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Em janeiro, IPCA fica em 0,55%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de janeiro foi de 0,55% e ficou 0,37 ponto...

07/02/2014 07h00 | Atualizado em 07/02/2014 07h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de janeiro foi de 0,55% e ficou 0,37 ponto percentual abaixo dos 0,92% registrados em dezembro de 2013. Esse foi o menor IPCA para um mês de janeiro desde 2009, quando o índice foi de 0,48%. Após ter fechado 2013 em 5,91%, o acumulado dos últimos doze meses recuou para 5,59%. Em janeiro de 2013, o IPCA fora de 0,86%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, conforme mostra a tabela a seguir, cinco deles ficaram aquém do resultado de dezembro e quatro mostraram aceleração.

Principal responsável pela redução da taxa do primeiro IPCA do ano, o grupo Transporte teve queda de 0,03% enquanto em dezembro a alta chegou a 1,85%. Isto por conta das passagens aéreas, que caíram 15,88% ante o aumento de 20,13% de dezembro, aliadas aos combustíveis, que de 4,12% foram para 0,77%. Os preços da gasolina subiram 0,60% em janeiro, bem menos do que os 4,04% do mês anterior, quando refletiu o reajuste de 4% em vigor nas refinarias desde 30 de novembro.

O etanol, com o início da entressafra da cana também continuou subindo, mas ficou abaixo de dezembro, indo de 4,83% para 1,43%. No caso do óleo diesel, cujo reajuste de 30 de novembro foi de 8% nas refinarias, apresentou variação de 0,91% em janeiro contra 4,89% em dezembro. Da mesma forma, as viagens interestaduais realizadas através de ônibus, cresceram menos, passando de 1,30% para 0,81%.

Em contraposição, ainda no grupo Transporte, as tarifas dos ônibus intermunicipais tiveram alta de 1,76% ao passo que em dezembro haviam ficado com 0,25%. Destacam-se nos intermunicipais as variações registradas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (4,49%) e de Belo Horizonte (6,06%). Já as tarifas de táxi subiram 3,28% contra 0,18% do mês anterior tendo em vista aumentos ocorridos na região metropolitana de Curitiba (7,65%) em decorrência do reajuste de 15% em vigor desde 16 de dezembro, além do Rio de Janeiro (11,20%), com reajuste de 11,90% em 02 de janeiro.

Mas o menor resultado de grupo foi o dos artigos de Vestuário, que, após a alta de 0,80% com as festas de final de ano, recuaram (-0,15%) em janeiro, refletindo as promoções no mercado.

O grupo Comunicação (de 0,74% para 0,03%) se apresentou abaixo do mês anterior, assim como os Artigos de Residência, que arrefeceram após as festas, indo de 0,89% para 0,49%, com destaque para os itens mobiliário (de 1,36% para 0,08%) e consertos de equipamentos domésticos (de 1,06% para -0,24%). Além disso, os eletrodomésticos (de 1,78% para 1,26%) subiram mais devagar.

Os alimentos, grupo com a segunda maior variação no mês (0,84%), ficaram abaixo de dezembro (0,89%). O item carnes, com alta de 3,07%, se destacou por exercer o mais forte impacto individual no índice de janeiro, 0,08 ponto percentual. Na região metropolitana do Rio de Janeiro os preços chegaram a aumentar 5,88%. Vários produtos ficaram mais caros, alguns subindo mais e outros menos do que no mês de dezembro. Os principais encontram-se a seguir:

Em contrapartida, alguns alimentos tiveram queda de dezembro para janeiro. Os destaques estão na tabela a seguir:

Entre os grupos que mostraram aceleração na taxa de crescimento de preços de um mês para o outro, as Despesas Pessoais (de 1,00% para 1,72%) sobressaem, tendo em vista as pressões exercidas pelos seguintes itens:

O cigarro se constituiu no principal impacto no índice do mês, na mesma posição do item carnes. Com aumento de 7,79% e impacto de 0,08 ponto percentual, a alta do cigarro refletiu parte do reajuste médio de 12% em vigor desde 02 de dezembro em determinadas marcas e regiões, o reajuste de 14% vigente a partir de 31 de dezembro e, ainda, parte do reajuste de 12% de 13 de janeiro.

Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,48%), Habitação (de 0,52% para 0,55%) e Educação (de 0,05% para 0,57%) também mostraram aceleração na taxa de dezembro para janeiro. O que mais cresceu em relação ao mês anterior foi o grupo Educação, influenciado por aumentos registrados nos itens leitura (de 0,17% para 1,62%) e papelaria (de 0,46% para 1,95%), além dos cursos regulares (de 0,00% para 0,36%).

Em relação aos cursos regulares, o resultado de 0,36% reflete, basicamente, o aumento de 4,43% praticado pelos colégios da região metropolitana de Porto Alegre. Nas demais regiões o reflexo dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo serão apropriados no IPCA de fevereiro.

A partir deste mês, IPCA incorpora duas novas localidades

A partir de janeiro deste ano, conforme anunciado em agosto de 2013, o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor – SNIPC passa a incorporar a Região Metropolitana de Vitória/ES e o município de Campo Grande/MS no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA e no Índice Nacional de Preços ao Consumidor–INPC. Até dezembro de 2013, o SNIPC era elaborado com informações provenientes das Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e do Município de Goiânia. Com isto, os resultados foram:

O maior índice ficou com a região metropolitana de Curitiba (0,77%) em virtude da variação de 12,49% apropriada no item cigarros. Os alimentos, com taxa de 1,17%, também influenciaram o resultado da região. O menor foi o de Brasília (-0,07%), onde as passagens aéreas, com peso de 3,10% e variação de -17,27%, causaram impacto de -0,54 ponto percentual. Além disso, houve queda de 2,48% nas tarifas de energia elétrica tendo em vista redução nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS .

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de dezembro de 2013 a 29 de janeiro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 30 de dezembro de 2013 (base).

Em janeiro, INPC variou 0,63%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,63% em janeiro e ficou 0,09 ponto percentual abaixo do resultado de 0,72% de dezembro. Após ter fechado 2013 em 5,56%, o acumulado dos últimos doze meses recuou para 5,26%. Em janeiro de 2013 a taxa havia sido 0,92%.

Os produtos alimentícios ficaram em 0,86% em janeiro, enquanto em dezembro a taxa fora de 0,80%. O agrupamento dos não alimentícios variou 0,53% em janeiro, contra 0,69% em dezembro.

Dentre os índices regionais, o maior ficou com o região metropolitana de Salvador (0,83%), onde o aumento nos preços dos alimentos superou a média nacional, atingindo 1,42%. Brasília (0,22%) apresentou o menor índice do mês refletindo a queda de 2,59% nas tarifas de energia elétrica tendo em vista redução nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS. A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de dezembro de 2013 a 29 de janeiro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 30 de dezembro de 2013 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.