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Produção industrial varia -0,3% em abril

Em abril de 2014, a produção industrial nacional assinalou decréscimo (-0,3%) frente ao mês...

04/06/2014 06h00 | Atualizado em 04/06/2014 06h00

Abril 2014 / Março 2014
-0,3%
Abril 2014 / Abril 2013
-5,8%
Acumulado em 2014
-1,2%
Acumulado em 12 meses
0,8%
Média móvel trimestral
-0,2%

Em abril de 2014, a produção industrial nacional assinalou decréscimo (-0,3%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de 0,8%. Na série sem ajuste sazonal, na comparação com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução (-5,8%) em abril de 2014, após registrar queda de 2,0% em janeiro, crescimento de 4,6% em fevereiro e recuo de 0,7% em março último. Assim, o setor industrial acumulou queda (-1,2%) nos quatro primeiros meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 0,8% em abril de 2014, mostrou clara redução no ritmo de crescimento frente ao resultado verificado em março último (2,1%).

A publicação completa da pesquisa e todos os seus resultados pode ser acessada na página
https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfbr

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Abril de 2014


Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Abril 2014/
Março 2014*
Abril 2014/
Abril 2013
Acumulado
Janeiro-Abril
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-0,5
-14,4
-4,8
5,5
Bens Intermediários
-0,2
-4,5
-1,5
-0,3
Bens de Consumo
-0,8
-6
0,6
1,6
   Duráveis
-1,6
-12
-1
1,2
   Semiduráveis e não Duráveis
0,4
-3,9
1,1
1,7
Indústria Geral
-0,3
-5,8
-1,2
0,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

O setor industrial, em abril de 2014, volta a mostrar um quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só no segundo mês seguido de queda, mas também no predomínio de taxas negativas, em que três das quatro grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades apontaram redução na produção. Com o resultado desse mês, o total da indústria ficou 4,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Ainda na série com ajuste sazonal, os sinais de diminuição no ritmo da atividade industrial nesse mês também ficaram evidenciados na evolução do índice de média móvel trimestral, que ao registrar variação negativa de 0,2% em abril, apontou perda de ritmo frente ao resultado de março (0,7%).

No confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial também assinalou queda na produção em abril de 2014 (-5,8%), recuo mais intenso desde setembro de 2009 (-7,3%), com claro predomínio de taxas negativas entre as grandes categorias econômicas e as atividades pesquisadas. Vale destacar que no resultado desse mês, além da diminuição no ritmo de produção, observa-se a influência do efeito calendário, uma vez que abril de 2014 teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior.

No índice para o fechamento dos quatro primeiros meses de 2014, o total da indústria recuou 1,2% e mostrou clara redução de ritmo frente aos resultados do primeiro (3,1%), segundo (2,5%) e terceiro quadrimestres de 2013 (1,0%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Entre as grandes categorias econômicas, a maior perda de dinamismo foi observada em bens de capital, que passou de 11,4% no último quadrimestre do ano passado para -4,8% nos quatro primeiros meses de 2014, influenciado principalmente pela menor produção de bens de capital para equipamentos de transporte (de 7,3% para -10,3%). Os segmentos de bens de consumo duráveis (de 0,9% para -1,0%) e de bens intermediários (de -0,5% para -1,5%) também apontaram taxas negativas no primeiro quadrimestre do ano, com o primeiro revertendo a expansão assinalada no último quadrimestre de 2013, pressionado em grande parte pela menor produção de automóveis (de -5,5% para -10,6%), e o segundo intensificando o ritmo de queda frente ao verificado nos últimos quatro meses de 2013. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, ao passar de 0,7% para 1,1%, foi o único que mostrou ganho entre os dois períodos e permaneceu com a sequência de resultados positivos iniciada no último quadrimestre de 2012.

