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Em junho, emprego industrial recua 0,5%

O pessoal ocupado na indústria recuou em relação a maio (-0,5%), na série com ajuste sazonal, e em relação...

08/08/2014 06h00 | Atualizado em 08/08/2014 06h00

O pessoal ocupado na indústria recuou em relação a maio (-0,5%), na série com ajuste sazonal, e em relação a junho de 2013 (-3,1%), acumulando quedas no ano (-2,3%) e nos últimos 12 meses (-1,9%). O número de horas pagas também teve taxas negativas nessas quatro comparações: -1,2%, -4,2%, -2,9% e -2,3%, respectivamente.

Já a folha de pagamento real reduziu-se em 2,4% em relação a maio e 0,3% contra junho de 2013, mas acumula taxas positivas de 1,3% no ano e de 0,7% em 12 meses. A publicação completa encontra-se em https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/.


Indicadores Conjunturais da Indústria - Brasil - Junho de 2014
Variáveis Variação mensal (%)
Junho 2014/ Maio 2014*
Junho 2014/ Junho 2013
Acumulado ANO
Acumulado 12 Meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-0,5
-3,1
-2,3
-1,9
Número de Horas Pagas
-1,2
-4,2
-2,9
-2,3
Folha de Pagamento Real
-2,4
-0,3
1,3
0,7

O pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,5% frente a maio, na série com ajuste sazonal, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,6%. A média móvel trimestral recuou 0,6% e permanece em queda desde abril de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, em relação ao trimestre imediatamente anterior, o emprego na indústria recuou 0,9%, sexta taxa negativa consecutiva neste confronto, com ritmo de queda mais intenso que no último trimestre de 2013 (-0,6%) e no primeiro de 2014 (-0,3%).

Em relação a junho de 2013, o emprego industrial recuou 3,1%, trigésimo terceiro resultado negativo consecutivo nesse confronto e o mais intenso desde novembro de 2009 (-3,7%). Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o total do pessoal ocupado assalariado recuou tanto no segundo trimestre de 2014 (-2,7%), como no acumulado do ano (-2,3%). O acumulado nos últimos doze meses (-1,9%) manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%).

Ainda no confronto com junho de 2013, o emprego industrial recuou em todos os quatorze locais pesquisados. O principal impacto negativo veio de São Paulo (-4,2%), pressionado pela redução no pessoal ocupado em quatorze das dezoito atividades, com destaque para produtos de metal (-10,9%), produtos têxteis (-13,2%) e meios de transporte (-5,9%). Vale citar também os recuos no Paraná (-5,0%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Região Nordeste (-2,0%), Minas Gerais (-1,7%) e Rio de Janeiro (-3,3%).

Setorialmente, ainda no índice mensal de junho, o pessoal ocupado recuou em quinze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as quedas em meios de transporte (-5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,9%), produtos de metal (-6,4%), calçados e couro (-7,4%), máquinas e equipamentos (-4,5%), produtos têxteis (-6,3%), vestuário (-3,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-9,1%). Por outro lado, os impactos positivos vieram de produtos químicos (1,9%) e de minerais não-metálicos (1,5%).

No acumulado do ano, o emprego industrial recuou 2,3%, com quedas em treze dos quatorze locais e em quatorze dos dezoito setores. De São Paulo (-3,5%) veio o principal impacto negativo, com Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-3,5%), Minas Gerais (-1,7%), Região Nordeste (-1,0%) e Rio de Janeiro (-1,8%) a seguir. Já Pernambuco (1,6%) teve a única alta. As contribuições negativas mais relevantes vieram de produtos de metal (-6,6%), máquinas e equipamentos (-4,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,6%), calçados e couro (-7,6%), meios de transporte (-3,2%), produtos têxteis (-5,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,4%). Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (0,8%) e produtos químicos (2,0%).

Número de horas pagas cai 1,2% em relação a maio e 2,1% contra junho de 2013

Em junho de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, mostrou redução de 1,2% frente ao nível do mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 2,1%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou queda de 0,7% no trimestre encerrado em junho de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas na indústria apontou recuo de 1,2% no período abril-junho de 2014, quarta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, e mostrou ritmo de queda mais intenso do que os observados no último trimestre do ano passado (-0,7%) e o primeiro desse ano (-0,4%).

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, ao mostrar recuo de 4,2% no índice mensal de junho de 2014, assinalou a décima terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o total do número de horas pagas apontou perda tanto no fechamento do segundo trimestre de 2014 (-3,6%), como no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano (-2,9%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -2,0% em maio para -2,3% em junho de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

Em junho, o número de horas pagas recuou 4,2% em relação a junho de 2013, com quedas nos quatorze locais pesquisados e em dezesseis dos dezoito ramos. As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-8,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,6%), máquinas e equipamentos (-5,8%), produtos de metal (-6,9%), calçados e couro (-8,6%), alimentos e bebidas (-1,6%), produtos têxteis (-7,5%), vestuário (-4,2%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,8%). Já os impactos positivos vieram de minerais não-metálicos (0,9%) e de produtos químicos (0,7%).

Ainda em relação a junho de 2013, a principal influência negativa se deve ao recuo em São Paulo (-5,3%), com reduções no número de horas pagas em meios de transporte (-9,8%), máquinas e equipamentos (-7,5%), produtos têxteis (-14,0%), produtos de metal (-9,8%), alimentos e bebidas (-3,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,8%), outros produtos da indústria de transformação (-9,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,0%). Destacam-se, também, os impactos negativos de Rio Grande do Sul (-5,9%), Paraná (-5,5%), Minas Gerais (-3,7%) e Região Nordeste (-3,3%).

