Em agosto, IPCA-15 fica em 0,14%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,14% em agosto e ficou...
20/08/2014 06h00 | Atualizado em 20/08/2014 06h00
Período |
TAXA |
---|---|
Agosto |
0,14% |
Julho |
0,17% |
Agosto 2013 |
0,16% |
Acumulado no ano |
4,32% |
Acumulado 12 meses |
6,49% |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,14% em agosto e ficou 0,03 ponto percentual abaixo da taxa de 0,17% de julho. Com isto, o acumulado no ano foi para 4,32%, superior à taxa de 3,69% do mesmo de período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,49 %, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,51%). Em agosto de 2013, a taxa havia sido 0,16%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
A liderança na relação dos principais impactos do mês ficou com a energia elétrica, que, com aumento de 4,25%, deteve 0,12 ponto percentual do índice. Isto ocorreu sob influência das variações nas contas das regiões metropolitanas de Curitiba (23,85%), refletindo o reajuste de 24,86% autorizado em 22 de julho e retroativo a 24 de junho; São Paulo (9,55%), cujo reajuste foi de 18,00% nas tarifas a partir de 04 de julho; e Belém (6,80%), com reajuste de 34,41% em 07 de agosto.
Assim, o aumento da energia, aliado a outros itens, levaram as despesas com habitação (de 0,48% em julho para 1,44% em agosto) ao mais elevado resultado de grupo no mês.
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Julho |
Agosto |
Julho |
Agosto | |
Índice Geral |
0,17 |
0,14 |
0,17 |
0,14 |
Alimentação e Bebidas |
-0,03 |
-0,32 |
-0,01 |
-0,08 |
Habitação |
0,48 |
1,44 |
0,07 |
0,20 |
Artigos de Residência |
0,66 |
0,41 |
0,03 |
0,02 |
Vestuário |
0,00 |
-0,18 |
0,00 |
-0,01 |
Transportes |
-0,85 |
0,20 |
-0,16 |
0,04 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,52 |
0,55 |
0,06 |
0,06 |
Despesas Pessoais |
1,74 |
-0,67 |
0,19 |
-0,07 |
Educação |
-0,07 |
0,42 |
0,00 |
0,02 |
Comunicação |
-0,10 |
-0,84 |
-0,01 |
-0,04 |
Em habitação, houve pressão, ainda, das despesas com artigos de limpeza (1,47%), taxa de água e esgoto (1,37%), condomínio (1,36%), aluguel residencial (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%). As regiões metropolitanas de Fortaleza (5,49%), onde ocorreu reajuste de 7,30% em 06 de julho, São Paulo (3,24%) e Rio de janeiro (2,92%), com reajuste de 6,75% a partir de 01 de agosto foram responsáveis pela alta na água e esgoto. Em São Paulo, o resultado de 3,24% levou em conta a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto os usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.
No item mão de obra para pequenos reparos (0,66%) em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de Salvador e de Porto Alegre com referência ao meses de maio e junho, estas duas regiões tiveram sua metodologia de cálculo adaptada. O procedimento consistiu em utilizar os últimos rendimentos disponíveis nas duas regiões, que se referem ao mês de abril, para estimar a tendência da série de rendimentos em agosto. Assim, foram estimados, a partir de abril, quatro meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 01/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de maio efetivamente coletados através da PME.
Da mesma forma, o item empregados domésticos (1,28%) seguiu o procedimento da mão de obra no cálculo das regiões de Salvador e Porto Alegre. Mesmo com a alta de 1,28% nos empregados, que, com 0,05 ponto percentual exerceu o segundo maior impacto no índice do mês, o grupo das despesas pessoais (de 1,74% em julho para -0,67% em agosto) se apresentou em queda. Isto porque as diárias de hotéis tiveram queda de 23,54% e, inversamente, exerceram o principal impacto para baixo (-0,13 ponto percentual).
Junto com as despesas pessoais, os grupos alimentação e bebidas (de -0,03% em julho para -0,32% em agosto), vestuário (de zero para -0,18%) e comunicação (-0,10% para -0,84%) contribuíram com queda em agosto. Nos alimentos, muitos produtos ficaram mais baratos, especialmente a batata-inglesa (-20,42%), tomate (-16,47%), feijão-carioca (-5,49%), hortaliças (-5,13%), óleo de soja (-3,17%) e feijão-preto (-3,11%).
Os demais grupos, incluindo o da habitação, mostraram aumentos nos preços. As passagens aéreas (10,27%), item que exerceu o terceiro maior impacto no mês, com 0,04 ponto percentual, se destacaram nos transportes (de -0,85% em julho para 0,20% em agosto), enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.), com alta de 1,06%, sobressaíram em educação (de -0,07% para 0,42%), que refletiu os resultados apurados na coleta realizada em agosto, a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,50%), em virtude da alta da energia elétrica (23,85%), tendo em vista o reajuste de 24,86% autorizado em 22 de julho e retroativo a 24 de junho. O menor índice foi o de Salvador (-0,38%), onde a energia elétrica apresentou queda de 6,55% refletindo a redução de 83,49% nas alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. Os preços dos combustíveis (-5,71%) também contribuíram para o menor resultado do índice de Salvador.
Região |
Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Julho |
Agosto |
Trimestre |
12 Meses | ||
Curitiba |
7,79 |
0,11 |
0,50 |
4,67 |
6,81 |
Belém |
4,65 |
-0,13 |
0,45 |
3,66 |
5,53 |
Rio de Janeiro |
12,46 |
0,03 |
0,30 |
4,95 |
7,46 |
São Paulo |
31,68 |
0,16 |
0,26 |
4,23 |
6,37 |
Goiania |
4,44 |
0,03 |
0,17 |
4,14 |
6,61 |
Brasília |
3,46 |
0,10 |
0,12 |
3,31 |
5,95 |
Porto Alegre |
8,40 |
0,41 |
0,02 |
4,63 |
7,14 |
Fortaleza |
3,49 |
0,00 |
-0,02 |
3,86 |
6,44 |
Belo Horizonte |
11,23 |
0,19 |
-0,06 |
4,40 |
6,38 |
Recife |
5,05 |
0,71 |
-0,28 |
4,87 |
6,89 |
Salvador |
7,35 |
0,25 |
-0,38 |
3,90 |
5,29 |
Brasil |
100,00 |
0,17 |
0,14 |
4,32 |
6,49 |
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de julho a 13 de agosto (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de junho a 14 de julho (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.