12 dos 24 ramos pesquisados registram queda em abril

A variação negativa de 0,3% da atividade industrial na passagem de março para abril teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 24 ramos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas por metalurgia (-2,7%), produtos de minerais não-metálicos (-1,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%), produtos de madeira (-3,2%), produtos de borracha e de material plástico (-0,9%) e móveis (-2,3%). Vale destacar que, com exceção deste último setor que acumulou expansão de 5,7% entre os meses de janeiro e março, os demais também apontaram queda na produção em fevereiro último: -2,4%, -0,9%, -0,6%, -2,3% e -1,4%, respectivamente. Por outro lado, entre os 11 ramos que ampliaram a produção, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por produtos alimentícios (2,6%), eliminando, assim, a queda de 1,3% assinalada no mês anterior. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram da maior fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e de higiene pessoal (3,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%), máquinas e equipamentos (1,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (0,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar (-1,6%) assinalou a queda mais acentuada em abril de 2014, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 4,8%. O segmento de bens de capital (-0,5%), que também mostrou recuo mais intenso que o observado no total da indústria (-0,3%), apontou o segundo mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 4,5% nesse período. O setor produtor de bens intermediários, com variação negativa de 0,2%, interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 0,9%. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%) foi o único que registrou avanço na produção nesse mês e manteve o comportamento predominantemente positivo em 2014.

Média móvel trimestral varia -0,2%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,2% no trimestre encerrado em abril frente ao nível do mês anterior, após avançar 0,7% em março último quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital, ao recuar (-0,6%) assinalou a queda mais intensa nesse mês, após crescer 5,2% em março quando reverteu o comportamento negativo presente desde novembro de 2013. O segmento de bens de consumo duráveis (-0,2%) também registrou índice negativo em abril de 2014 e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em janeiro último. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) e de bens intermediários (0,1%) apontaram as taxas positivas nesse mês, mas ambos reduziram o ritmo de crescimento frente ao resultado de março (0,8% e 0,3%, respectivamente).

Na comparação com abril de 2013, produção industrial cai (-5,8%)

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 5,8% em abril de 2014, com predomínio de resultados negativos, já que todas as quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 26 ramos apontaram recuo na produção. Vale citar que abril de 2014 (20 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada em grande parte pela menor produção de automóveis, de veículos para transporte de mercadorias, de caminhões, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, de motores diesel para ônibus, caminhões e automóveis, chassis com motor para ônibus e caminhões, de reboques e semirreboques, de carrocerias para caminhões e ônibus e de autopeças. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram da redução na fabricação de máquinas e equipamentos (-9,9%), de produtos alimentícios (-4,0%), de outros produtos químicos (-9,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,1%), produtos de metal (-10,8%) e de metalurgia (-6,2%).

Em termos de produtos, as pressões negativas mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, válvulas, torneiras e registros, rolamentos de esferas, agulhas e cilindros para equipamentos industriais, turbinas e rodas hidráulicas e suas partes e peças, bombas centrífugas, compressores utilizados em aparelhos de refrigeração, tratores agrícolas e suas partes e peças, máquinas para colheita, semeadores, plantadeiras ou adubadores, reboques e semirreboques para uso agrícola, guindastes, pontes e vigas rolantes, empilhadeiras propulsoras, retroescavadeiras e escavadeiras; carnes e miudezas de aves congeladas, carnes de suínos congeladas, carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas, açúcar cristal e açúcar VHP; etileno não-saturado, propeno não-saturado, benzeno, butadieno não-saturado, fungicidas e inseticidas para uso na agricultura, herbicidas, aditivos para óleos lubrificantes e tintas e vernizes para impressão e para construção; fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, para tensão menor ou igual a 1000v, interruptores, seccionadores e comutadores de tensão, disjuntores para qualquer tensão e quadros, painéis, cabines e outros suportes, refrigeradores ou congeladores para uso doméstico, fogões de cozinha, máquinas de lavar e eletroportáteis domésticos; estruturas de ferro e aço, andaimes tubulares, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, construções pré-fabricadas de metal, esquadrias de ferro e aço, artefatos diversos de ferro e aço estampado e ferro e aço forjado em formas e peças; e chapas, bobinas, fitas e tiras de aço, barras e vergalhões de aço e arames, fios de aços ao carbono, artefatos e peças diversas de ferro fundido e de alumínio fundido. Por outro lado, ainda na comparação com abril de 2013, entre as seis atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (4,8%) e em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), impulsionados, em grande parte, pelos avanços na produção dos itens minérios de ferro em bruto ou beneficiados, no primeiro ramo, e de óleos combustíveis, óleos lubrificantes, asfalto de petróleo e óleo diesel, no segundo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-14,4%) e bens de consumo duráveis (-12,0%) assinalaram, em abril de 2014, os recuos mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens intermediários (-4,5%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,9%) também registraram resultados negativos, mas em intensidade menor do que a média nacional (-5,8%).

