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IPCA-15 de abril fica em 0,78%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,78% em abril e...

17/04/2014 06h00 | Atualizado em 17/04/2014 06h00

Período TAXA
ABRIL 2014
0,78%
Março 2014
0,73%
abril 2013
0,51%
Acumulado em 2014
2,91%
Acumulado 12 meses
6,19%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,78% em abril e ficou acima da taxa de março (0,73%). É a maior variação desde janeiro de 2013 (0,88%). No ano de 2014, o IPCA-15 foi para 2,91%, acima da taxa de 2,58% relativa a igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 6,19%, acima dos 5,90% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2013 a taxa havia ficado em 0,51%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

Os preços dos alimentos, em trajetória de alta, atingiram variação de 1,84% e superaram a taxa de 1,11% registrada em março. Com isto, conforme mostra a tabela abaixo, o grupo Alimentação e Bebidas deteve 0,45 ponto percentual de impacto e respondeu por 58% do IPCA-15:

Grupo Variação (%) Impacto (p.p)
Março Abril Março Abril
Índice Geral
0,73
0,78
0,73
0,78
Alimentação e Bebidas
1,11
1,84
0,27
0,45
Habitação
0,44
0,58
0,06
0,08
Artigos de Residência
0,60
0,24
0,03
0,01
Vestuário
0,19
0,37
0,01
0,02
Transportes
1,22
0,54
0,23
0,10
Saúde e Cuidados Pessoais
0,46
0,69
0,05
0,08
Despesas Pessoais
0,78
0,50
0,08
0,05
Educação
0,53
0,14
0,03
0,01
Comunicação
-0,66
-0,61
-0,03
-0,03

Neste mês as lideranças na relação dos impactos individuais se concentraram nos alimentos. A começar pelas carnes, cujo impacto foi de 0,07 ponto percentual (p.p.) tendo em vista que os preços subiram 2,83%; seguido pela batata, a alta de 26,96% gerou 0,06 p.p; o leite, com o litro passando a custar 5,70% a mais e impacto de 0,05 p.p.; e o tomate, com 14,80%, empatando com a gasolina, que subiu 0,93%, ambos gerando impacto de 0,04 ponto percentual.

Nos remédios os preços ficaram 0,69% maiores, refletindo parte do reajuste concedido em 26 de março, estipulado no intervalo entre 1,02% e 5,68% a depender do tipo. Isto levou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%) à segunda maior variação no IPCA-15 de abril.

Nas despesas com Habitação, que aumentaram 0,58%, o consumidor passou a pagar mais caro pelos artigos de limpeza (1,48%) e pela mão-de-obra para pequenos reparos (1,06%). Além de outros itens cujas taxas aumentaram de um mês para o outro, destaca-se a taxa de água e esgoto, cujas contas ficaram 0,87% mais caras, reflexo das variações apropriadas no índice da região metropolitana de Recife (7,11%), com reajuste de 8,75% em 20 de março; Curitiba (4,34%), reajuste de 6,40% em 24 de março; e Brasília (3,68%), reajuste de 7,39% em primeiro de março.

Ressalta-se que foram cinco os grupos que apresentaram variações crescentes de março para abril, sendo que, em função da redução nas contas de telefone fixo (-2,03%), Comunicação (-0,61%) se manteve em queda.

Dos quatro grupos de produtos e serviços que manifestaram resultados decrescentes de um mês para o outro, Transportes (0,54%) se destaca por ter vindo de forte alta em março (1,22%). Isto porque, apesar da alta ocorrida em itens de despesa importantes como gasolina (0,93%) e etanol (3,10%), as passagens aéreas recuaram significativamente, passando para uma queda de 1,79% ao passo que subiram 27,08% no mês anterior. Ademais, as tarifas dos ônibus urbanos, que haviam pressionado março com uma variação de 1,51% em decorrência de reajuste no Rio de Janeiro, fecharam abril com 0,09%.

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Curitiba e Goiânia, ambos com taxa de 1,10%. Em Curitiba o destaque foi a alta de 4,39% nos alimentos consumidos em casa, além da taxa de água e esgoto (4,34%) que refletiu o reajuste de 6,40%, em vigor desde 24 de março. O índice de Goiânia foi pressionado pelo resultado de 2,62% da gasolina e 5,79% do etanol. O menor índice foi o de Belém (0,32%), onde os alimentos vieram com 0,73%, abaixo do resultado nacional que foi 1,84%. A seguir os resultados por regiões pesquisadas:

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%) Acumulado (p.p)
Março Abril Ano 12 Meses
Paraná
7,79
0,62
1,10
3,04
6,50
Goiânia
4,44
0,65
1,10
2,85
6,07
Porto Alegre
8,40
0,66
1,08
2,86
6,41
Recife
5,05
0,29
0,90
2,62
6,09
Brasília
3,46
1,26
0,82
2,19
6,05
São Paulo
31,68
0,77
0,78
3,16
6,35
Salvador
7,35
0,37
0,77
2,93
5,06
Fortaleza
3,49
0,54
0,66
1,90
5,36
Belo Horizonte
11,23
0,67
0,64
2,74
5,69
Rio de Janeiro
12,46
1,24
0,55
3,46
7,61
Belém
4,65
0,53
0,32
1,89
4,29
Brasil
100,00
0,73
0,78
2,91
6,19

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de março a 11 de abril de 2014 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de fevereiro a 14 de março de 2014 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.