Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA de dezembro fica em 0,92% e fecha 2013 em 5,91%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro apresentou variação de 0,92% ...

10/01/2014 07h00 | Atualizado em 10/01/2014 07h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro apresentou variação de 0,92% e ficou acima da taxa de 0,54% registrada em novembro em 0,38 ponto percentual. É o maior IPCA mensal desde abril de 2003, quando atingiu 0,97%, e, ainda, o maior IPCA dos meses de dezembro desde 2002, cujo resultado chegou a 2,10%. O ano de 2013 fechou, então, em 5,91%, acima dos 5,84% do ano anterior. Em dezembro de 2012, a taxa havia ficado em 0,79%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm

Transporte teve a maior variação e o maior impacto em dezembro

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, conforme mostra a tabela a seguir, três deles ficaram aquém do resultado de novembro, cinco mostraram aceleração na taxa de crescimento, enquanto um deles se manteve no mesmo nível.

A gasolina, cujo impacto foi de 0,15 ponto percentual no índice, e as passagens aéreas, com 0,12 p.p., constituíram-se nos destaques individuais do mês. Juntos, somando 0,27 p.p., estes dois itens se apropriaram de quase um terço (29%) do IPCA. O litro da gasolina ficou, em média, 4,04% mais caro, ressaltando que o consumidor da região metropolitana de Salvador passou a pagar 15,85% a mais pelo combustível. A alta é reflexo, nas bombas, do reajuste de 4,00% ocorrido nas refinarias a partir de 30 de novembro. Já nas passagens aéreas o aumento médio foi bem maior e chegou a 20,13%, superado por regiões como Fortaleza e Salvador, com variações de 30,48% e 31,74%, respectivamente.

Com isto, distante do resultado de 0,36% de novembro, o grupo Transporte apresentou alta de 1,85%, não só a maior variação, mas, também, o mais expressivo impacto de grupo em dezembro, com 0,35 ponto percentual. Ademais, a respeito dos combustíveis (4,12%), manifestando o início da entressafra da cana-de-açúcar, o etanol teve aumento médio de 4,83%, atingindo 8,43% em Salvador e em Goiânia. No caso do óleo diesel, o reajuste de 8% nas refinarias, a partir de 30 de novembro, acabou por se refletir em 4,89%, em média, nos preços ao consumidor. Quanto às viagens interestaduais realizadas através de ônibus, também ficaram mais caras no mês, em média 1,30%, ainda em consequência do reajuste de 6,90% autorizado desde 3 de outubro.

As Despesas Pessoais vieram logo após o grupo Transporte, com alta de 1,00%, acima dos 0,87% de novembro. Os rendimentos dos empregados domésticos pressionaram com variação de 0,86%, enquanto no item excursões a alta atingiu 8,89%. Outros serviços ficaram mais caros, destacando-se cabeleireiro e manicure, com 1,99% e 1,55%, respectivamente. Os cigarros, 0,57% mais caro, refletiram parte do reajuste de 13% em vigor desde 2 de novembro em determinadas marcas e regiões, além do reajuste de 12% vigente a partir de 2 de dezembro.

Nos Artigos de Residência, que subiram para 0,89% ante 0,38% em novembro, destacaram-se os eletrodomésticos, com aumento de 1,78%, e os serviços de conserto e manutenção da casa, com 1,06%.

Os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,56% em novembro para 0,89% em dezembro) e Comunicação (de 0,40% para 0,74%) também subiram mais do que no mês anterior, enquanto Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa de 0,41% já registrada em novembro.

No caso dos alimentos, o aumento médio foi de 0,89% e provocou impacto de 0,22 p.p. no IPCA do mês, abaixo somente do impacto de 0,35 ponto percentual exercido pelo grupo dos Transportes. Em Salvador o grupo dos alimentos teve aumento de 1,50%, seguido de 1,32% no Rio de Janeiro e de 1,31% em Brasília. O consumidor passou a pagar mais caro por vários produtos, com destaque para as carnes, cujos preços subiram 2,33%. O leite longa vida, por outro lado, ficou 4,77% mais barato em dezembro e constituiu-se no principal impacto para baixo, com -0,05 ponto percentual.

Com resultados inferiores aos registrados em novembro, vieram três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: Vestuário (de 0,85% em novembro para 0,80% em dezembro), Habitação (de 0,69% para 0,52%) e Educação (de 0,08% para 0,05%). Sobressai, nas despesas com Habitação, a desaceleração da taxa de energia elétrica, que ficou em 0,31% ante 1,63% de novembro.

