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Produção industrial tem variação nula (0,0%) em agosto

Em agosto de 2013, a produção industrial mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente...

02/10/2013 06h00 | Atualizado em 02/10/2013 06h00

Em agosto de 2013, a produção industrial mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após apontar expansão de 2,1% em junho e queda de 2,4% em julho. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a indústria recuou 1,2% em agosto de 2013 e interrompeu quatro meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação. O índice acumulado para os oito meses do ano registrou avanço de 1,6%, abaixo, portanto, da marca observada no fechamento do primeiro semestre (2,0%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar expansão de 0,7% em agosto de 2013, manteve a trajetória ascendente iniciada em dezembro do ano passado (-2,6%) e assinalou o resultado positivo mais elevado desde outubro de 2011 (1,4%). A publicação completa pode ser acessada pelo link www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/default.shtm.

15 dos 27 ramos investigados tiveram aumento na produção

A variação nula (0,0%) da atividade industrial entre julho e agosto teve predomínio de taxas positivas, já que três das quatro categorias de uso e 15 dos 27 ramos pesquisados apontaram crescimento na produção. Entre os setores, as principais influências positivas foram registradas por alimentos (2,5%) e veículos automotores (1,7%), com ambos revertendo os recuos assinalados no mês anterior: -1,3% e -7,6%, respectivamente. Outras contribuições positivas relevantes vieram de máquinas e equipamentos (1,2%), vestuário e acessórios (7,2%), edição, impressão e reprodução de gravações (2,1%) e metalurgia básica (1,0%). Esses ramos também apontaram resultados negativos em julho: -1,3%, -3,8%, -1,2% e -1,7%, respectivamente. Entre as 11 atividades que reduziram a produção, o desempenho de maior importância foi verificado na indústria farmacêutica, que recuou 5,6% em agosto e acumula perda de 18,8% nos dois últimos meses. Houve quedas também nos setores de bebidas (-3,1%), de outros equipamentos de transporte (-3,7%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-5,1%) e de fumo (-7,7%).

Entre as categorias de uso, ainda na comparação com julho, bens de capital (2,6%) assinalaram a expansão mais acentuada em agosto de 2013, recuperando parte da queda de 4,7% registrada em julho. Os setores produtores de bens intermediários (0,6%) e de bens de consumo duráveis (0,2%) também mostraram taxas positivas, com o primeiro interrompendo três meses de queda na produção, período em que acumulou perda de 1,8%, e o segundo voltando a crescer após recuar 7,4% em julho. Bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) assinalaram o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 2,1%.

Média móvel trimestral varia -0,1%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral apontou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em agosto frente ao nível do mês anterior, segundo resultado negativo consecutivo nesse indicador, mas bem menos intenso que o observado em julho (-0,8%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-1,1%) registrou o recuo mais acentuado em agosto de 2013 e com ritmo de queda próximo ao do mês anterior (-1,2%). O segmento de bens intermediários (-0,1%) também mostrou taxa negativa nesse mês e manteve o comportamento predominantemente negativo presente desde novembro do ano passado. Os resultados positivos foram registrados por bens de capital (1,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,2%), com o primeiro revertendo a queda de 0,6% assinalada no mês anterior, e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em maio último.

Indústria recua 1,2% na comparação com agosto de 2012

Na comparação com agosto de 2012, a indústria mostrou redução de 1,2% em agosto de 2013, com predomínio de resultados negativos, já que três das quatro categorias de uso e 18 das 27 atividades apontaram queda na produção. Agosto de 2013 (22 dias) teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior (23). Entre as atividades, a farmacêutica (-22,0%) exerceu a maior influência negativa, pressionada pela redução na produção de aproximadamente 65% dos produtos investigados, com destaque para a menor fabricação de medicamentos. Outras contribuições negativas relevantes vieram de edição, impressão e reprodução de gravações (-6,5%), fumo (-30,3%), bebidas (-6,6%), alimentos (-1,8%), outros produtos químicos (-2,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-8,8%), indústrias extrativas (-2,0%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-6,2%). Entre as nove atividades que ampliaram a produção, as de máquinas e equipamentos (9,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (7,4%) apontaram as principais influências positivas.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 6,3% em agosto de 2013, assinalou a segunda taxa negativa consecutiva e a queda mais intensa nesse mês entre as categorias de uso. A produção de bens intermediários (-2,0%) e a de bens de consumo semi e não duráveis (-1,6%) também mostraram redução em agosto. Já o segmento de bens de capital, ao crescer 11,8%, apontou a única expansão entre as categorias de uso nesse mês e marcou o quinto resultado positivo consecutivo de dois dígitos.

