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Em abril, vendas no varejo variam -0,4%

Em abril, o comércio varejista do país registrou queda de -0,4% no volume de vendas e alta de 0,6% na receita...

12/06/2014 06h00 | Atualizado em 12/06/2014 06h00

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Abril 2014 / Março 2014
-0,40%
0,60%
0,60%
1,10%
Média móvel trimestral
-0,30%
0,50%
-0,90%
0,00%
Abril 2014 / Abril 2013
6,70%
13,50%
0,00%
6,00%
Acumulado 2014
5,00%
11,10%
1,60%
6,90%
Acumulado 12 meses
4,90%
11,80%
2,50%
8,00%

Em abril, o comércio varejista do país registrou queda de -0,4% no volume de vendas e alta de 0,6% na receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Nas demais comparações, o varejo nacional apresentou, em termos de volume de vendas, acréscimo da ordem de 6,7% sobre abril do ano anterior, 5,0% no acumulado do primeiro quadrimestre do ano; e 4,9% no acumulado dos últimos 12 meses. Nas mesmas comparações a receita nominal de vendas assinalou taxas de 13,5%, 11,1% e de 11,8%, respectivamente.

A diferença entre as taxas de março e abril motivado, entre outros fatores, pelo deslocamento do mês comemorativo da Páscoa - que em 2013 foi em março e este ano em abril - não foi suficiente para reverter a trajetória da média móvel trimestral, negativa pelo segundo mês consecutivo em termos de volume de vendas.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC
Abril 2014
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (*) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (**)
0,0
-0,5
-0,4
8,7
-1,1
6,7
5,0
4,9
1 - Combustíveis e lubrificantes
1,3
-1,5
-0,8
13,9
4,2
1,5
6,4
6,8
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-0,2
-1,1
-1,4
5,5
-2,8
10,1
4,4
3,3
2.1 - Super e hipermercados
-0,1
-1,0
-1,5
5,3
-3,0
10,4
4,3
3,3
3 - Tecidos, vest. e calçados
-0,6
-1,6
-1,0
7,2
-7,4
-5,5
-1,2
1,6
4 - Móveis e eletrodomésticos
0,2
1,5
-0,1
10,6
3,8
2,4
5,5
5,6
4.1 - Móveis
-
-
-
14,7
7,3
4,4
7,3
1,7
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
9,7
3,1
2,3
5,6
8,4
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-0,3
0,3
0,0
14,9
9,3
5,4
10,7
10,6
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
7,2
-3,8
-2,6
7,2
-5,0
-3,9
-1,5
5,1
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-3,8
-0,4
-2,7
-4,8
-8,8
-10,5
-4,9
-1,8
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
0,2
-0,2
0,3
17,0
-3,6
16,0
9,5
9,9
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***)
-2,2
-1,0
0,6
8,2
-5,6
0,0
1,6
2,5
9 - Veículos e motos, partes e peças
-8,3
0,3
5,4
4,9
-15,9
-9,8
-5,3
-2,7
10- Material de Construção
3,9
-4,1
-0,5
16,8
1,3
-5,8
3,7
5,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Séries com ajuste sazonal
(**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Entre as dez atividades, sete têm variações negativas

Na série com ajuste sazonal, sete das dez atividades do comércio varejista ampliado obtiveram variações negativas em volume de vendas. As taxas foram as seguintes: 5,4% em Veículos e motos, partes e peças; 0,3% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 0,0% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -0,1% para Móveis e eletrodomésticos; -0,5% em Material de construção; -0,8% em Combustíveis e lubrificantes; -1,0% para Tecidos, vestuário e calçados; -1,4% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -2,6% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e -2,7% em Livros, jornais, revistas e papelaria.

Já na comparação com abril de 2013, cinco das oito atividades do varejo registram resultados positivos no volume de vendas. Pela importância no resultado global, segundo a composição da taxa, a ordem é a seguinte: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,4%); Móveis e eletrodomésticos (2,4%); Combustíveis e lubrificantes (1,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,5%); e Tecidos, vestuário e calçados (-5,5%).

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 10,1% no volume de vendas em abril sobre igual mês do ano anterior, proporcionou a principal contribuição à taxa global do varejo (respondendo por 73,7% desta). O resultado desse mês reverte a taxa negativa de março (-2,8%), movimento este influenciado pelo efeito calendário. Em termos acumulados, as taxas de 4,4% no quadrimestre e de 3,3% em 12 meses situam-se abaixo da média geral do varejo. Ainda com relação à taxa de 12 meses, seu patamar é inferior aos de abril de 2012 (5,6%) e abril de 2013 (5,3%), mesmo com o crescimento da massa real de rendimentos médio habitual das pessoas ocupadas e a evolução dos preços de alimentos no domicílio em torno da média.

