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Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia -0,29% em julho

Em julho de 2014, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou, em média, -0,29% quando comparados ao mês...

27/08/2014 06h00 | Atualizado em 27/08/2014 06h00

JULHO 2014
-0,29%
Junho 2014
-0,16%
Julho 2013
1,21%
Acumulado em 2014
0,61%
Acumulado em 12 meses
3,45%

 

Em julho de 2014, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou, em média, -0,29% quando comparados ao mês anterior, número inferior ao observado na comparação entre junho/14 e maio/14 (-0,16%). O acumulado em 2014 ficou em 0,61% em julho, contra 0,90% em junho. Na comparação com o mesmo mês de 2013 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 3,45%, contra 5,01% em junho.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp.

6 das 23 atividades pesquisadas apresentam alta de preços

Em julho de 2014, os preços das Indústrias de Transformação variaram, em média, -0,29% em relação a junho. Na comparação com o mês anterior, 6 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 8 do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em julho se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: impressão (-2,15%), calçados e artigos de couro (-1,38%), alimentos (-1,18%) e madeira (-0,96%). Em termos de influência, na comparação entre julho/14 e junho/14 (-0,29%), sobressaíram alimentos (-0,23 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,06 p.p.), calçados e artigos de couro (-0,02 p.p.) e veículos automotores (0,02 p.p.).

Já o indicador acumulado no ano atingiu 0,61% em julho. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: metalurgia (5,62%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,70%), refino de petróleo e produtos de álcool (4,01%) e madeira (-3,95%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (-0,59 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,44 p.p.), metalurgia (0,43 p.p.) e veículos automotores (0,23 p.p.).

No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida foi de 3,45%. As quatro maiores variações de preços ocorreram em refino de petróleo e produtos de álcool (8,93%), calçados e artigos de couro (7,76%), impressão (-6,90%) e metalurgia (6,01%). As principais influências nesta perspectiva vieram de refino de petróleo e produtos de álcool (0,97 p.p.), alimentos (0,52 p.p.), metalurgia (0,47 p.p.) e veículos automotores (0,32 p.p.).

Alimentos: em julho de 2014, os preços do setor de alimentos variaram -1,18% em relação a junho, sendo a menor taxa desde fevereiro de 2013 (-2,58%) neste tipo de comparação. Com isso, o acumulado em 2014 chegou a -2,88%. Na comparação com julho de 2013, os preços deste ano aumentaram 2,62%, terceiro menor resultado da série (1,25%, em fevereiro de 2012 e 2,18% em janeiro de 2012) para esse indicador.

Em termos de produtos destacados na comparação julho/junho de 2014, apenas "óleo de soja refinado" aparece tanto em termos de variação quanto de influência. No conjunto de produtos com variações mais abruptas, dois mostraram variações positivas ("sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis" e "carnes de suínos frescas ou refrigeradas") e dois, negativas ("óleo de soja refinado" e "iogurte"). Os produtos de maior influência, por sua vez, estão ligados ou à cadeia da soja ("resíduos da extração de soja", "óleo de soja refinado" e "óleo de soja em bruto, mesmo degomado") ou à da cana-de-açúcar ("açúcar cristal"). Nesse caso, ainda época de colheita, as variações de preços são negativas. Os quatro produtos influenciaram a taxa de -1,18% em 1,13 p.p.

Calçados e produtos de couro: a variação observada no mês de julho foi de -1,38%, segunda maior variação negativa no mês e a maior taxa negativa do setor desde o início da série, em janeiro de 2010. Mesmo com a grande variação negativa no mês, o acumulado no ano ainda se mantém positivo (1,99%) e a atividade ainda apresenta uma variação positiva significativa nos últimos 12 meses (7,76%). Dos seis produtos que são avaliados, os que mais influenciaram o índice do mês foram "calçados de couro feminino, exceto tênis" e "tênis de material têxtil ou de material sintético, montado", "calçados de couro masculino, exceto tênis" e "couros e peles de bovinos e equídeos apergaminhados ou preparados após curtimento ou secagem", que juntos responderam por -1,47 p.p. da taxa de -1,38%.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade registrou variação de 0,51% em julho de 2014 com relação a junho, primeiro resultado positivo após dois meses de níveis negativos. No ano, o setor acumula 4,01%, enquanto o indicador dos últimos 12 meses registra 8,93%.

Em relação aos produtos, os destaques para o indicador mensal são "álcool etílico (anidro ou hidratado)", "naftas", "querosenes de aviação" e "óleo diesel e outros óleos combustíveis", todos com variação positiva para o mês de julho. Tais produtos em destaque explicam 0,46 p.p. do total de 0,51% do indicador, o que evidencia concentração de aumento nas principais variações, sobretudo do óleo diesel e da nafta. Este último, depois de um longo período de queda, volta a ter seus preços pressionados no mercado internacional, principalmente por conta de desdobramento da crise na Síria e demais países do Oriente Médio.

Metalurgia: O resultado de julho de 2014 foi de -0,27%, o que contribuiu para que a variação acumulada nos últimos 12 meses chegasse a 6,01% e a 5,62% no acumulado do ano (segundo resultado mais elevado deste índice desde o início da série).

Os destaques em termos de variações/influências negativas ficaram com dois produtos: "bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos" e "chapas grossas de aços ao carbono, não revestidos". Em relação às variações no mês, aparecem com resultados positivos "ligas de alumínio em formas brutas", seguindo as cotações internacionais, e "bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras". Em relação aos outros produtos em destaque, agora como influência no mês, aparecem "bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos" com resultado negativo e "lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono" com influência positiva. No indicador mensal de julho, os quatro produtos com maiores influências impactaram em -1,08 p.p na variação de -0,27%, restando aos demais 18 produtos uma participação positiva de 0,74 p.p.

Veículos automotores: em julho, os preços dos produtos da atividade registraram, em média, variação de 0,22% em relação ao mês anterior. Com isso, o acumulado do ano atingiu 2,14%. Em relação aos últimos 12 meses, a atividade ficou em 2,88%.

Os produtos que tiveram maior participação em relação ao mês anterior foram "automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência", "caminhão diesel com capacidade superior a 5t", e "peças para motor de veículos automotores", todos com variações positivas. Ainda nessa categoria, o produto "caminhão-trator para reboques e semi-reboques" aparece com variação negativa. Esses quatro produtos somam 0,24 p.p. no indicador mensal de julho.