Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em agosto, vendas no varejo variam 0,9%

Em agosto, o Comércio Varejista do País apresentou taxas de 0,9% para o volume de vendas e de 1,2% para a...

15/10/2013 06h00 | Atualizado em 15/10/2013 06h00

Em agosto, o Comércio Varejista do País apresentou taxas de 0,9% para o volume de vendas e de 1,2% para a receita nominal em relação a julho (na série com ajuste sazonal). Foi o sexto resultado positivo consecutivo para o volume de vendas, enquanto a receita nominal mantém taxas positivas desde junho de 2012. Entretanto, ambas as taxas mostraram desaceleração em relação a julho (2,1% e 2,1%, respectivamente). Mesmo assim, as médias móveis do volume de vendas e da receita nominal cresceram, passando de 0,9% para 1,1% e de 1,3% para 1,4%, respectivamente. Nas demais comparações, nas séries sem ajuste, o volume de vendas cresceu 6,2% sobre agosto de 2012, acumulando 3,8% no ano e 5,1% nos últimos 12 meses. Já as mesmas taxas da receita nominal de vendas foram 13,6%, 11,9% e 12,2%, respectivamente.

O Comércio Varejista ampliado registrou variações em relação ao mês anterior (série com ajuste) de 0,6% para o volume de vendas e de 0,9% para a receita nominal. Em relação a agosto de 2012 (série sem ajuste sazonal), as variações foram de -0,8% para o volume de vendas e de 4,8% para a receita nominal. O acumulado do ano para o volume de vendas foi de 3,1%, e nos últimos 12 meses, de 4,4%. Já a receita nominal obteve variações de 8,2% e 8,5%, respectivamente. Mais detalhes sobre a pesquisa em https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Para o volume de vendas com ajuste sazonal, oito das dez atividades pesquisadas tiveram alta: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,6%); Veículos e motos, partes e peças (2,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%); Móveis e eletrodomésticos (0,8%); Material de construção (0,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%). As demais atividades tiveram quedas: Combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e Tecidos, vestuário e calçados com -1,0%.

Já em relação a agosto de 2012 (série sem ajuste), somente uma das oito atividades do varejo teve queda no volume de vendas: Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%). As demais atividades tiveram aumentos, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram: 5,6% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 7,9% para Móveis e eletrodomésticos; 8,5% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 9,9% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 5,3% em Combustíveis e lubrificantes; 3,6% para Tecidos, vestuário e calçados e 8,2% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 5,6% no volume de vendas em relação a agosto de 2012, foi responsável pela maior contribuição (45%) à taxa global do varejo. Mesmo com a principal influência, a atividade continua apresentando desempenho abaixo da média, em função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 10,6% no Grupo Alimentação no Domicilio, contra 6,1% da inflação global, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação se estabeleceram em 1,3% para o acumulado dos oito primeiros meses do ano, e em 3,5% no dos últimos 12 meses.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 7,9% no volume de vendas em relação a agosto do ano passado, foi responsável pela segunda maior participação à taxa global do varejo (16%). Em termos acumulados, as variações atingiram 5,2% para os oito primeiros meses do ano e 6,6% para os últimos 12 meses. A atividade vem apresentando taxas positivas devido à política de incentivo do governo ao consumo, através da manutenção de alíquotas de IPI reduzidas para móveis e eletrodomésticos. Ademais, o programa Minha Casa Melhor tem contribuído para um maior desempenho da atividade.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo (13%), com variação de 8,5% no volume de vendas em relação a agosto de 2012. O crescimento da massa salarial e o dia dos Pais foram fatores suficientes para que o segmento crescesse acima da média. Já em termos acumulados, a taxa para os primeiros oito meses do ano foi de 9,7% e para os últimos 12 meses, de 10,5%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quarta maior participação na taxa global do varejo (11%), apresentou crescimento de 9,9% na comparação com agosto do ano passado, e taxas acumuladas de 9,2% no ano e de 9,0% para os últimos 12 meses. O segmento mantém em todas as comparações resultados acima da taxa global do Varejo. Os principais fatores a contribuir para este resultado foram a manutenção do crescimento da massa real de salários, a oferta de crédito e a própria essencialidade dos produtos do gênero.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação de 5,3% no volume de vendas em relação a agosto de 2012, exerceu a quinta maior contribuição na taxa global do varejo (9%). No acumulado no ano a taxa de variação da atividade chegou a 6,3% e, nos últimos 12 meses, a 7,2%. O crescimento de preços abaixo da média (item Combustíveis com 3,8% contra 6,1% do índice geral, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA), é o fator preponderante para estes resultados do segmento.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, com variação de 3,6% no volume de vendas em relação a agosto do ano anterior, foi responsável pela sexta contribuição à taxa global do varejo. Em termos acumulados, os resultados foram de 3,5% para os oito primeiros meses do ano e de 4,0% para os últimos 12 meses. Mesmo com os preços do principal segmento variando menos que a inflação global (vestuário com 5,9% contra 6,1% no índice geral, segundo IPCA) a atividade continua crescendo abaixo da média.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela sétima maior contribuição na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas, em agosto, da ordem de 8,2% sobre igual mês do ano anterior, e taxas acumuladas no ano de 4,9% e nos últimos 12 meses de 1,0%. O comportamento dos preços de um dos principais itens do segmento tem crescido abaixo da inflação média, o que influencia bastante este resultado.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 0,2% no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, exerceu a oitava influência no resultado do varejo. O indicador acumulado no ano obteve variação de 3,5% e o dos últimos 12 meses de 4,8%.