O setor de bens de capital, ao recuar 14,4% em abril de 2014, assinalou a queda mais intensa desde dezembro de 2012 (-18,0%) e apontou o segundo mês seguido de resultado negativo nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 21,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado principalmente pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para transporte de mercadorias. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital para fins industriais (-8,1%), agrícola (-11,0%), para construção (-15,1%) e de uso misto (-6,4%), enquanto bens de capital para energia elétrica (0,0%) repetiu o patamar de abril de 2013.

O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 12,0% no índice mensal de abril de 2014, queda mais acentuada desde fevereiro de 2012 (-23,8%), e apontou o segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-21,0%). Vale citar também os impactos negativos vindos de móveis (-14,5%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-7,9%), de outros eletrodomésticos (-13,0%) e de motocicletas (-10,0%). Por outro lado, a principal influência positiva foi observada no grupamento de eletrodomésticos da “linha marrom” (20,9%), impulsionado especialmente pela maior produção de televisores.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens intermediários (-4,5%), após dois meses seguidos de avanço na produção, também mostrou taxa negativa em abril de 2014. O desempenho nesse mês foi influenciado pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,9%), outros produtos químicos (-9,0%), produtos de metal (-13,0%), metalurgia (-6,2%), produtos de minerais não-metálicos (-6,3%), máquinas e equipamentos (-13,0%), produtos têxteis (-12,7%), produtos alimentícios (-2,3%), produtos de borracha e de material plástico (-4,1%) e celulose, papel e produtos de papel (-1,8%), enquanto as pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (4,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,7%). Ainda nessa categoria, vale citar também os resultados negativos registrados pelos grupamentos de insumos para construção civil (-9,7%), que apontou o segundo recuo consecutivo nesse tipo de comparação, e de embalagens (-2,0%), após dois meses seguidos de taxas positivas.

A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,9%), que interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, foi explicada em grande parte pelos recuos vindos dos grupamentos de semiduráveis (-10,3%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,2%) e de não-duráveis (-2,2%), pressionados principalmente pelos recuos na fabricação de calçados de couro e de plástico de uso feminino, colchões e calças compridas de uso feminino, no primeiro subsetor, de carnes e miudezas de aves congeladas, carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas, vinhos, sorvetes e picolés, no segundo, e de livros, medicamentos e cigarros, no último. Por outro lado, o grupamento de carburantes (1,9%) assinalou o único resultado positivo nesse mês, impulsionado pelo avanço na produção de álcool etílico.

Índice acumulado no ano tem queda (-1,2%)

No índice acumulado para o período janeiro-abril de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda (-1,2%), com 15 dos 26 ramos investigados apontando recuo na produção. O principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,2%), pressionado, em grande parte, pela queda na produção de aproximadamente 81% dos produtos investigados no setor, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-8,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,5%) e de outros produtos químicos (-3,3%). Em termos de produtos, as influências negativas mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, estruturas de ferro e aço, construções pré-fabricadas de metal, esquadrias de ferro e aço, andaimes tubulares e material para andaimes, pontes e elementos de pontes de ferro e aço e artefatos diversos de ferro e aço; fios, cabos e condutores elétricos, interruptores, seccionadores e comutadores, quadros, painéis, cabines e outros suportes e refrigeradores ou congeladores para uso doméstico; e propeno não-saturado, etileno não-saturado, herbicidas, benzeno, tintas e vernizes para impressão, polipropileno e fungicidas e inseticidas para uso na agricultura. Por outro lado, entre as 11 atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,6%), indústrias extrativas (3,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,5%), impulsionadas, em grande parte, pelo crescimento na fabricação de televisores, monitores de vídeo para computadores e telefones celulares, na primeira, minérios de ferro em bruto ou beneficiado, na segunda, e medicamentos na última.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos quatro primeiros meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-4,8%), pressionado especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-10,3%), com destaque para as perdas vindas do itens caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias. Os segmentos de bens intermediários (-1,5%) e de bens de consumo duráveis (-1,0%) também assinalaram resultados negativos no índice acumulado no ano. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (1,1%) apontou a única taxa positiva, impulsionado principalmente pela maior produção de medicamentos, gasolina automotiva e álcool etílico.