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IPCA de março fica em 0,92%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de março apresentou variação de...

09/04/2014 06h00 | Atualizado em 09/04/2014 06h00

Período TAXA

MARÇO 2014

0,92%

Fevereiro 2014

0,69%

Março 2013

0,47%

Acumulado em 2014

2,18%

Acumulado 12 meses

6,15%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de março apresentou variação de 0,92% e ficou acima da taxa de 0,69% registrada no mês de fevereiro em 0,23 ponto percentual. Constituiu-se na maior taxa referente a março desde 2003, quando o IPCA atingiu 1,23%. Com isto, o primeiro trimestre deste ano ficou com variação de 2,18%, acima da taxa de 1,94% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice foi para 6,15% e ficou acima dos 5,68% relativos aos doze meses anteriores. Em março de 2013 a taxa foi de 0,47%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Sozinho, o grupo Alimentação e Bebidas, que atingiu alta de 1,92% e deteve 0,47 ponto percentual (p.p.) de impacto, foi responsável por 51% do IPCA do mês. Acrescentando o Transporte, com alta de 1,38% e impacto de 0,26 p.p., estes dois grupos somam 0,73 p.p. e explicam 79% do índice. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados:

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Fevereiro Março Fevereiro Março
Índice Geral
0,69
0,92
0,69
0,92
Alimentação e Bebidas
0,56
1,92
0,14
0,47
Habitação
0,77
0,33
0,11
0,05
Artigos de Residência
1,07
0,38
0,05
0,02
Vestuário
-0,40
0,31
-0,03
0,02
Transportes
-0,05
1,38
-0,01
0,26
Saúde e Cuidados Pessoais
0,74
0,43
0,08
0,05
Despesas Pessoais
0,69
0,79
0,07
0,08
Educação
5,97
0,53
0,27
0,03
Comunicação
0,14
-1,26
0,01
-0,06

No grupo Alimentação e Bebidas (de 0,56% em fevereiro para 1,92% em março), considerando os alimentos consumidos em casa, o aumento foi de 2,43%. Algumas regiões foram mais sensíveis à alta, como Porto Alegre, onde os preços dos alimentos chegaram a aumentar 4,21% em março. Em seguida vieram Campo Grande, com 3,74%, Curitiba, com 3,52%, e Rio de Janeiro, com 3,26%. Já as regiões metropolitanas de Recife (0,99%) e Belém (0,78%) tiveram os mais baixos crescimentos de preços nos alimentos consumidos em casa do período. Quanto à alimentação fora de casa, a alta foi de 0,96%.

Em consequência da seca que atingiu as lavouras de alguns estados e prejudicou a oferta de alimentos, produtos importantes na mesa do consumidor tiveram fortes aumentos nos preços, a exemplo do tomate, que ficou 32,85% mais caro. No grupo Alimentação e Bebidas, os itens que se destacaram no IPCA de março encontram-se a seguir.

Item Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Batata inglesa
-9,00
35,05
17,37
6,05
Tomate
10,70
32,85
31,72
-6,07
Feijão-carioca
-4,45
11,81
2,57
-30,97
Hortaliças e verduras
11,42
9,36
29,17
20,19
Ovo de galinha
-0,55
8,21
9,34
6,68
Leite longa vida
-3,65
5,17
-4,36
9,33
Carne seca e de sol
2,82
3,57
9,10
10,12
Feijão-fradinho
5,27
3,43
10,73
-9,01
Cafezinho
2,01
3,32
7,75
17,87
Óleo de soja
-0,32
3,23
3,15
-12,14
Iogurte e bebidas lácteas
1,12
3,12
5,39
13,39
Pescados
-0,48
3,06
8,55
10,98
Cebola
3,38
2,59
23,14
-26,77
Carnes
0,00
2,25
5,39
10,90
Frutas
2,82
1,96
8,43
19,59
Pão de forma
0,35
1,09
3,03
7,23
Lanche
1,35
1,08
3,33
12,61
Farinha de trigo
-0,41
1,07
0,78
17,10
Refeição
1,20
1,00
2,85
9,67
Refrigerante fora
0,87
0,95
3,04
8,45
Macarrão
0,86
0,72
2,04
12,32
Pão francês
0,99
0,68
2,70
13,82

Em relação ao grupo Transportes (de -0,05% em fevereiro para 1,38% em março), o destaque ficou com as passagens aéreas, que subiram para 26,49% contra -20,55% em fevereiro. Com 0,12 ponto percentual, as passagens aéreas ficaram com a liderança no ranking dos principais impactos no IPCA do mês. Sobressaíram, no grupo, o etanol, que teve alta de 4,07%, com reflexo sobre a gasolina, que subiu 0,67%. Houve destaque, ainda, para o automóvel novo e usado, ambos, com 0,78%, conserto de automóvel, que subiu 0,90% e ônibus urbano, com 0,60%. No caso dos ônibus urbanos, refletiu a variação de 2,74% apropriada no Rio de Janeiro em decorrência do reajuste de 9,00% em vigor desde 08 de fevereiro.

