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IPCA-15 de julho fica em 0,17%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,17% em julho e ficou...

22/07/2014 06h00 | Atualizado em 22/07/2014 06h00

Período
TAXA
JULHO 2014
0,17%
Junho 2014
0,47%
Julho 2013
0,07%
Acumulado em 2014
4,17%
Acumulado em 12 meses
6,51%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15)teve variação de 0,17% em julho e ficou 0,30 ponto percentual abaixo da taxa de 0,47% de junho. Com isto, o acumulado no ano foi para 4,17% e ficou acima do resultado de 3,52% do mesmo de período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,51%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,41%). Em julho de 2013, a taxa havia sido 0,07%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

O grupo Transportes (de 0,50% em junho para -0,85% em julho) foi o principal responsável pelo recuo do índice, detendo menos 0,16 ponto percentual de impacto no IPCA-15 do mês. Alimentação e Bebidas (de 0,21% para -0,03% em julho) também impactou para baixo, com -0,01 ponto. A tabela com os resultados dos grupos de produtos e serviços pesquisados encontram-se abaixo.

Grupo
Variação (%)
Impacto (%)
Junho
Julho
Junho
Julho
Índice Geral
0,47
0,17
0,47
0,17
Alimentação e Bebidas
0,21
-0,03
0,05
-0,01
Habitação
0,29
0,48
0,04
0,07
Artigos de Residência
1,00
0,66
0,04
0,03
Vestuário
0,67
0,00
0,04
0,00
Transportes
0,50
-0,85
0,09
-0,16
Saúde e Cuidados Pessoais
0,67
0,52
0,08
0,06
Despesas Pessoais
1,09
1,74
0,12
0,19
Educação
0,13
-0,07
0,01
0,00
Comunicação
0,00
-0,10
0,00
-0,01

Nos alimentos, muitos produtos ficaram mais baratos de um mês para o outro, especialmente: batata-inglesa (-13,23%), tomate (-11,63%), feijão-fradinho (-8,04%), cenoura (-7,67%), feijão-carioca (-7,44%), cebola (-6,36%), hortaliças (-5,33%), feijão-preto (-5,32%) e farinha de mandioca (-4,60%).

Dos demais grupos, apenas Habitação (de 0,29% em junho para 0,48% em julho) e Despesas Pessoais (de 1,09% para 1,74%) deixaram de mostrar redução.

A alta de 28,63% nas diárias de hotéis, líderes no ranking dos principais impactos, com 0,13 ponto percentual, levou as Despesas Pessoais (1,74%) ao mais elevado resultado de grupo. A região metropolitana de Fortaleza se destacou pelo aumento de 57,95% nos valores das diárias, seguida de Brasília, onde os preços subiram 45,74%. Neste grupo das Despesas Pessoais, excepcionalmente, em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de Salvador e de Porto Alegre com referência ao mês de maio, procedeu-se a uma adaptação na metodologia de cálculo do item "empregados domésticos". Consistiu em utilizar os últimos rendimentos disponíveis nas duas regiões, que se referem ao mês de abril, para estimar a tendência da série de rendimentos em julho. Assim, foram estimados, a partir de abril, três meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 02/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de maio efetivamente coletados através da PME. No índice de julho, então, o item "empregados domésticos" resultou em 0,51%.

Em Habitação, grupo que também apresentou aceleração na taxa de crescimento de preços de junho para julho, as principais pressões foram exercidas pela energia elétrica (1,35%), condomínio (0,98%) e aluguel (0,92%). No item "energia elétrica", a alta de 1,35% foi influenciada pelas regiões metropolitanas de São Paulo, cuja variação de 5,51% refletiu o reajuste de 18,00% nas tarifas em vigor a partir do dia 04 de julho; Recife, onde a variação de 4,75% resultou do reajuste de 35,00% no valor da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP, em vigor desde 13 de junho; Porto Alegre, com variação de 2,78% em função do reajuste de 23,00% nas tarifas de uma das empresas desde 19 de junho.

Ainda no grupo Habitação, registra-se a queda de 2,36% na taxa de água e esgoto mesmo com alta nas regiões metropolitanas de Salvador (5,99%), onde o reajuste de 7,80% está em vigor desde 06 de junho; Fortaleza (1,78%), reajuste de 7,30% a partir do dia 06 de julho; Porto Alegre (1,25%), reajuste de 6,00% vigente a partir de primeiro de julho. A queda de 2,36% na variação média do item foi influenciada pela região metropolitana de São Paulo, onde a taxa de água e esgoto ficou em -13,13%. Este resultado levou em conta, além de ajuste no item com o intuito de adequar o acumulado dos últimos dois meses, a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, aprovado através da deliberação ARSEP nº 469, de 03/02/2014 e ampliado através da deliberação ARSEP nº 480, de 31/03/2014. O objetivo do programa, durante sua vigência, é bonificar com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.

Quanto à mão de obra para pequenos reparos, deste grupo Habitação, também em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de Salvador e de Porto Alegre com referência ao mês de maio, estas duas regiões tiveram sua metodologia de cálculo adaptada da mesma forma que o item "empregados domésticos". As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 01/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de maio efetivamente coletados através da PME. No índice de julho, então, o item "mão de obra para pequenos reparos" resultou em 0,25%.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,71%) onde as diárias de hotéis, com alta de 34,71% e peso de 0,95%, exerceram impacto de 0,33 ponto percentual no resultado. O menor foi o de Belém (-0,13%) onde os alimentos consumidos em casa chegaram a ficar 1,13% mais baratos em julho.

A seguir os resultados por regiões pesquisadas:

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Junho
Julho
Ano
12 Meses
Recife
5,05
0,69
0,71
5,16
7,20
Porto Alegre
8,40
0,42
0,41
4,61
7,33
Salvador
7,35
0,41
0,25
4,30
5,51
Belo Horizonte
11,23
0,65
0,19
4,46
6,35
São Paulo
31,68
0,21
0,16
3,96
6,35
Curitiba
7,79
0,35
0,11
4,15
6,82
Brasília
3,46
0,77
0,10
3,19
6,21
Goiania
4,44
0,73
0,03
3,96
6,55
Rio de Janeiro
12,46
0,69
0,03
4,64
7,29
Fortaleza
3,49
0,80
0,00
3,89
6,34
Belém
4,65
0,76
-0,13
3,19
5,40
Brasil
100,00
0,47
0,17
4,17
6,51

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de junho a 14 de julho de 2014 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de maio a 11 de junho de 2014 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.