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Em 2012, esperança de vida ao nascer era de 74,6 anos

A tábua de mortalidade projetada para o ano de 2012 resultou em uma expectativa de vida de 74,6 anos para ambos os sexos, ...

02/12/2013 08h00 | Atualizado em 02/12/2013 08h00

A tábua de mortalidade projetada para o ano de 2012 resultou em uma expectativa de vida de 74,6 anos para ambos os sexos, um acréscimo de 5 meses e 12 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2011 (74,1 anos). Para a população masculina o aumento foi de 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos para 71,0 anos. Já para as mulheres o ganho foi maior. Em 2011 e esperança de vida ao nascer delas era de 77,7 anos, elevando-se para 78,3 anos em 2012, 6 meses e 25 dias maior.

Essas informações estão na Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil de 2012, que tem como base a Projeção da População para o período 2000-2060 e incorpora dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. As tábuas são divulgadas anualmente pelo IBGE em cumprimento ao Artigo 2º do Decreto Presidencial n° 3.266 de 29 de novembro de 1999. Elas são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Os dados da tábua de mortalidade podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tabuadevida/2012.

A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano de vida foi de 0,01703, isto é, para cada 1000 nascidos, aproximadamente 17 deles não completariam o primeiro ano de vida. Se fosse do sexo feminino este valor seria 0,01428, uma diferença de 2,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos.

Pode-se observar também a maior mortalidade masculina no grupo de adultos jovens, neste caso, de 15 a 30 anos aproximadamente, em relação à população feminina. Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas violentas, que atingem com maior intensidade a população masculina.

Entre 2011 e 2012 também diminuiu a mortalidade feminina dentro do período fértil, de 15 a 49 anos de idade. Em 2011, de cada cem mil nascidas vivas, 98.038 iniciariam o período reprodutivo e, destas, 93.410 completariam este período. Já para 2012, de cada cem mil nascidas vivas, 98.105 atingiriam os 15 anos de idade e, destas, 93.568 chegariam ao final deste período. Os níveis de mortalidade já foram bem mais elevados, quando do início do processo de transição demográfica sofrido pela população brasileira. Em 1940, de cada 100.000 crianças nascidas vivas do sexo feminino, 77.777 iniciariam o período reprodutivo e destas, 57.336 completariam este período. Ou seja, a probabilidade de uma recém-nascida completar o período fértil em 1940, que era de 57,3%, passou para 93,6% em 2012.

A fase adulta, aqui considerada como o intervalo de 15 a 59 anos de idade, também foi beneficiada com o declínio dos níveis de mortalidade. Em 2011, de cada 1.000 pessoas que atingiriam os 15 anos, 846 aproximadamente completariam os 60 anos de idade. Já em 2012, destas mesmas 1.000 pessoas, 848 atingiriam os 60 anos, isto é, foram poupadas duas vidas neste intervalo de idade.

Em todas as idades foram observados aumentos nas expectativas de vida, beneficiadas com a diminuição da mortalidade. Principalmente nos extremos da distribuição, nos menores de um ano de idade e no grupo aberto de 80 anos ou mais e, com maior intensidade na população feminina:

Para o grupo de 80 anos ou mais de idade, enquanto a expectativa de vida dos homens aumentou em 2 meses e cinco dias entre 2011 e 2012, a das mulheres foi acrescida em 6 meses e 25 dias.

O comportamento crescente da expectativa de vida entre as idades zero e um em 2011 e 2012 é reflexo do nível ainda relativamente alto da mortalidade no primeiro ano de vida, apesar dos declínios observados nos últimos anos. Em 2012, a esperança de vida ao nascer foi de 74,6 anos. Se essa criança passasse pelos riscos de morte no primeiro ano de vida, e atingisse o primeiro ano de vida, sua expectativa de vida seria de 74,8 anos, vivendo em média 75,8 anos. A partir de um ano de vida, a tendência da série volta a ser decrescente, isto é, conforme aumenta a idade diminui a expectativa de vida:

Nos países mais desenvolvidos, cujas taxas de mortalidade infantil situam-se em torno de cinco óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos, esta série é sempre decrescente. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil em 2012 foi de 15,7 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos. Na projeção, essa taxa foi de 16,4 em 2011.