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Em março, Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,03%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,03% em março, em relação a fevereiro. Foi um resultado superior...

26/04/2013 06h01 | Atualizado em 26/04/2013 06h01

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,03% em março, em relação a fevereiro.

Foi um resultado superior ao observado entre fevereiro e janeiro (-0,35%).

Com isso, o acumulado no ano ficou em -0,42%, contra -0,45% em fevereiro.

Já o acumulado nos 12 meses recuou para 6,64%, contra 7,71% em fevereiro.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa pode ser acessada em
https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.

Em março de 2013, na comparação com fevereiro, 13 das 23 atividades industriais observadas apresentaram variações positivas de preços. As quatro maiores variações vieram dos produtos das seguinte atividades industriais: madeira (1,61%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (1,35%), alimentos (-1,25%) e metalurgia (1,09%). As maiores influências vieram de alimentos (-0,24 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool(0,11 p.p.), metalurgia (0,08 p.p.) e outros produtos químicos (0,05 p.p.).

O acumulado no ano atingiu -0,42%, contra -0,45% em fevereiro/13. As atividades que, em março/13, tiveram as maiores variações percentuais acumuladas no ano foram alimentos (-5,26%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,32%), têxtil (3,14%) e outros equipamentos de transporte (-2,75%).As maiores influências foram: alimentos (-1,06 p.p), refino de petróleo e produtos de álcool (0,29 p.p.), outros produtos químicos (0,16 p.p) e metalurgia (0,13 p.p).

Em relação a março de 2012, a variação de preços foi de 6,64%, contra 7,71% em fevereiro. As quatro maiores variações de preços nessa comparação ocorreram em fumo (19,06%), outros produtos químicos (13,45%), bebidas (10,14%) e refino de petróleo e produtos de álcool (9,74%) e as principais influências vieram de alimentos (1,65 p.p.), outros produtos químicos (1,43 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,07 p.p.) e borracha e plástico (0,30 p.p.). A seguir são analisados os treze setores que se destacaram em março.

Alimentos: pelo terceiro mês consecutivo, os preços do setor alimentício caíram em relação ao mês anterior. Em março, a queda foi de -1,25%, abaixo da de janeiro (-1,52%) e da de fevereiro (-2,58%). O setor acumulou variação de -5,26% no ano. Comparados a março de 2012, os preços de março de 2013 cresceram 8,78%. “Resíduos da extração de soja” e “açúcar refinado de cana” foram destaque, tanto em termos de variação quanto de influência. Somados aos outros dois produtos em destaque somente em termos de influência ("açúcar cristal" e "óleo de soja em bruto”) responderam por - 1,36 p.p. da variação de - 1,25%.

Bebidas: em março de 2013, os preços das bebidas variaram em - 0,21%, quinta queda consecutiva. Com este resultado, o setor acumulou variação de - 1,25%. O acumulado de 10,14% nos 12 meses representou mais um recuo nos resultados obtidos desde setembro de 2012, quando foi alcançada a maior variação da série (19,06%). Apesar da queda de preços do setor, em termos de variação e influência, os preços de "refrigerantes" e "xaropes para bebidas com fins industriais" variaram positivamente, compensados, portanto, pelas variações negativas em "cervejas e chope" e "aguardente de cana-de-açúcar".

Fumo: os preços do setor de fumo apresentaram variação de 0,68% em comparação com o mês anterior. No acumulado de 2013, a variação foi de - 0,23%, havendo equilíbrio entre a desvalorização do dólar frente ao real de 4,7%, que reduziu os preços do fumo processado, e o aumento no preço de cigarro em decorrência da redução de IPI (quanto mais caro o cigarro menor este imposto). No acumulado em 12 meses, houve variação positiva de 19,06%, menor que a obtida em fevereiro (23,32%).

Têxteis: a aceleração de preços apresentada em fevereiro não se manteve em março. O setor têxtil teve redução de - 0,11%. No acumulado no ano, o setor continuou a apresentar uma das maiores variações de preço entre as atividades: 3,14%. O acumulado em 12 meses teve variação positiva de 4,11%.

Vestuário e acessórios: o setor teve a segunda maior variação no mês, na comparação com outras atividades da indústria: 1,35%, superior ao observado no mês anterior, que foi de 1,07%, e se deveu, principalmente, ao lançamento das coleções de inverno. No indicador acumulado no ano, a variação foi de 2,35% e, no acumulado em 12 meses, de 4,93%. Destacaram-se neste mês os produtos “calcinhas e/ou sutiãs, de malha” e “camisetas ("T-Shirts") e camisetas interiores, de malha”, com as maiores altas e as maiores influências.

Madeira: em março de 2013, os preços do setor madeireiro variaram em 1,61%, maior resultado desde novembro de 2012 (1,90%). O setor acumulou 2,65% no ano e 9,44% nos 12 meses. Este resultado é o maior desde agosto de 2012 (10,67%). "Madeira serrada, aplainada ou polida" foi o único produto que foi destaque negativo no acumulado do ano

Refino de petróleo e produtos de álcool: esta atividade teve alta de 0,95% em março. No ano, o setor acumulou alta de 2,69% e, nos 12 meses, de 9,74%. Dos quatro produtos que mais pesaram (0,92 p.p. de 0,95% de todo o setor), três eram do refino -“óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “querosenes de aviação” e “óleos lubrificantes básicos” - e um do setor de álcool - “álcool etílico (anidro ou hidratado)”.

Outros produtos químicos: os preços da indústria química registraram em março variação de 0,41% com relação a fevereiro, seguindo trajetória positiva apresentada desde dezembro de 2012, quando havia registrado 0,42% sob novembro. No ano, a alta foi de 1,44%, enquanto que, no comparativo março 2013/março 2012, o setor apresentou alta de 13,45%.

Borracha e plástico: em março de 2013, os preços da atividade apresentaram variação positiva de 0,42% contra variação positiva de 0,15% em fevereiro. O acumulado do ano foi de 1,62% e, nos 12 meses, de 8,12%. Na análise de longo prazo percebe-se, no primeiro trimestre de 2013, a manutenção destes índices em patamares mais elevados que os do último trimestre de 2012.

Metalurgia: em março de 2013 os preços do setor de metalurgia tiveram variação positiva de 1,09%, a maior variação positiva desde maio de 2012. Neste mês, dos quatro produtos em destaque, “arames e fios de aços ao carbono”, “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “bobinas ou chapas de aços zincadas”, todos ligados à siderurgia, tiveram elevação de preços. O acumulado no ano foi de 1,69% e, nos 12 meses, de 3,44%.

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: em março de 2013 o setor registrou variação positiva de 0,31% frente a fevereiro, primeiro resultado positivo desde setembro de 2012. No ano e nos 12 meses, houve quedas de - 3,32% e - 5,70%, respectivamente.

Veículos automotores: em março de 2013, os preços da atividade apresentaram variação negativa de 0,20% contra variação positiva de 0,03% na comparação M/M-1 registrada em fevereiro. Desta forma, o acumulado do ano encerrou com variação positiva de 0,68%. No acumulado em 12 meses, a atividade apresentou variação positiva de 1,81% contra variação positiva de 2,02% em fevereiro.

Outros equipamentos de transporte: em março de 2013, os preços da atividade apresentaram variação positiva de 0,47%. O acumulado do ano mostra queda de - 2,75% e nos 12 meses o setor apresentou alta de 7,87%. No mês, “aviões de peso superior a 2.000kg” e “motocicletas com mais de 50cm3” tiveram influência positiva, enquanto “fabricação ou manutenção de embarcações” influenciou negativamente.