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Em outubro, vendas no varejo variam 0,2%

Em outubro, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo variou 0,2%, e a receita nominal...

12/12/2013 07h00 | Atualizado em 12/12/2013 07h00

Em outubro, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo variou 0,2%, e a receita nominal de vendas, 0,7%, na comparação com setembro. Foi o oitavo resultado positivo consecutivo para o volume de vendas, enquanto a receita nominal vem crescendo desde junho de 2012. Assim, as médias móveis, tanto do volume quanto da receita subiram 0,5% e 0,9%, respectivamente. Nas séries originais (sem ajuste), o volume de vendas cresceu 5,3% sobre outubro de 2012, acumulando alta de 4,0% no ano e de 4,5% nos últimos 12 meses. Para a receita nominal de vendas, essas taxas foram 12,0%, 11,8% e 11,9%, respectivamente.

O comércio varejista ampliado, comparado a setembro, cresceu de 1,8% em volume de vendas e de 2,3% em receita nominal (série com ajuste sazonal). Frente a outubro de 2012 (série sem ajuste), as variações foram de 2,2% para o volume de vendas e de 7,8% para a receita nominal. O volume de vendas acumulou 3,4% no ano e 3,9% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal, mostrou a mesma taxa (8,6%) para ambos os acumulados. Mais detalhes sobre a pesquisa em https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Para o volume de vendas com ajuste sazonal (comparação com setembro), houve sete atividades com variações positivas e três com variações negativas: Veículos e motos, partes e peças (6,2%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%); Material de construção (0,9%); Combustíveis e lubrificantes (0,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%); Móveis e eletrodomésticos (-0,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%) e Tecidos, vestuário e calçados, também, com -0,4% (Tabela 1, na página seguinte).

Já em relação a outubro de 2012 (série sem ajuste), apenas uma das oito atividades do varejo teve queda no volume de vendas: Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,6%). As demais taxas, por ordem de importância no resultado global, foram: 3,3% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 11,9% em Outros artig  os de uso pessoal e doméstico; 11,4% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 6,1% em Combustíveis e lubrificantes; 5,0% para Móveis e eletrodomésticos; 3,5% em Tecidos, vestuário e calçados 10,5% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação.

RESULTADOS SETORIAIS

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 3,3% no volume de vendas, em relação a outubro de 2012, volta a dar a maior contribuição à taxa global do varejo (31%). Com a inflação no setor1, seu desempenho ficou abaixo da média do varejo, mas foi impulsionado pelo crescimento da massa de rendimento da população e pela estabilidade do emprego2. A atividade acumulou 1,5% no ano e 2,5% nos últimos 12 meses.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., cresceu 11,9% em volume de vendas contra outubro de 2012 e exerceu o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo (23%). A alta na massa de salários, a estabilidade do emprego e a comemoração do Dia das Crianças concorreram para isso. O acumulado no ano foi de 10,5% e nos últimos 12 meses, de 10,9%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a terceira maior participação na taxa global do varejo (14%), cresceu 11,4% em relação a outubro do ano passado, acumulando 9,7% no ano e de 9,2% para os últimos 12 meses.

Com a quarta maior participação na taxa global do varejo, o segmento de Combustíveis e lubrificantes cresceu 6,1% em volume de vendas contra outubro de 2012, acumulando 6,1%, tanto no ano e também nos 12 meses. Contribuíram para tal desempenho o comportamento dos preços dos combustíveis com variação de 2,9% em 12 meses versus uma inflação média de 5,8%, para o mesmo período, segundo o IPCA.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos cresceu 5,0% em volume de vendas em relação a outubro do ano passado e proporcionou o quinto maior impacto sobre a taxa do Comércio Varejista. Esse resultado mediano é atribuído ao aumento de preços dos eletroeletrônicos3, com a desvalorização da taxa de câmbio. No entanto, a atividade foi estimulada pelo programa Minha Casa Melhor, implantado em julho de 2013. O segmento acumula altas de 5,4% no ano e 6,0% nos últimos 12 meses.

O volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados cresceu 3,5% e foi responsável pela sexta maior contribuição à taxa global. Os acumulados foram de 3,2% para os dez primeiros meses do ano e de 3,6% para os últimos 12 meses. A atividade se mantem em crescimento, incentivada, entre outros aspectos, pelo aumento moderado dos preços de vestuário (variação de 5,7% contra 5,8% do índice geral, no acumulado em 12 meses, segundo o IPCA).

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela sétima maior contribuição na formação da taxa global, teve alta de 10,5%no volume de vendas, sobre igual mês do ano anterior, acumulando 6,5% no ano e 1,9% nos últimos 12 meses. Explica tal comportamento a conjugação de um aumento moderado nos preços de microcomputadores e com a deflação nos Aparelhos Telefônicos4.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 0,6%, exerceu a menor influência no resultado do varejo, acumulando 2,6% no ano e 3,5% nos últimos 12 meses.

Varejo ampliado

O volume de vendas de Veículos, motos, partes e peças cresceu 6,2% em relação a setembro. Comparando com outubro do ano anterior, houve queda: (-4,2%). Este último resultado pode ser explicado pelo efeito base, pois em setembro de 2012 a atividade cresceu 24,1%. Em termos de acumulados, as variações foram de 1,3% no ano e de 2,1% nos últimos 12 meses.

Quanto ao segmento de Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 0,9% sobre o mês anterior, de 6,2% em relação a outubro de 2012. Os acumulados foram de 7,2% no ano e de 7,0% nos últimos 12 meses. Os incentivos fiscais do governo através da redução do IPI continuam estimulando o desempenho do segmento.

RESULTADOS REGIONAIS

Em relação a outubro de 2012, apenas uma unidade da federação teve queda no volume de vendas: Roraima (-1,08%). Já as taxas positivas mais significativas foram em Alagoas (12,0%); Rio Grande do Norte (10,1%); Maranhão (10,1%); Paraíba (9,0%) e Paraná (9,0%). Quanto à participação na taxa do comércio varejista, os destaques foram São Paulo (6,1%); Rio de Janeiro (4,9%); Paraná (9,0%); Santa Catarina (4,8%) e Pernambuco (7,7%).

No varejo ampliado, somente quinze unidades da federação obtiveram altas no volume de vendas. As maiores variações foram no Acre (10,4%); Alagoas (10,4%); Amazonas (9,8%); Paraíba (7,6%) e Rio Grande do Norte (7,2%). Os maiores impactos no resultado global do vieram de São Paulo (2,6%); Rio de Janeiro (5,1%); Rio Grande do Sul (5,2%); Paraná (5,0%) e Pernambuco com 5,8%. Já a série com ajuste sazonal para o volume de vendas mostra 18 estados com variação positiva, sendo os destaques Acre (7,0%); Paraíba (3,6%); Roraima (3,2%); Sergipe (2,7%) e Amazonas (1,7%). As maiores quedas foram no Ceará (-1,0%); Mato Grosso do Sul (-0,9%) e Goiás (-0,8%).

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1 O aumento dos preços na atividade, medido pelo Grupo Alimentação no domicílio, do I|PCA, nos últimos 12 meses, foi de 8,2%, contra a inflação média de 5,8%.

2 A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados cresceu 1,4%, em outubro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A taxa de desocupação, frente a outubro do ano passado (5,3%), também não apresentou variação estatisticamente significativa, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

3 Segundo o IPCA, no acumulado dos últimos 12 meses os preços de Aparelhos Eletroeletrônicos variaram 5,2%.

4 Variação de preços de Microcomputadores e Aparelho Telefônico nos últimos 12 meses, segundo IPCA, 5,7% e -8,7%, respectivamente.