IPCA de abril fica em 0,67%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de...
09/05/2014 06h00 | Atualizado em 09/05/2014 06h00
Período | TAXA |
---|---|
abr/14 |
0,67% |
mar/14 |
0,92% |
abr/13 |
0,55% |
Acumulado em 2014 |
2,86% |
Acumulado 12 meses |
6,28% |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de 0,67% e ficou abaixo da taxa de 0,92% registrada no mês de março em 0,25 ponto percentual. Com isto, a variação foi para 2,86% nos primeiros quatro meses deste ano, acima da taxa de 2,50% de igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice situou-se em 6,28%, acima dos 6,15% relativos aos doze meses anteriores. Em abril de 2013 a taxa foi de 0,55%.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.
Alimentação e Bebidas (de 1,92% em março para 1,19% em abril) e Transporte (de 1,38% para 0,32%), que apontaram desaceleração no ritmo de crescimento de preços, foram os responsáveis pela redução da taxa do IPCA de abril. Mesmo assim, o grupo dos alimentos continuou apresentando não só a mais elevada variação (1,19%) como o maior impacto no mês (0,30 ponto percentual):
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral |
0,92 |
0,67 |
0,92 |
0,67 |
Alimentação e Bebidas |
1,92 |
1,19 |
0,47 |
0,30 |
Habitação |
0,33 |
0,87 |
0,05 |
0,12 |
Artigos de Residência |
0,38 |
0,20 |
0,02 |
0,01 |
Vestuário |
0,31 |
0,47 |
0,02 |
0,03 |
Transportes |
1,38 |
0,32 |
0,26 |
0,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,43 |
1,01 |
0,05 |
0,11 |
Despesas Pessoais |
0,79 |
0,31 |
0,08 |
0,03 |
Educação |
0,53 |
0,03 |
0,03 |
0,00 |
Comunicação |
-1,26 |
0,02 |
-0,06 |
0,00 |
No grupo Alimentação e Bebidas ocorreu redução tanto nos alimentos consumidos em casa, que passaram de 2,43% para 1,52%, quanto fora, de 0,96% para 0,57%. Teve produto que, após alta expressiva, ficou até mais barato em relação ao mês anterior. É o caso do tomate, que chegou a custar 32,85% a mais em março e que em abril mostrou queda de 1,94%. Os principais foram:
Item |
Variação mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|
Março |
Abril |
Ano |
12 meses | |
Mandioca |
2,26 |
-8,58 |
2,06 |
-16,31 |
Farinha de mandioca |
-4,04 |
-3,66 |
-8,06 |
-18,47 |
Tomate |
32,85 |
-1,94 |
29,17 |
-14,23 |
Cerveja |
0,12 |
-1,09 |
0,59 |
9,37 |
Hortaliças |
9,36 |
-1,00 |
27,88 |
15,18 |
Açúcar cristal |
0,54 |
-0,82 |
0,64 |
-1,80 |
Farinha de trigo |
1,07 |
-0,50 |
0,28 |
14,19 |
Apesar do menor crescimento, grande parte dos alimentos continuou com preços em alta, sendo que alguns subiram bem menos do que no mês anterior:
Item | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Ano | 12 meses | |
Batata inglesa |
35,05 |
22,26 |
43,50 |
11,62 |
Feijão-fradinho |
3,43 |
9,81 |
21,59 |
3,77 |
Carne seca e de sol |
3,57 |
8,01 |
17,84 |
20,21 |
Feijão-carioca |
11,81 |
4,71 |
7,41 |
-33,95 |
Sorvete |
0,85 |
4,54 |
6,73 |
9,33 |
Ovo de galinha |
8,21 |
4,42 |
14,17 |
9,39 |
Feijão-preto |
-0,29 |
4,08 |
0,52 |
17,07 |
Óleo de soja |
3,23 |
3,85 |
7,12 |
-6,07 |
Leite longa vida |
5,17 |
3,37 |
-1,14 |
9,81 |
Pescados |
3,06 |
2,89 |
11,69 |
12,95 |
Frango em pedaços |
-0,45 |
2,61 |
0,35 |
-0,10 |
Açúcar refinado |
-1,91 |
2,17 |
0,44 |
-5,53 |
Carnes |
2,25 |
1,83 |
