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São agora 101 as estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo que permitem obter coordenadas de alta precisão

A RBMC, Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS passou a contar, em março...

Editoria: Geociências

14/03/2014 09h00 | Atualizado em 21/03/2018 15h51

A RBMC, Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS passou a contar, em março de 2014, com 101 estações, após a integração de cinco novas estações, localizadas em Araquari e Florianópolis/SC (SCAQ e SCFL), Bacabal/MA (MABB), Sobral/CE (CESB), Afogados da Ingazeira/PE (PEAF).

Cada estação da RBMC é equipada com um receptor GNSS (Global Navigation Satellite Systems - sistemas de navegação GPS + GLONASS), conectado a um link de internet, através do qual os dados são disponibilizados gratuitamente no portal do IBGE.

Através das informações geradas pela RBMC podem-se obter coordenadas (latitude, longitude e altitude) com precisão de poucos centímetros e são diferentes daqueles que estamos acostumados a usar em nosso dia-a-dia, nos dispositivos móveis. Esta precisão, entretanto, é necessária para diversas aplicações e atividades profissionais que são realizadas em diferentes áreas, por exemplo, na engenharia, na navegação aérea e marítima, nos cadastros rural e urbano, agricultura de precisão, entre outras. Por isso, a rede, em operação desde 1996, tem sido uma ferramenta de muita importância para o desenvolvimento das geotecnologias no Brasil.

Para saber mais sobre a RBMC, acesse o link https://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc.shtm?c=7

Apesar de ter partido de uma iniciativa do IBGE, a RBMC é hoje um grande esforço de dezenas de instituições públicas de todo o país, que contribuem com alguma infraestrutura para operação dessas estações. Dentre estas instituições, destacam-se o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e, mais recentemente, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que utiliza os dados da RBMC, por exemplo, no Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE), no Sistema Integrado de Posicionamento para Estudos Geodinâmicos (SIPEG) e no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), para o cálculo dos modelos de previsão de tempo.

A RBMC contribui também no desenvolvimento das atividades de projetos internacionais como o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), que realiza estudos de geodinâmica da placa sul-americana, através das séries temporais das coordenadas das estações GNSS.

Das 101 estações que atualmente compõem a RBMC, 63 operam em tempo real, e o restante, para pós-processamento. Todas as capitais do Brasil contam com pelo menos uma estação da rede e, em todas elas, os dados são disponibilizados em tempo real e para pós-processamento.

Os processos de coleta e disponibilização dos dados são automáticos, fazendo com que os arquivos diários para pós-processamento sejam liberados nas primeiras horas do dia seguinte. Mensalmente são realizados mais de 40 mil downloads no portal do IBGE e mais de 4.000 usuários já foram cadastrados para o acesso em tempo real.

Mesmo com este expressivo número de estações, a RBMC ainda precisa ser densificada nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, onde é necessária uma melhor cobertura em áreas importantes.