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Receita dos serviços cresce 5,7% em junho

O setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 5,7% em junho de 2014, na comparação...

19/08/2014 06h00 | Atualizado em 19/08/2014 06h00

Período Receita Nominal
Junho 2014 / Junho 2013
5,7%
Acumulado em 2014
7,4%
Acumulado em 12 meses
8,0%

O setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 5,7% em junho de 2014, na comparação com igual mês do ano anterior. É a menor variação da série histórica iniciada em janeiro de 2012, inferior às taxas registradas em maio (6,6%) e abril (6,2%). A segunda menor taxa foi em março de 2013 (6,1%). Os Serviços prestados às famílias registraram crescimento de 11,2%, os Serviços de informação e comunicação, de 5,7%, os Serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,3%, Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 4,6% e Outros serviços, de 1,2%. Os crescimentos nominais acumulado no ano (7,4%) e acumulado em 12 meses (8,0%) foram os menores da série histórica. Os menores acumulados anteriores foram, respectivamente, em março de 2013 (7,6% no ano) e maio de 2014 (8,2% em 12 meses).

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/servicos/pms.


Tabela 1
Indicadores de Receita Nominal do Setor de Serviços, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Junho 2014


Atividades Mês/Igual Mês do Ano Anterior Acumulado
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
Abr Mai Jun No Ano 12 Meses
Brasil
6,2
6,6
5,7
7,4
8,0
1 - Serviços prestados às famílias
10,4
11,6
11,2
11,5
11,3
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
10,8
11,8
12,1
11,8
11,5
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
8,0
10,1
5,4
9,7
9,6
2 - Serviços de informação e comunicação
3,7
4,4
5,7
5,6
6,2
   2.1 - Serviços TIC
2,4
3,0
3,0
4,4
5,5
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
12,1
13,1
22,8
13,0
10,5
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
5,2
7,8
7,3
7,8
7,9
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
5,0
6,7
5,6
7,8
5,5
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
5,2
8,2
8,0
7,8
8,8
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
8,0
7,5
4,6
8,6
9,7
   4.1 - Transporte terrestre
3,6
7,0
2,6
5,9
7,8
   4.2 - Transporte aquaviário
14,5
9,9
14,1
14,5
17,3
   4.3 - Transporte aéreo
18,3
16,5
4,5
14,0
15,9
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
12,2
5,2
7,0
11,2
10,0
5 - Outros serviços
9,7
5,6
1,2
5,5
5,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

Contribuíram para a desaceleração do setor de serviços em junho o resultado de 4,6% dos Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, inferior aos meses de maio (7,5%) e abril (8,0%), e o crescimento de 1,2% em Outros serviços, contra 5,6% em maio e 9,7% em abril. O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio tem peso de 30,7% na estrutura do setor de serviços e, no mês de junho, a participação relativa situou-se em 24,5%. O segmento de Outros serviços, embora, com peso menor (6,6%), reduziu sua participação relativa de 9,7% para 1,8%.

Os resultados trimestrais e semestrais também apresentam valores inferiores aos dos períodos anteriores. O crescimento do setor de serviços no 2º trimestre de 2014, em relação ao 2º trimestre de 2013, situou-se em 6,2%, contra 8,7% registrado no 1º trimestre. No 1º semestre, o crescimento ficou em 7,4%, contra 8,5% e 8,4% do 2º e 1º semestres de 2013, respectivamente. Os Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio e os Serviços de informação e comunicação foram os segmentos que registraram taxas de crescimento, tanto trimestrais, como semestrais, em patamares inferiores aos dos períodos anteriores.

O segmento de Serviços prestados às famílias registrou no Brasil uma variação de 11,2% em junho sobre igual mês do ano anterior, inferior à taxa de maio (11,6%) e superior à de abril (10,4%). Os Serviços de alojamento e alimentação registraram crescimento de 12,1% e Outros serviços prestados às famílias, 5,4%. A série da variação acumulada vem mantendo-se, no 1º semestre de 2014, em um patamar superior à série do 2º semestre de 2013. No que se refere aos Serviços de alojamento e alimentação, observam-se crescimentos diferenciados entre as Unidades da Federação selecionadas que sediaram o evento da Copa do Mundo de Futebol. Neste segmento, as maiores taxas de crescimento foram registradas na Bahia (33,9%), seguido de Pernambuco (17,7%) e Rio de Janeiro (15,0%), onde se observou uma maior demanda por hotéis, motéis, pousadas, albergues de turismo e campings, e um maior consumo em restaurantes, bares e lanchonetes. As menores taxas foram observadas no Paraná (7,4%), São Paulo (8,7%) e Minas Gerais (10,6%).