7,33 |
14,97 |
Café moído |
-0,09 |
1,47 |
1,11 |
-3,54 |
Cerveja fora |
0,30 |
1,27 |
3,68 |
11,44 |
Refrigerante |
0,33 |
0,88 |
3,07 |
7,00 |
Lanche |
1,08 |
0,71 |
4,06 |
12,64 |
Frutas |
1,96 |
0,57 |
9,04 |
16,49 |
Refeição |
1,00 |
0,46 |
3,33 |
9,17 |
No grupo dos Transportes, com 0,32%, enquanto havia atingido 1,38% em março, sobressai a queda de 1,87% nas tarifas aéreas já que haviam apresentado alta de 26,49% no mês anterior. Além disso, tanto combustíveis quanto ônibus e automóveis subiram menos. O etanol veio de 4,17% em março e foi para 0,59% em abril, levando a gasolina de 0,67% para 0,43%. Quanto às tarifas dos ônibus urbanos, passaram de 0,60% para 0,24%, em virtude da variação de 3,93% registrada em Porto Alegre e de 0,38% em Belo Horizonte. Em Porto Alegre, o resultado foi decorrente do reflexo de parte do reajuste de 5,36% que passou a vigorar a partir do dia 7 de abril. Belo Horizonte reflete apenas um dia, 6 de abril, do reajuste de 7,55%, suspenso por liminar da Promotoria de Patrimônio Público. As tarifas dos ônibus intermunicipais (de 0,47% para 0,35%) também cresceram menos, assim como os automóveis novos (de 0,78% para 0,29%) e usados (de 0,78% para 0,20%).
Além dos alimentos e dos transportes, mais três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram redução na taxa de crescimento de março para abril, destacando-se as Despesas Pessoais (de 0,79% para 0,31%), com queda de 0,02% nos serviços de manicure e desaceleração em outros itens como empregado doméstico (de 1,28% para 0,58%) e cabeleireiro (de 0,79% para 0,03%).
Do lado dos quatro grupos que apresentaram variações superiores a março, Saúde e Cuidados Pessoais desponta com 1,01% ante 0,43% em decorrência do aumento nos preços dos remédios, cuja alta ficou em 1,84%, levando a um impacto de 0,06 ponto percentual, o maior no mês. Isto em decorrência do reajuste em vigor desde o dia 31 de março, estipulado no intervalo entre 1,02% e 5,68%, a depender do tipo.
Nas despesas com Habitação (de 0,33% para 0,87%), destaca-se a influência da conta de energia elétrica, cuja alta de 1,62% veio dos reajustes ocorridos nas seguintes regiões metropolitanas: Belo Horizonte (14,24% em 08/04), Porto Alegre (uma concessionária, 28,86% em 19/04), Fortaleza (16,55% em 22/04) e Salvador (14,69% em 22/04). A taxa de água e esgoto ficou mais cara em 0,76%, tendo em vista que em Recife houve alta de 5,91%, onde ocorreu reajuste de 8,75% a partir de 20 de março, além de Curitiba (5,28%) com reajuste de 6,40% em vigor desde o dia 24 de março.
Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Porto Alegre e o de Fortaleza, ambos com 1,08%. Em Porto Alegre a alta foi decorrente do resultado de ônibus urbano (3,93%), que refletiu o reajuste de 5,36%, em vigor a partir do dia 7 de abril, além da energia elétrica (2,73%), com reajuste de 28,86% nas tarifas de uma das concessionárias desde o dia 19 de abril. Em Fortaleza, os alimentos consumidos em casa (2,68%) situaram-se bem acima da média nacional (1,52%). O menor índice foi o do Rio de Janeiro (0,42%), onde o item empregado doméstico apresentou queda de 0,54%. Os serviços de cabeleireiro (-2,22%) e de manicure (-0,75%) também apresentaram taxas em queda.
