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Receita dos serviços cresce 10,3% em fevereiro

Em fevereiro, o setor de serviços registrou crescimento nominal de 10,3% na comparação com igual mês do...

16/04/2014 06h00 | Atualizado em 16/04/2014 06h00

Período
Receita Nominal
Fevereiro 2014 / Fevereiro 2013
10,3%
Acumulado em 2014
9,8%
Acumulado em 12 meses
8,7%

Em fevereiro, o setor de serviços registrou crescimento nominal de 10,3% na comparação com igual mês do ano anterior, a maior variação desde abril de 2013 (11,6%) e superior às taxas de janeiro (9,2% revisado) e dezembro (8,3%). Os serviços prestados às famílias cresceram 13,2%, os serviços de informação e comunicação, 7,5%, os serviços profissionais, administrativos e complementares, 9,3%, transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, 14,7%, e outros serviços, 6,5%. No ano, a receita dos serviços acumula alta de 9,8%. Em 12 meses, o crescimento foi de 8,7%.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/servicos/pms.


Tabela 1
Indicadortes de Receita Nominal do Setor de Serviços, Segundo Grupos de Atividades
Brasil - Fevereiro 2014


Atividades Mês/Igual Mês do Ano Anterior Acumulado
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
Dez Jan Fev No Ano 12 Meses
Brasil
8,3
9,2
10,3
9,8
8,7
1 - Serviços prestados às famílias
9,6
13
13,2
13,1
11,1
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
10,4
13,2
13
13,1
11,6
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
4,4
11,2
15,1
13
8,4
2 - Serviços de informação e comunicação
6,6
8,7
7,5
8,1
7,2
   2.1 - Serviços TIC
5,9
8,7
6
7,3
7,1
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
10,7
9
18,1
13,4
8,1
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
6,8
8,9
9,3
9,1
8,1
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
0,4
13,6
9,4
11,5
5
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
9,8
7,2
9,3
8,2
9,3
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
11,4
9,7
14,7
12,1
10,8
   4.1 - Transporte terrestre
8,5
3,8
11,8
7,7
9,9
   4.2 - Transporte aquaviário
17,3
19,7
22,7
21,2
19,4
   4.3 - Transporte aéreo
11,1
12,2
20,6
16
16,8
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
16,1
18,9
17,1
18
9,4
5 - Outros serviços
6,6
6,8
6,5
6,6
6,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio

O crescimento de 14,7% nos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (peso de 30,7% na estrutura do setor) contribuiu de forma mais acentuada para o crescimento do setor de serviços em fevereiro, principalmente o transporte terrestre (17,6%). No que se refere à composição relativa da taxa, em comparação com janeiro, a contribuição dos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio passou de 32,6% para 42,7% em fevereiro e o transporte terrestre teve evolução na composição da taxa de 7,6% para 19,4%. O segmento de serviços de informação e comunicação registrou redução de 32,6% para 25,2% na composição relativa da taxa e os serviços profissionais, administrativos e complementares mantiveram praticamente a mesma contribuição de janeiro (19,4% contra 19,6% em fevereiro).


Tabela 2
Pesos das Atividades na estrutura do Setor de Serviços e Composição Relativa das Taxas
Brasil


Atividades Pesos (%)
(1)
Composição Relativa das Taxas (%)
Janeiro Fevereiro
Brasil
100,0
100,0
100,0
1 - Serviços prestados às famílias
6,4
9,8
8,8
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
5,5
8,7
7,8
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
0,9
1,1
1,0
2 - Serviços de informação e comunicação
35,7
32,6
25,2
   2.1 - Serviços TIC
30,7
28,3
17,5
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
5,0
4,3
7,7
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
20,5
19,6
19,4
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
5,8
7,6
4,8
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
14,7
12,0
14,6
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
30,7
32,6
42,7
   4.1 - Transporte terrestre
17,5
7,6
19,4
   4.2 - Transporte aquaviário
1,3
2,2
2,9
   4.3 - Transporte aéreo
2,9
4,3
5,8
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
9,0
18,5
14,6
5 - Outros serviços
6,6
5,4
3,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio
(1) Base 2011=100

Os serviços prestados às famílias registraram variação de 13,2% em fevereiro sobre igual mês do ano anterior, superior às taxas observadas em janeiro (13,0%) e dezembro (9,6%), representando a maior taxa dos últimos 12 meses nesse tipo de comparação. Destacam-se os serviços de alojamento e alimentação, com crescimento de 13,0%, e outros serviços prestados às famílias, com variação de 15,1%. A série da variação acumulada mantém um movimento de crescimento contínuo ao longo dos últimos 12 meses, acompanhando o crescimento da massa de rendimento médio real habitual da população ocupada, que passou de R$ 44.953 milhões em março de 2013 para R$ 47.084 milhões em fevereiro de 2014, um crescimento de 4,7%.