Além dos alimentos e dos transportes, os grupos Vestuário (de -0,40% para 0,31%) e Despesas Pessoais (de 0,69% para 0,79%) mostraram crescimento nas taxas de fevereiro para março. Já os demais cinco grupos pesquisados ficaram abaixo dos resultados registrados no mês anterior.

Nas despesas com Habitação (de 0,77% em fevereiro para 0,33% em março), destaca-se a influência da conta de energia elétrica, cuja queda de 0,87% refletiu a redução no PIS/PASEP/COFINS ocorrido em parte das regiões pesquisadas. Nos Artigos de Residência (de 1,07% para 0,38%) tanto o item eletrodomésticos (-0,34) quanto TV e Som (-0,31%) se mostraram em queda. Em Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,74% para 0,43%) foram os remédios (-0,08%) que vieram com sinal de queda, enquanto no grupo Comunicação (de 0,14% para -1,26%) foi a conta de telefonia fixa, que ficou mais barata em 4,44% refletindo a redução média de 18% ocorrida nas tarifas de fixo para móvel a partir de 27 de fevereiro.

Quanto ao grupo Educação (de 5,97% em fevereiro para 0,53% em março), enquanto havia pressionado fortemente o IPCA de fevereiro, teve impacto bem mais leve em março, expressando, basicamente, reajustes ocorridos nos cursos regulares na região metropolitana de Fortaleza (7,53%).

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,92%) em virtude da alta de 51,65% nas tarifas das passagens aéreas, que com peso de 1,84%, causou impacto de 0,95 ponto percentual. Os menores índices foram os de Recife (0,52%) e Belém (0,53%), onde os alimentos consumidos em casa apresentaram variações de 0,99% e 0,78%, respectivamente, bem abaixo da média nacional (2,43%). A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Brasília
2,80
-0,12
1,92
1,72
6,06
Rio de Janeiro
12,06
1,07
1,28
2,88
7,87
Curitiba
7,79
0,37
1,00
2,16
6,36
São Paulo
30,67
0,97
0,93
2,45
6,41
Campo Grande
1,51
0,66
0,93
2,01
-
Porto Alegre
8,40
0,46
0,93
1,94
6,04
Goiânia
3,59
0,39
0,89
1,90
5,69
Belo Horizonte
10,86
0,73
0,78
2,18
5,72
Salvador
7,35
0,48
0,71
1,91
4,89
Fortaleza
3,49
0,19
0,70
1,34
5,32
Vitória
1,78
0,56
0,60
1,73
-
Belém
4,65
0,38
0,53
1,42
4,28
Recife
5,05
0,56
0,52
1,65
6,21
Brasil
100,00
0,69
0,92
2,18
6,15

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro a 28 de março de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2014 (base).

INPC variou 0,82% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,82% em março e ficou acima do resultado de 0,64% de fevereiro em 0,18 ponto percentual. No primeiro trimestre do ano a variação situou-se em 2,10%, acima da taxa de 2,05% de igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 5,62%, acima da taxa de 5,39% dos 12 meses anteriores. Em março de 2013 o INPC foi de 0,60%.

Os produtos alimentícios aumentaram 1,88% em março, enquanto os não alimentícios ficaram com 0,37%. Em fevereiro, os resultados haviam sido 0,39% e 0,75%, respectivamente.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,38%) em virtude da alta de 51,65% nas tarifas das passagens aéreas, que com peso de 0,47%, causou impacto de 0,24 ponto percentual. O menor índice foi o de Belém (0,45%), onde os alimentos consumidos em casa apresentaram variação de 0,80%, bem abaixo da média nacional (2,27%). A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Brasília
1,88
0,17
1,38
1,77
5,06
Rio de Janeiro
9,51
1,31
1,09
2,99
7,23
Porto Alegre
7,38
0,33
1,05
1,96
5,86
Curitiba
7,29
0,43
1,01
2,27
6,12
Campo Grande
1,64
0,60
1,00
2,01
-
Goiânia
4,15
0,40
0,96
1,93
5,11
São Paulo
24,24
0,83
0,84
2,29
5,79
Belo Horizonte
10,60
0,76
0,76
2,31
5,68
Salvador
10,67
0,46
0,72
2,03
4,63
Fortaleza
6,61
0,19
0,58
1,26
5,34
Vitória
1,83
0,80
0,54
1,79
-
Recife
7,17
0,52
0,54
1,61
5,91
Belém
7,03
0,45
0,45
1,53
4,14
Brasil
100,00
0,64
0,82
2,10
5,62

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro a 28 de março de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2014 (base).