Produção industrial recua em 7 dos 14 locais em março
A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março na série...
09/05/2014 06h00 | Atualizado em 09/05/2014 06h00
A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março na série com ajuste sazonal foi acompanhada por sete dos 14 locais pesquisados (Mato Grosso, que passa a integrar a pesquisa a partir desse mês, ainda não apresenta resultados suficientes para compor a série ajustada sazonalmente), com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio Grande do Sul (-3,0%), Paraná (-2,1%) e Bahia (-2,0%). Com os resultados desse mês, o primeiro eliminou parte do crescimento de 8,5% registrado nos meses de janeiro e fevereiro; o segundo reverteu dois meses de expansão que acumularam ganho de 7,1%; e o último volta a recuar após avançar 4,2% em fevereiro último. Também com resultados negativos mais intensos do que a média nacional (-0,5%) figuram Rio de Janeiro (-1,0%) e São Paulo (-0,9%), enquanto Ceará (-0,5%) e Minas Gerais (-0,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos nesse mês. Por outro lado, Pernambuco (2,8%), Amazonas (1,7%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,3%), Santa Catarina (1,1%), Goiás (1,0%) e região Nordeste (0,2%) assinalaram as taxas positivas nesse mês. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfregional/.
Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Março de 2014
Variação (%)
Locais | Março 2014/Fevereiro 2014* | Março 2014/Março 2013 | Acumulado Janeiro-Março | Acumulado nos Últimos 12 Meses |
---|---|---|---|---|
Amazonas |
1,7 |
1,4 |
8,1 |
8,0 |
Pará |
1,6 |
13,6 |
6,2 |
-0,2 |
Região Nordeste |
0,2 |
8,4 |
3,6 |
4,2 |
Ceará |
-0,5 |
-0,4 |
1,2 |
9,6 |
Pernambuco |
2,8 |
12,5 |
9,9 |
5,2 |
Bahia |
-2,0 |
1,5 |
-2,5 |
4,0 |
Minas Gerais |
-0,2 |
3,0 |
4,1 |
1,1 |
Espírito Santo |
1,3 |
-2,1 |
-4,0 |
-3,5 |
Rio de Janeiro |
-1,0 |
-2,4 |
-1,9 |
-1,3 |
São Paulo |
-0,9 |
-4,0 |
-2,9 |
1,8 |
Paraná |
-2,1 |
-3,3 |
3,3 |
4,6 |
Santa Catarina |
1,1 |
6,1 |
4,0 |
7,4 |
Rio Grande do Sul |
-3,0 |
0,9 |
3,1 |
7,7 |
Mato Grosso |
- |
-9,6 |
-0,8 |
2,6 |
Goiás |
1,0 |
-4,4 |
-1,8 |
3,2 |
Brasil |
-0,5 |
-0,9 |
0,4 |
2,1 |
* Série com Ajuste Sazonal
Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em março frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, sete locais apontaram taxas positivas nesse mês: Santa Catarina (2,2%), Minas Gerais (2,0%), São Paulo (1,8%), Rio Grande do Sul (1,6%), Paraná (1,5%), Amazonas (1,4%) e região Nordeste (1,4%). Goiás (-0,7%), Espírito Santo (-0,6%), Pernambuco (-0,3%) e Bahia (-0,2%) assinalaram os resultados negativos em março de 2014, enquanto o Pará (0,0%), Rio de Janeiro (0,0%) e Ceará (0,0%) mostraram variação nula.
Na comparação com igual mês do ano anterior, a redução observada na produção nacional alcançou, em março de 2014, sete dos 15 locais pesquisados. Março de 2014 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20). Nesse mês, os recuos mais elevados do que a média nacional (-0,9%) foram registrados por Mato Grosso (-9,6%), Goiás (-4,4%), São Paulo (-4,0%), Paraná (-3,3%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,1%), enquanto Ceará, com variação negativa de 0,4%, mostrou queda mais moderada. Pará (13,6%), Pernambuco (12,5%), região Nordeste (8,4%) e Santa Catarina (6,1%) assinalaram os avanços mais intensos. Minas Gerais (3,0%), Bahia (1,5%), Amazonas (1,4%) e Rio Grande do Sul (0,9%) completaram o conjunto de locais que apontaram taxas positivas.
No indicador acumulado para o primeiro trimestre do ano, a expansão na produção nacional alcançou nove dos 15 locais pesquisados: Pernambuco (9,9%), Amazonas (8,1%), Pará (6,2%), Minas Gerais (4,1%), Santa Catarina (4,0%), região Nordeste (3,6%), Paraná (3,3%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Ceará (1,2%). Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados ao aumento na fabricação de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos da linha marrom e motocicletas) e de bens de consumo semi e não-duráveis (artigos do vestuário e acessórios, produtos alimentícios, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis), além do desempenho positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro). Espírito Santo (-4,0%), São Paulo (-2,9%), Bahia (-2,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Goiás (-1,8%) e Mato Grosso (-0,8%) assinalaram as taxas negativas no acumulado do ano.
Em bases trimestrais, o setor industrial sustenta índices positivos há seis trimestres consecutivos, mas com taxas mais moderadas nos dois últimos trimestres: 0,2% no período outubro-dezembro de 2013 e 0,4% nos três primeiros meses de 2014, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Em termos regionais, seis dos 15 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando o movimento no índice nacional, com destaque para Minas Gerais, que passou de -2,8% no último trimestre de 2013 para 4,1% no período janeiro-março de 2014, Pernambuco (de 4,5% para 9,9%) e região Nordeste (de -0,6% para 3,6%). Nesse mesmo tipo de confronto, Mato Grosso (de 13,2% para -0,8%), Goiás (de 7,4% para -1,8%) e Rio Grande do Sul (de 7,0% para 3,1%) assinalaram as maiores reduções de ritmo entre os dois períodos.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 2,1% em março de 2014, repetiu a marca registrada em fevereiro último, mas ficou ligeiramente abaixo do verificado em dezembro de 2013 (2,3%). Em termos regionais, 12 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas em março desse ano, com oito apontando maior dinamismo frente ao índice de fevereiro último. Os principais ganhos entre fevereiro e março foram observados no Pará (de -2,0% para -0,2%), Pernambuco (de 3,6% para 5,2%) e Santa Catarina (de 6,6% para 7,4%), enquanto a perda mais importante foi registrada por Goiás (de 4,1% para 3,2%).