Salvador tem a maior alta no IPCA em dezembro (1,34%)

Entre os índices regionais, o maior ficou com o região metropolitana de Salvador (1,34%), onde a gasolina chegou a 15,85% e o etanol passou a custar 8,43% a mais de novembro para dezembro. Além disso, também em Salvador, o aumento nos preços dos alimentos superou a média nacional, atingindo 1,50%. A região metropolitana de Belém (0,63%) apresentou o índice mais baixo do mês, já que os alimentos ficaram em 0,58%, taxa inferior à registrada nas demais regiões. Acrescente-se que, das onze regiões que compõem o IPCA, apenas Fortaleza deixou de apresentar aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Alimentação e bebidas têm o maior impacto no IPCA em 2013

O IPCA fechou o ano de 2013 em 5,91% e ficou acima do IPCA de 5,84% relativo a 2012 em 0,07 ponto percentual. Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentação e Bebidas foi o mais elevado, atingindo 8,48%, enquanto o mais baixo foi o grupo Comunicação, com 1,50%. A tabela a seguir mostra todos os grupos pesquisados:

Os preços dos alimentos vêm aumentando de forma expressiva nos últimos anos e, embora o resultado de 8,48% de 2013 tenha mostrado certo recuo em relação aos 9,86% de 2012, foi Alimentação e Bebidas que apresentou a maior alta de grupo e exerceu o mais forte impacto no IPCA do ano. Detendo 2,03 ponto percentual, os alimentos foram responsáveis por 34% do índice.

A despesa com alimentação ocupa de parte significativa do orçamento das famílias (24,57%) e aumentou em todas as regiões pesquisadas, sobretudo na região metropolitana de Recife, onde a alta foi de 9,47%, seguida de Porto Alegre, com 9,36% e Rio de Janeiro, com 9,34%.

Os alimentos consumidos fora do domicílio exerceram forte pressão, tendo em vista que os preços cresceram 10,07% em 2013, ainda mais do que os 9,51% de 2012. O item refeição fora, que aumentou 9,49%, liderou os impactos individuais no IPCA do ano, com 0,47 ponto percentual. Mas não foi só refeição; a maioria dos itens relativos à alimentação fora aumentaram, conforme mostra a tabela.

Os alimentos consumidos no domicílio, embora tenham continuado em aceleração, mesmo com alta de 7,64%, ficaram abaixo do resultado de 2012, quando atingiram 10,04%. As principais altas foram:

Mesmo assim, alguns alimentos ficaram mais baratos em 2013, conforme mostra a tabela a seguir:

As Despesas Pessoais ficaram em segundo lugar no ranking das maiores variações de grupo. Pelos serviços dos empregados domésticos as famílias passaram a pagar rendimentos mais altos em 11,26%. Além dos empregados, outros itens pressionaram o grupo: cigarro (15,33%), manicure (11,01%), hotel (10,81%), costureira (7,03%) e cabeleireiro (8,05%).

O grupo Educação, que vem se mantendo acima do IPCA nos últimos anos, fechou 2013 em 7,94%, não muito distante dos 7,78% de 2012. As mensalidades dos cursos regulares tiveram alta de 8,22%, enquanto os cursos diversos (idioma, informática, etc.) atingiram 9,29%.

Os Artigos de Residência, tiveram crescimento acentuado (7,12%) se comparados com os 0,84% de 2012, quando vigorava, sobre itens do grupo, plena isenção ou redução do Imposto Sobre Produtos Industrializado (IPI). Os preços voltaram a subir em 2013 tendo em vista, principalmente, o aumento progressivo do imposto, e os eletrodomésticos ficaram 9,05% mais caros ao passo que em 2012 a taxa foi de 0,26% apenas. Acrescente-se a isto a alta nos serviços de conserto e manutenção de artigos de casa, que foram para 7,15% em 2013, acima dos 5,15% de 2012.

Com plano de saúde, os gastos ficaram ainda mais elevados, os valores das mensalidades cresceram 8,73%. Junto com a alta nos preços das consultas médicas (11,77%) e dentárias (9,74%), dos serviços de hospitalização e cirurgia (7,80%), além dos remédios (4,70%) e dos artigos de higiene pessoal (6,58%), pressionaram o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que fechou o ano em 6,95%, um ponto percentual a mais do que em 2012 (5,95%).

Os demais grupos apresentaram resultados abaixo do IPCA de 5,91% do ano. Comunicação, embora acima da taxa de 0,77% registrada em 2012, fechou 2013 com 1,50%, o menor resultado de grupo no ano.

Transportes, que é o segundo grupo de maior peso no orçamento das famílias (18,86%), teve variação de 3,29%. Sua influência foi forte na formação do IPCA do ano, já que ficou bem acima da taxa de 0,48% registrada em 2012. Naquele ano, além dos combustíveis terem ficado 0,72% mais baratos, os preços dos automóveis novos refletiram a redução do IPI, levando-os a uma queda de 5,71%, acompanhada com mais intensidade pelos usados, que passaram a custar 10,68% a menos, em média.