O setor produtor de bens de consumo duráveis, ao recuar 6,3% em agosto de 2013, assinalou a queda mais intensa desde maio de 2012 (-9,4%), pressionado pela menor fabricação de automóveis (-10,5%), de telefones celulares (-8,3%), de eletrodomésticos da linha branca (-3,9%), de motocicletas (-11,1%) e de artigos do mobiliário (-6,7%). Nessa categoria de uso também foram observados impactos positivos vindos da produção de eletrodomésticos da linha marrom (8,4%) e de outros eletrodomésticos (3,7%).

Ainda no confronto com agosto de 2012, bens intermediários (-2,0%) e bens de consumo semi e não duráveis (-1,6%) também apontaram quedas mais acentuadas do que a da média da indústria (-1,2%). No primeiro, que interrompeu dois meses de resultados positivos consecutivos e teve o recuo mais intenso desde fevereiro de 2013 (-4,4%), o desempenho desse mês foi explicado pelo comportamento negativo dos produtos associados a outros produtos químicos (-2,5%), indústrias extrativas (-2,0%), veículos automotores (-4,0%), alimentos (-2,9%), produtos têxteis (-3,8%), celulose, papel e produtos de papel (-1,8%), borracha e plástico (-2,4%), metalurgia básica (-0,3%), produtos de metal (-1,2%) e minerais não-metálicos (-0,3%), enquanto a única influência positiva veio de refino de petróleo e produção de álcool (5,1%). Ainda nessa categoria de uso, insumos para construção civil (-1,6%), que apontou a primeira taxa negativa desde março último, e embalagens (-1,4%), que reverteu a expansão de 2,7% assinalada no mês anterior, tiveram taxas negativas. A redução na produção de bens de consumo semi e não duráveis (-1,6%), que interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento, foi influenciada pelos resultados negativos de outros não duráveis (-7,0%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,8%). As influências positivas ocorreram em carburantes (11,0%) e em semiduráveis (4,9%).

O setor produtor de bens de capital, ao crescer 11,8% em agosto de 2013, mostrou o oitavo resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. O segmento foi influenciado pelo crescimento em todos os seus grupamentos, com destaque para o avanço de 10,7% assinalado por bens de capital para equipamentos de transporte, impulsionado pela maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, aviões e reboques e semirreboques. Os demais resultados positivos foram registrados por bens de capital para construção (46,9%), para fins industriais (11,4%), quinta expansão de dois dígitos consecutiva, agrícola (25,2%), para uso misto (1,8%) e para energia elétrica (0,7%).

Índice acumulado em 2013 cresce 1,6%

No índice acumulado para os oito meses de 2013, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 1,6%, com taxas positivas em três das quatro categorias de uso, 14 dos 27 ramos, 41 dos 76 subsetores e 49,4% dos 755 produtos investigados. Entre as atividades, a de veículos automotores, que avançou 11,0%, permaneceu exercendo a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada pela expansão na produção de aproximadamente 80% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, automóveis e veículos para transporte de mercadorias. Outras contribuições positivas relevantes vieram dos setores de refino de petróleo e produção de álcool (8,6%), de máquinas e equipamentos (5,6%), de outros equipamentos de transporte (6,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,8%) e de borracha e plástico (3,9%). Entre os 13 ramos que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-9,7%), indústrias extrativas (-5,2%), farmacêutica (-6,9%) e metalurgia básica (-3,0%).

Entre as categorias de uso, o índice acumulado no ano mostrou maior dinamismo para bens de capital (13,5%), com resultados positivos em todos os grupamentos, especialmente fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (22,2%). O setor de bens de consumo duráveis (2,3%) também apontou expansão acima da média nacional (1,6%) em 2013, influenciado pela maior produção de automóveis (3,0%) e de eletrodomésticos da linha marrom (8,1%). Essas duas categorias de uso, além do aumento no ritmo da atividade industrial, foram influenciadas pela baixa base de comparação, já que no período janeiro-agosto de 2012 registraram quedas de 12,2% e de 7,2%, respectivamente. A produção de bens intermediários (0,1%) apontou variação positiva, enquanto a de bens de consumo semi e não duráveis (-0,2%) assinalou o único resultado negativo no índice acumulado no ano.