O volume de vendas de Veículos, motos, partes e peças teve alta de 2,6% em relação a julho. Comparando com agosto do ano anterior, a variação foi de -12,6%. Tal resultado pode ser explicado pelo efeito base, uma vez que as medidas anunciadas pelo Governo, que levaram a zero o IPI sobre carros 1.0 e pela metade o imposto sobre as demais cilindradas, se deram no final de maio de 2012, e surtiram efeito sobre as vendas, sobretudo, em junho, julho e agosto. Em termos de acumulados, as variações foram as seguintes: 0,8% nos oito primeiros meses e 2,6% nos últimos 12 meses.

Quanto ao segmento de Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 0,8% sobre o mês anterior, de 4,9% em relação a agosto de 2012. Em termos de acumulados, as variações foram as seguintes: 7,0% nos oito primeiros meses e 6,9% nos últimos 12 meses. Cabendo ressaltar que os incentivos fiscais do governo através da redução do IPI, previstos para serem mantidos até dezembro, continuam estimulando o desempenho do segmento.

RESULTADOS REGIONAIS

Das vinte e sete Unidades da Federação, vinte e quatro tiveram resultados positivos em relação a agosto de 2012, sendo as taxas mais significativas observadas em: Paraíba (18,0%); Alagoas (13,0%); Rio Grande do Norte (12,7%); Maranhão (10,3%) e Paraná com 9,1% - Gráfico 5. Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (7,0%); Rio de Janeiro (7,2%); Paraná (9,1%); Rio Grande do Sul (4,5%) e Pernambuco com 8,6%.

Em relação ao varejo ampliado, somente dez estados obtiveram variações positivas. As maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em: Paraíba (7,2%); Rio Grande do Norte (6,5%); Acre (4,2%); Rio de Janeiro (3,6%) e Paraná com 2,1%. Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados do Rio de Janeiro (3,6%); Paraná (2,1%); Paraíba (7,2%); Rio Grande do Norte (6,5%) e Rio Grande do Sul (0,8%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal (na comparação mês/mês anterior) para o volume de vendas mostram que dos vinte e sete estados da federação, vinte apresentaram variações positivas, sendo os destaques: Alagoas (4,6%); Tocantins (2,9%); Bahia (1,7%), Sergipe (1,7%) e Ceará com 1,6% (Gráfico 6).