Em 2013, sobressaem, no grupo dos Transportes, aumentos relativamente elevados quando se olha para os combustíveis e para os automóveis. O litro da gasolina fechou com preços 6,53% mais altos nas bombas, na maior parte em consequência do reajuste de 4,00% ocorrido nas refinarias a partir de 30 de novembro. Quanto aos preços dos automóveis novos, voltaram a subir, fechando com 3,52% em decorrência, além de outros fatores, do aumento do IPI, embora não tenha retornado ao patamar de origem.

Já no Transporte Público, excetuando-se apenas os ônibus interestaduais, cujas tarifas foram reajustadas no final de 2013, os demais itens acabaram o ano abaixo dos resultados de 2012. Os ônibus urbanos chegaram ao final de 2013 com as tarifas estáveis, em 0,02%, em decorrência do atendimento às manifestações de rua ocorridas na metade do ano, que solicitavam redução de tarifas. Com isto, em algumas regiões os reajustes já concedidos no ano foram anulados, outras regiões não chegaram a praticar reajustes e, ao final, somente duas fecharam o ano com aumento: Fortaleza (10,00%) e Curitiba (6,74%).

Destaca-se, por fim, a energia elétrica, item que apresentou -0,52 ponto percentual de impacto no IPCA, o mais expressivo impacto para baixo tendo em vista a redução de 15,66%, em média, no valor das contas. As quedas se concentraram nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, quando as variações de preços da energia elétrica no IPCA refletiram a redução média de 18% que passou a vigorar em 24 de janeiro sobre as tarifas. Com isto, as despesas com Habitação ficaram em 3,40%, menos do que os 6,79% de 2012, mesmo com outros itens em alta, a exemplo do aluguel residencial, mais caro em 12,01%.

Quanto aos artigos de Vestuário, a variação de 5,38% ficou abaixo dos 5,79% de 2012. As maiores variações foram registradas nas roupas infantis, com 6,20%, e femininas, com 5,92%.

Recife tem a maior alta do IPCA em 2013 (6,86%)

Entre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Recife (6,86%) onde os preços dos alimentos atingiram 9,47%, resultado superior às demais regiões pesquisadas. Já o índice mais baixo foi o de Salvador (5,03%) em virtude da estabilidade do grupo Habitação (0,00%), com destaque para a energia elétrica (-28,03%) e aluguel residencial (6,88%), que ficou bem abaixo do resultado nacional (12,01%), além da queda de 7,14% nos preços das tarifas dos ônibus urbanos. A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada:

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de novembro a 30 de dezembro de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de outubro a 27 de novembro de 2013 (base).

INPC varia 0,72% em dezembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,72% em dezembro, acima do resultado de 0,54% de novembro em 0,18 ponto percentual. Com isso, o ano de 2013 fechou em 5,56%, abaixo da taxa de 6,20% relativa ao ano anterior. Em dezembro de 2012 o INPC havia ficado em 0,74%.

Os produtos alimentícios ficaram em 0,80% em dezembro, enquanto em novembro a taxa foi de 0,54%. O agrupamento dos não alimentícios variou 0,69% em dezembro contra 0,54% em novembro.

Dentre os índices regionais, o maior ficou com o região metropolitana de Salvador (1,05%), onde a gasolina chegou a 15,85% e o etanol passou a custar 8,43% a mais de novembro para dezembro. Além disso, também em Salvador, o aumento nos preços dos alimentos superou a média nacional, atingindo 1,41%. Belém e Brasília apresentaram os menores índices do mês, ambos com a taxa de 0,47%. A tabela a seguir contém os índices por região pesquisada.

INPC fecha 2013 em 5,56%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o ano de 2013 com a taxa de 5,56%, abaixo dos 6,20% de 2012. Em 2013, os alimentos subiram 8,03% e os não alimentícios, 4,54%. Os resultados por grupo foram:

Quanto aos índices regionais, os maiores foram os de Fortaleza (6,94%) e o de Recife (6,93%). Em ambas, a taxa foi pressionada, principalmente, pelo resultado do aluguel: Recife (17,28%) e Fortaleza (15,40%), além do grupo Alimentação e Bebidas, que fechou 2013 em 9,01% em Recife e 8,85% em Fortaleza. Já o índice mais baixo foi o de Salvador (4,71%) em virtude da queda 0,14% no grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica (-28,01%) e aluguel residencial (6,88%), que ficou bem abaixo do resultado nacional (12,11%), além da redução de 7,14% nos preços das tarifas do ônibus urbano. A tabela a seguir contém os índices por região pesquisada.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e do município de Goiânia.