtos alimentícios (1,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%) e produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,8%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos sete primeiros meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-9,0%) e bens de capital (-7,8%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-17,6%), na primeira, e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,0%), na segunda. O segmento de bens intermediários (-2,5%) também assinalou resultado negativo no índice acumulado no ano, mas com queda ligeiramente menos intensa do que a observada na média nacional (-2,8%). Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, com variação positiva de 0,4%, apontou a única taxa positiva.