O segundo maior impacto positivo na formação da taxa global deveu-se a Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que registrou variação de 16,0% no volume de vendas em relação a abril de 2013. Vale observar que a atividade, que é composta entre outros segmentos, por lojas de departamentos, teve seu resultado nos últimos dois meses influenciado pela deslocamento da Páscoa de março, em 2013, para abril, este ano. Em termos acumulados, os resultados da atividade segue mantendo variações no volume de venda superiores à média, com taxas de 9,5% no acumulado do ano e de 9,9% nos últimos 12 meses.

Com 5,4% de crescimento no volume de vendas sobre abril de 2013, a atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumariarespondeu pelo terceiro maior impacto positivo na formação da taxa do varejo. Em termos acumulados assinala aumentos de 10,7% e de 10,6%, respectivamente, no quadrimestre e nos últimos 12 meses. O crescimento acima da média, nos resultados acumulados, se deve ao comportamento positivo da massa de rendimentos, ao caráter de uso essencial de seus produtos; bem como ao comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos, que vêm se situando abaixo da média: 3,9% em 12 meses até abril de 2014, contra 6,3% do índice geral, segundo o IPCA.

Varejo ampliado varia 0,6% no volume de vendas e 1,1% na receita nominal

No comércio varejista ampliado, que inclui o varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou variação positiva tanto no volume de vendas (0,6%) quanto na receita nominal (1,1%), em relação ao mês anterior com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve estabilidade no volume (0%) e aumento na receita (6,0%). Quanto às taxas acumuladas, os aumentos foram de 1,6% no ano e de 2,5% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de 6,9% e 8,0% para a receita nominal, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças registrou queda de -9,8% em relação a abril do ano passado. Esta atividade apresentou ainda as seguintes variações: 5,4% sobre o mês anterior ajustado sazonalmente, -5,3% no acumulado do quadrimestre e -2,7% no acumulado dos últimos 12 meses. O segmento de Material de construção apresentou variações no volume de vendas de -0,5% na comparação com o mês anterior com ajuste sazonal, -5,8% sobre abril de 2013, 3,7% no quadrimestre e 5,6% no acumulado dos últimos 12 meses.



TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - ABRIL 2014 (*)
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa Comp. da taxa Taxa Comp. da taxa
absoluta relativa(%) absoluta relativa(%)
Taxa Global
6,7
6,7
100,0
0,0
0,0
100,0
1 - Combustíveis e lubrificantes
1,5
0,2
2,4
1,5
0,1
1000,0
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
10,1
5,0
73,7
10,1
2,8
28200,0
3 - Tecidos, vest. e calçados
-5,5
-0,5
-6,7
-5,5
-0,3
-2600,0
4 - Móveis e eletrodomésticos
2,4
0,3
4,3
2,4
0,2
1600,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
5,4
0,4
5,7
5,4
0,2
2200,0
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-3,9
-0,1
-0,9
-3,9
0,0
-300,0
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-10,5
-0,1
-1,3
-10,5
-0,1
-500,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
16,0
1,5
22,9
16,0
0,9
8700,0
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-
-9,8
-3,3
-32900,0
10- Material de Construção
-
-
-
-5,8
-0,5
-5300,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(*) Corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global

Na comparação com abril de 2013, resultado positivo em 25 unidades da federação

Das 27 unidades da federação, 25 apresentaram resultados positivos na comparação entre abril de 2014 e abril de 2013, no que se refere ao volume de vendas. Os destaques positivos foram: Amapá (13,7%), Alagoas (11,1%), Rondônia (11,0%), Pernambuco (10,0%) e Ceará (10,0%). Quanto à participação na composição da taxa positiva do Comércio Varejista, sobressaíram, pela ordem: São Paulo (7,5%), Rio de Janeiro (7,2%), Paraná (7,8%), Minas Gerais (4,9%) e Rio Grande do Sul (5,5%).

Em relação ao varejo ampliado, 20 estados registraram variações positivas em relação a abril do ano passado, com destaque para Alagoas (8,4%), Ceará (5,6%), Santa Catarina (5,2%), Rondônia (4,7%) e Rio de Janeiro (4,0%). Em termos de impacto positivo no resultado global do setor, sobressaíram os estados do Rio de Janeiro (4,0%), Santa Catarina (5,2%), Rio Grande do Sul (3,1%), Ceará (5,6%) e Pernambuco (3,5%).

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam 12 estados com resultados positivos na comparação com o mês anterior. As maiores variações positivas ocorreram em Roraima (6,1%), Amapá (3,0%), Espírito Santo (2,3%), Rio de Janeiro (1,0%) e Pernambuco (0,7%). Já as maiores quedas foram registradas no Acre (-3,9%), Maranhão (-3,3%), Bahia (-3,0%) e Pará (-1,9%).