Região |
Peso Regional (%) |
Variação mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Março |
Abril |
Ano |
12 meses | ||
Porto Alegre |
8,40 |
0,93 |
1,08 |
3,03 |
6,84 |
Fortaleza |
3,49 |
0,70 |
1,08 |
2,44 |
5,63 |
Curitiba |
7,79 |
1,00 |
0,88 |
3,06 |
6,63 |
Campo Grande |
1,51 |
0,93 |
0,84 |
2,86 |
- |
Goiânia |
3,59 |
0,89 |
0,84 |
2,75 |
6,24 |
Salvador |
7,35 |
0,71 |
0,81 |
2,74 |
5,31 |
Recife |
5,05 |
0,52 |
0,81 |
2,48 |
6,12 |
Belo Horizonte |
10,86 |
0,78 |
0,75 |
2,95 |
5,83 |
Brasília |
2,80 |
1,92 |
0,62 |
2,35 |
6,26 |
Vitória |
1,78 |
0,60 |
0,60 |
2,35 |
- |
Belém |
4,65 |
0,53 |
0,52 |
1,94 |
4,15 |
São Paulo |
30,67 |
0,93 |
0,47 |
2,93 |
6,34 |
Rio de Janeiro |
12,06 |
1,28 |
0,42 |
3,31 |
7,69 |
Brasil |
100,00 |
0,92 |
0,67 |
2,86 |
6,28 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 28 de abril de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de fevereiro a 28 de março de 2014 (base).
INPC variou 0,78% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,78% em abril e ficou abaixo do resultado de 0,82% de março em 0,04 ponto percentual. Nos primeiros quatro meses do ano a variação situou-se em 2,90%, acima da taxa de 2,66% de igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice ficou em 5,82%, acima da taxa de 5,62% dos doze meses anteriores. Em abril de 2013 o INPC foi de 0,59%.
Os produtos alimentícios aumentaram 1,34% em abril, enquanto os não alimentícios ficaram com 0,54%. Em março, os resultados haviam sido 1,88% e 0,37%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (1,21%) em virtude da alta de 2,68% nos preços dos alimentos consumidos em casa, que ficou acima da média nacional (1,62%). A região metropolitana de São Paulo (0,54%) apresentou o menor índice. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:
Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Março |
Abril |
Ano |
12 meses | ||
Fortaleza |
6,61 |
0,58 |
1,21 |
2,49 |
5,66 |
Porto Alegre |
7,38 |
1,05 |
1,17 |
3,14 |
6,76 |
Curitiba |
7,29 |
1,01 |
0,98 |
3,27 |
6,26 |
Campo Grande |
1,64 |
1,00 |
0,90 |
2,93 |
- |
Goiânia |
4,15 |
0,96 |
0,89 |
2,84 |
5,73 |
Belo Horizonte |
10,60 |
0,76 |
0,86 |
3,20 |
5,88 |
Recife |
7,17 |
0,54 |
0,85 |
2,48 |
5,79 |
Brasília |
1,88 |
1,38 |
0,83 |
2,61 |
5,44 |
Salvador |
10,67 |
0,72 |
0,76 |
2,81 |
5,06 |
Vitória |
1,83 |
0,54 |
0,69 |
2,49 |
- |
Belém |
7,03 |
0,45 |
0,57 |
2,11 |
4,03 |
Rio de Janeiro |
9,51 |
1,09 |
0,56 |
3,57 |
7,21 |
São Paulo |
24,24 |
0,84 |
0,54 |
2,84 |
5,81 |
Brasil |
100,00 |
0,82 |
0,78 |
2,90 |
5,82 |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 28 de abril de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de fevereiro a 28 de março de 2014 (base).