O acumulado do ano recuou 2,9% em número de horas pagas, com quedas em quatorze dos dezoito setores pesquisados. Os impactos negativos mais relevantes vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,5%), produtos de metal (-7,4%), máquinas e equipamentos (-5,9%), meios de transporte (-4,6%), calçados e couro (-7,9%) e produtos têxteis (-6,2%). Em sentido oposto, os setores de alimentos e bebidas (0,5%) e de minerais não-metálicos (1,7%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria. Em nível regional, treze dos quatorze locais investigados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,3% registrado por São Paulo, vindo a seguir as perdas verificadas no Rio Grande do Sul (-5,3%), Paraná (-4,6%), Minas Gerais (-2,6%) e Região Nordeste (-2,1%). Em contrapartida, a Região Norte e Centro-Oeste (0,6%) assinalou a influência positiva nos seis primeiros meses de 2014.

Em síntese, o total do pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas na indústria permaneceram com o comportamento de menor intensidade, com o primeiro acumulando perda de 1,6% em três meses seguidos de taxas negativas, e o segundo assinalando a taxa negativa mais intensa desde janeiro de 2009 (-1,5%). Vale destacar que esses resultados refletem, especialmente, a diminuição de ritmo que marca a produção industrial desde o último trimestre de 2013. A evolução da média móvel trimestral reforça esse quadro.

Em relação a junho de 2013, o pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas na indústria continuam com taxas negativas e as perdas mais intensas desde, respectivamente, novembro e outubro de 2009. Com isso, o índice acumulado em 2014 permaneceu com comportamento negativo e intensificou o ritmo de queda frente aos resultados do último semestre do ano passado, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, tanto no total do pessoal ocupado assalariado, que passou de -1,5% para -2,3%, como no número de horas pagas (de -1,7% para -2,9%), acompanhando o movimento de redução também verificado na produção industrial (de 1,2% para -2,6%).

Folha de pagamento real cai 2,4% em relação a maio e 0,3% contra junho de 2013

Em junho de 2014, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 2,4% frente a maio, após dois meses de taxas positivas que acumularam expansão de 2,3%. Destacam-se no mês tanto o setor extrativo (-28,4%), influenciado especialmente pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor em maio último, como a indústria de transformação (-0,9%) que apontaram taxas negativas. Com isso, a média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em junho de 2014 frente ao patamar assinalado no mês anterior, e manteve o comportamento predominantemente negativo presente desde março último. Ainda na série com ajuste sazonal, em relação ao trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real da indústria recuou 0,2% no período abril-junho de 2014 após dois trimestres consecutivos de alta: o quarto de 2013 (1,3%) e primeiro desse ano (0,5%).

Em relação a junho de 2013, a folha de pagamento real recuou 0,3% e interrompeu cinco meses consecutivos de altas nesse tipo de confronto. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão tanto no fechamento do segundo trimestre de 2014 (0,6%), como no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano (1,3%). O acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 0,7% em junho de 2014, mostrou perda de ritmo frente a janeiro (1,6%), fevereiro (1,5%), março (1,4%), abril (1,2%) e maio (0,9%).

Em relação a junho de 2013, a folha de pagamento real teve variação negativa (-0,3%), com resultados negativos em seis dos quatorze locais investigados. A principal influência negativa foi de Minas Gerais (-5,5%), pressionado, em grande parte, pela queda no valor real da folha de pagamento do setor de meios de transporte (-31,1%), influenciado, pela elevada base de comparação, já que essa atividade cresceu 18,3% em junho de 2013. Vale citar também a contribuição negativa vinda do Rio Grande do Sul (-1,1%), influenciada, principalmente, pela redução nos setores de metalurgia (-16,6%), máquinas e equipamentos (-2,8%), calçados e couro (-4,1%) e produtos de metal (-4,9%). Já os principais impactos positivos foram na Região Norte e Centro-Oeste (2,7%), Santa Catarina (1,6%) e Paraná (1,1%).

Setorialmente, ainda no índice mensal de junho, a folha de pagamento real recuou em quatorze dos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-2,9%), produtos de metal (-5,1%), máquinas e equipamentos (-2,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%), papel e gráfica (-3,3%) e calçados e couro (-4,6%). Já os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (6,2%), borracha e plástico (4,7%), produtos químicos (3,0%) e minerais não-metálicos (3,3%).

No ano, a folha de pagamento real avançou 1,3%, com altas em dez dos quatorze locais. As principais contribuições positivas vieram de São Paulo (1,0%), Região Norte e Centro-Oeste (4,9%), Santa Catarina (3,2%), Paraná (2,3%) e Minas Gerais (1,2%). Já os impactos negativos vieram da Bahia (-0,8%), Rio de Janeiro (-0,3%), Rio Grande do Sul (-0,2%) e Ceará (-0,9%).

Setorialmente, ainda no acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em onze das dezoito atividades pesquisadas, impulsionado, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (6,1%), meios de transporte (1,7%), minerais não-metálicos (5,8%), borracha e plástico (4,5%), indústrias extrativas (3,2%), produtos químicos (1,3%) e vestuário (2,4%). Já os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,0%), máquinas e equipamentos (-1,6%), produtos de metal (-2,9%) e papel e gráfica (-2,1%) assinalaram as principais contribuições negativas no índice acumulado no ano.