Os serviços de informação e comunicação cresceram 7,5%, taxa inferior à de janeiro (8,7%) e superior à de dezembro (6,8%). Os serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC), que abrangem atividades de telecomunicações e tecnologia da informação, variaram 6,0%, e os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias cresceram 18,1%. O segmento de serviços de informação e comunicação representou 25,2% em termos de contribuição relativa no mês, contribuindo com 2,6 pontos percentuais (p.p.) para a composição absoluta do índice.

O crescimento dos serviços profissionais, administrativos e complementares ficou em 9,3% na comparação com fevereiro de 2013, contra 8,9% em janeiro e 6,8% em dezembro. Os serviços técnico-profissionais, que abrangem os serviços intensivos em conhecimento, cresceram 9,4% e os serviços administrativos e complementares, que abrangem os serviços intensivos em mão-de-obra, 9,3%. Com uma contribuição relativa de 19,4%, esse segmento contribuiu, em termos absolutos, com 2,0 p.p. para o índice geral.

O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou um crescimento nominal de 14,7% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, superior ás taxas de janeiro (9,7%) e de dezembro (11,4%). As maiores taxas de crescimento foram registradas no transporte aquaviário (22,7%) e no transporte aéreo (20,6%), sendo que o transporte terrestre cresceu 11,8%. Os serviços de armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio variaram 17,1%. Esse segmento contribui, em termos relativos, com 42,7% e com 4,4 p.p, em termos absolutos para a composição do índice geral.

O segmento outros serviços apresentou crescimento nominal de 6,5%.

Em fevereiro, todos os estados apresentaram variação positiva

Regionalmente, todos os estados apresentaram variação nominal positiva em fevereiro, cabendo ao Distrito Federal a maior taxa (26,8%), seguido de Mato Grosso (24,0%) e Goiás (22,8%). As menores taxas ocorreram em Alagoas (2,6%), Sergipe (3,4%) e Tocantins (4,3%). Analisando-se a composição absoluta e relativa do índice de serviços, destacam-se São Paulo com 33,0% de contribuição relativa e 3,4 p.p. de contribuição absoluta, seguido do Rio de Janeiro (19,4% e 2,0 p.p.), Minas Gerais (6,8% e 0,7 p.p.) e Distrito Federal (5,7% e 0,6 p.p.).

No segmento serviços prestados às famílias, as maiores taxas ocorreram no Ceará (23,5%), Rio Grande do Sul (19,8%) e São Paulo (17,8%). As menores foram registradas em Goiás (3,9%), Bahia (4,9%) e Santa Catarina (5,9%).

Nos serviços de informação e comunicação, Goiás teve a maior taxa de crescimento (40,1%), seguido do Distrito Federal (27,1%) e Santa Catarina (20,8%). As menores taxas positivas foram observadas no Espírito Santo (0,7%), Minas Gerais (1,3%) e São Paulo (2,6%). Neste segmento, Bahia registrou variação negativa de -1,9%.

Nos serviços profissionais, administrativos e complementares, o Distrito Federal teve a maior taxa de crescimento (24,2%), seguido de Bahia (13,3%) e Santa Catarina (12,8%). As menores variações positivas foram em Pernambuco (0,4%), Ceará (4,7%) e Espírito Santo (5,6%). Rio Grande do Sul apresentou variação negativa de -6,2%.

Nos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio Distrito Federal (36,8%), Rio de Janeiro (20,5%) e Goiás (16,4%) tiveram as maiores variações. As menores variações foram registradas no Rio Grande do Sul (5,7%), Santa Catarina (7,5%) e Espírito Santo (8,7%).

No segmento outros serviços, os maiores crescimentos foram observados no Ceará (32,4%), Bahia (29,1%) e Distrito Federal (25,5%). As menores taxas foram observadas em São Paulo (2,0%), Santa Catarina (2,6%) e Pernambuco (2,9%).