Em maio, IPCA-15 varia 0,58%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,58% em maio e ficou...
21/05/2014 06h00 | Atualizado em 21/05/2014 06h00
Período | TAXA |
---|---|
Maio |
0,58% |
Abril |
0,78% |
Maio 2013 |
0,46% |
Acumulado no ano |
3,51% |
Acumulado 12 meses |
6,31% |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,58% em maio e ficou 0,20 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,78%). Com isto, o acumulado no ano foi para 3,51%, acima da taxa de 3,06% relativa a igual período de 2013. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,31%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,19%).
Em maio de 2013, a taxa havia sido de 0,46%.
Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados em
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
Destacaram-se, em maio, as tarifas de energia elétrica, cuja alta de 3,76% levou a um impacto de 0,10 ponto percentual, o mais elevado. A variação apropriada na região metropolitana de Belo Horizonte chegou a 13,67% em função do reajuste de 14,24% em vigor desde 08 de abril; em Fortaleza o resultado da energia foi de 10,26%, onde o reajuste de 16,55% passou a vigorar a partir do dia 22 de abril; Salvador ficou com 10,25% com o reajuste de 14,69%, também em 22 de abril; Recife teve variação de 8,08% com o reajuste de 17,69% ocorrido em 29 de abril; em Porto Alegre foi de 6,72% em função do reajuste de 28,86% em uma das concessionárias, com vigência a partir de 19 de abril. Nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (1,67%) e de Belém (1,53%), as variações também foram relativamente altas, mas em decorrência de aumento de impostos (PIS/PASEP/COFINS).
Depois da energia, vieram os remédios, que ficaram 2,10% mais caros e causaram o segundo maior impacto (0,07 ponto percentual) sobre o índice do mês. Essa alta refletiu parte do reajuste autorizado em 31 de março, que oscilou entre 1,02% e 5,68%, dependendo da classe terapêutica do medicamento. Com isto, os maiores resultados de grupo foram registrados em Saúde e Cuidados Pessoais (1,20%) e Habitação (1,19%), conforme a tabela a seguir.
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p) | ||
---|---|---|---|---|
Abril |
Maio |
Abril |
Maio | |
Índice Geral |
0,78 |
0,58 |
0,78 |
0,58 |
Alimentação e Bebidas |
1,84 |
0,88 |
0,45 |
0,22 |
Habitação |
0,58 |
1,19 |
0,08 |
0,17 |
Artigos de Residência |
0,24 |
0,29 |
0,01 |
0,01 |
Vestuário |
0,37 |
0,67 |
0,02 |
0,04 |
Transportes |
0,54 |
-0,33 |
0,10 |
-0,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,69 |
1,20 |
0,08 |
0,13 |
Despesas Pessoais |
0,50 |
0,51 |
0,05 |
0,05 |
Educação |
0,14 |
0,08 |
0,01 |
0,00 |
Comunicação |
-0,61 |
0,17 |
-0,03 |
0,01 |
Mesmo com a pressão exercida pelas tarifas de energia e remédios, que, juntos, somaram 0,17 ponto de impacto, o IPCA-15 de maio mostrou desaceleração, o que se deve, principalmente, ao menor ritmo de crescimento de preços dos alimentos, indo para 0,88% enquanto haviam apresentado alta de 1,84% em abril, aliados às tarifas aéreas, que chegaram a cair 21,26%, exercendo o principal impacto para baixo, -0,11 ponto percentual.
As tarifas aéreas (-21,26%), em parceria com o etanol (-1,13%) e a gasolina (-0,03%), levaram o grupo Transporte a um recuo (-0,33%) ao passo que, em abril, esse grupo tivera alta de 0,54%.
Alguns alimentos também se apresentaram em queda, destacando-se a farinha de mandioca (-4,21%), hortaliças (-3,90%) e frutas (-1,04%). Outros cresceram menos, como batata-inglesa (de 26,96% para 13,75%), leite longa vida (de 5,70% para 2,28%), feijão carioca (de 12,75% para 1,50%), tomate (de 14,80% para 1,42%) e carnes (de 2,83% para 0,45%).
Entre aos demais grupos, destacou-se o Vestuário, que apresentou aceleração, indo de 0,37% em abril para 0,67% em maio.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (1,15%) em função da alta de 10,26% nas tarifas de energia elétrica, que refletiu o reajuste de 16,55% com vigência a partir de 22 de abril aliada aos alimentos que subiram 1,92%. O menor índice foi o de Brasília (0,11%) em virtude da queda de 18,51% nos preços das passagens aéreas, que com peso de 2,35%, causaram impacto de -0,43 ponto percentual. A seguir, os resultados por regiões pesquisadas:
Região |
Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) |
Acumulado (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Abril |
Maio |
Ano |
12 Meses | ||
Fortaleza |
3,49 |
0,66 |
1,15 |
3,07 |
5,90 |
Recife |
5,05 |
0,90 |
1,06 |
3,71 |
6,39 |
Porto Alegre |
8,40 |
1,08 |
0,87 |
3,76 |
7,05 |
Belo Horizonte |
11,23 |
0,64 |
0,83 |
3,59 |
6,03 |
Salvador |
7,35 |
0,77 |
0,66 |
3,61 |
5,50 |
Belém |
4,65 |
0,32 |
0,65 |
2,54 |
4,57 |
Curitiba |
7,79 |
1,10 |
0,62 |
3,67 |
6,69 |
Rio de Janeiro |
12,46 |
0,55 |
0,41 |
3,89 |
7,32 |
São Paulo |
31,68 |
0,78 |
0,41 |
3,58 |
6,33 |
Goiânia |
4,44 |
1,10 |
0,31 |
3,17 |
6,02 |
Brasília |
3,46 |
0,82 |
0,11 |
2,30 |
5,64 |
Brasil |
100,00 |
0,78 |
0,58 |
3,51 |
6,31 |
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 12 de abril a 14 de maio (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de março a 11 de abril (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.