Os Serviços de informação e comunicação registraram crescimento de 5,7%, superior às taxas de maio (4,4%) e abril (3,7%). Os Serviços de tecnologia da informação e comunicação-TIC, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, registraram variação de 3,0%. Os Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias registraram crescimento de 22,8%. Os Serviços audiovisuais abrangem as atividades de rádio e televisão, que contribuíram para esse crescimento, em função do evento da Copa do Mundo de Futebol. O segmento de Serviços de informação e comunicação representou 35,1% em termos de contribuição relativa no mês e 2,0 pontos percentuais (p.p.) em termos de composição absoluta do índice geral.

O crescimento dos Serviços profissionais, administrativos e complementares ficou em 7,3% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra 7,8% em maio e 5,2% em abril. Os Serviços técnico-profissionais, que abrangem os serviços intensivos em conhecimento, cresceram 5,6%. Os Serviços administrativos e complementares, que abrangem os serviços intensivos em mão-de-obra,cresceram 8,0%. Com uma contribuição relativa de 26,3%, esse segmento contribuiu, em termos absolutos, com 1,5 p.p. para o índice geral.

O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou um crescimento nominal de 4,6% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, inferior às taxas de maio (7,5%) e abril (8,0%). Por modalidade, os resultados foram: Transporte terrestre, variação de 2,6%, Transporte aquaviário, 14,1% e Transporte aéreo, 4,5%. O segmento de Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio, registrou crescimento de 7,0%. O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio contribuiu, em termos relativos, com 24,5% e com 1,4 p.p, em termos absolutos, para a composição do índice geral. No caso específico dos segmentos Transporte terrestre e Transporte aéreo, as taxas inferiores às dos períodos anteriores decorrem da redução dos dias úteis, comparado com o mesmo mês do ano anterior, em função dos feriados do evento da Copa do Mundo de Futebol. Esse evento gerou, para o Transporte terrestre, em especial para o transporte de cargas, uma demanda desaquecida por parte de outros setores da economia e, para o Transporte aéreo, uma redução no turismo de negócios.

O segmento Outros serviçosapresentou taxa de crescimento nominal de 1,2%, inferior às taxas de maio (5,6%) e abril (9,7%). Esse crescimento inferior aos dos períodos anteriores também decorre da redução dos dias úteis, que afetaram, de forma mais direta, a atividade de Serviços auxiliares financeiros, que incluem as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. Segundo a BM&FBOVESPA, o volume total negociado em junho de 2014 apresentou redução de 34,6% na comparação com junho de 2013.

Em junho, Distrito Federal apresenta o maior crescimento (18,7%)

No que concerne aos resultados regionais, os dados revelam que, no mês de junho, as maiores variações ocorreram no Distrito Federal (18,7%), Rio de Janeiro (12,4%) e Goiás (10,2%). As menores taxas positivas de crescimento foram registradas em Minas Gerais (0,7%), Alagoas (1,1%) e Amazonas (1,4%). Apresentaram variações nominais negativas as seguintes Unidades da Federação: Roraima (-7,7%), Amapá (-6,3), Piauí (-4,9%), Espírito Santo (-3,2%), Acre (-2,8%) e Sergipe (-1,6%). Analisando-se a composição absoluta e relativa do índice de serviços por Unidades da Federação, destacam-se São Paulo com 36,8% de contribuição relativa e 2,1 p.p. de contribuição absoluta, seguido do Rio de Janeiro, com 31,5% e 1,8 p.p. e Distrito Federal, com 8,7% e 0,5 p.p.


TABELA 4
COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DOS SERVIÇOS
SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO

JUNHO 2014
UNIDADES DA FEDERAÇÃO Taxa Composição da taxa
Absoluta Relativa
BRASIL
5,7
5,7
100,0
Rondônia
2,5
0,0
0,0
Acre
- 2,8
0,0
0,0
Amazonas
1,4
0,0
0,0
Roraima
- 7,7
0,0
0,0
Pará
2,2
0,0
0,0
Amapá
- 6,3
0,0
0,0
Tocantins
2,6
0,0
0,0
Maranhão
1,6
0,0
0,0
Piauí
- 4,9
0,0
0,0
Ceará
6,9
0,1
1,8
Rio Grande do Norte
7,6
0,0
0,0
Paraíba
8,6
0,0
0,0
Pernambuco
5,0
0,1
1,8
Alagoas
1,1
0,0
0,0
Sergipe
- 1,6
0,0
0,0
Bahia
3,0
0,1
1,8
Minas Gerais
0,7
0,1
1,8
Espírito Santo
- 3,2
0,0
0,0
Rio de Janeiro
12,4
1,8
31,5
São Paulo
4,8
2,1
36,8
Paraná
5,7
0,3
5,2
Santa Catarina
6,9
0,2
3,5
Rio Grande do Sul
3,3
0,1
1,8
Mato Grosso do Sul
2,6
0,0
0,0
Mato Grosso
6,5
0,1
1,8
Goiás
10,2
0,2
3,5
Distrito Federal
18,7
0,5
8,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.