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Em janeiro, vendas no varejo variam 0,6%

O Comércio Varejista do País inicia 2013 com aumento de 0,6% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal...

14/03/2013 06h01 | Atualizado em 14/03/2013 06h01

O Comércio Varejista do País inicia 2013 com aumento de 0,6% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, ambas as taxas com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Na série de volume, o resultado volta a ser positivo depois da interrupção no crescimento apresentada em dezembro. Quanto à receita nominal, trata-se do oitavo mês consecutivo de crescimento. Na variação da média móvel, as taxas do volume e da receita foram positivas: 0,2% e 0,8%, respectivamente. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o volume de vendas do varejo cresceu 5,9% sobre janeiro do ano anterior e de 8,3% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto a receita nominal de vendas apresentou taxas de 12,4% e de 12,3%, respectivamente (Tabelas 1 e 2).

No Comércio Varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, na série com ajuste (comparada a dezembro de 2012) o volume de vendas variou 0,3% e a receita nominal, 1,6%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas cresceu de 7,1% e a receita nominal, 10,2%. No acumulado dos últimos 12 meses as taxas foram de 7,9% para o volume e 9,5% para a receita nominal de vendas. Mais detalhes sobre a pesquisa em https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Neste primeiro mês do ano, das dez atividades pesquisadas sete obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram os seguintes: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%); Material de construção (1,3%); Combustíveis e lubrificantes (0,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria (0,5%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%); Veículos e motos, partes e peças (-1,2%) e Móveis e eletrodomésticos com -2,6% (Tabela 1).

Na relação janeiro de 2013/janeiro de 2012 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo tiveram resultados positivos. Por ordem de importância, as variações foram: 3,4% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 13,9% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 8,8% para Combustíveis e lubrificantes; 5,8% para Móveis e eletrodomésticos; 10,4% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 5,0% para Tecidos, vestuário e calçados; 8,8% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e 5,4% em Livros, jornais, revistas e papelaria.

Maior impacto veio de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo inicia o ano com variação de 3,4% no volume de vendas em janeiro sobre igual mês do ano anterior, proporcionando o maior impacto (30%) sobre a taxa do Comércio Varejista. Isso se deve ao aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimentos, bem como da estabilidade do emprego1. Em termo acumulado, nos últimos 12 meses, a atividade apresenta crescimento de 7,6%.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo (22%), apresentou variação de 13,9% no volume de vendas em relação a janeiro de 2012. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade teve seu desempenho também influenciado pela evolução positiva da massa de salários e pelo crédito. A taxa acumulada nos últimos 12 meses de 9,4%.

Combustíveis e lubrificantes, com 8,8% de variação do volume de vendas na relação janeiro13/janeiro12, ficou responsável pelo terceiro impacto (15%) na formação da taxa global. A taxa acumulada pela atividade nos últimos 12 meses foi de 7,6%.

Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 5,8% no volume de vendas em relação a janeiro do ano passado, foi a responsável pela quarta maior contribuição da taxa global do varejo (13%). No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento cresceu 11,5%.

A atividade Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na formação da taxa do varejo (11%), cresceu 10,4% no volume de vendas na comparação com janeiro de 2012 e no acumulado nos últimos 12 meses.

Tecidos, vestuário e calçados, responsável pela sexta maior participação na composição da taxa global do varejo (6%), apresentou taxa de variação de 5,0% com relação a igual mês do ano anterior e de 3,7% para os últimos 12 meses. A variação do volume de vendas foi abaixo da média global, embora os preços deste segmento estejam crescendo a um ritmo menos acelerado que o índice geral (variação de 5,2% no grupo Vestuário, contra uma inflação média de 6,2%, para os últimos 12 meses, segundo o IPCA).

Com a sétima maior participação da taxa do varejo, o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceu 8,8%. O acumulado dos últimos 12 meses foi de 5,6%. Concorreram para este desempenho o aumento da renda e a expressiva queda de preços dos produtos de informática (-4,6% nos últimos 12 meses para o subitem Microcomputadores, segundo IPCA).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, registrou variação de 5,4%, exerceu o menor impacto na taxa geral do varejo. A taxa acumulada para os últimos 12 meses foi da ordem de 4,9%. O desempenho positivo da renda e a diversificação na linha de produtos comercializados, principalmente pelas grandes redes de livrarias e papelarias, justificam estes resultados.

Vendas no Varejo ampliado variaram 0,3% na série ajustada

O Comércio Varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou variação de 0,3% para o volume de vendas e de 1,6% para a receita nominal de vendas, ambas com ajuste sazonal (comparadas com dezembro de 2012). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve crescimento de 7,1% para o volume de vendas e de 10,2% na receita nominal de vendas. No acumulado dos últimos 12 meses as taxas de variação foram de 7,9% e 9,5% para o volume de vendas e para a receita nominal de vendas, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças, os resultados para o volume de vendas foram os seguintes: -1,2% sobre o mês anterior, ajustado sazonalmente, 8,1% na comparação janeiro13/janeiro12, e de 7,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Quanto à receita nominal de vendas as variações foram: -1,2%; 4,9% e 4,0%, respectivamente. Na comparação interanual ocorreu um efeito base: enquanto o mês de janeiro de 2013 ainda reflete impactos da política de incentivo à venda de veículos, em janeiro de 2012 (base) esta política ainda não vigorava, uma vez que a mesma foi determinada a partir de maio de 2012.

Material de construção, para o volume de vendas, obteve variações de: 1,3% na comparação com o mês anterior com ajuste sazonal; de 11,6% sobre janeiro de 2012; e de 7,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Quanto à receita nominal de vendas as variações foram: 1,8%; 13,9% e 9,9%, respectivamente. A redução do IPI para uma cesta de produtos do setor, bem como as condições favoráveis do crédito habitacional foram os fatores que ajudaram no resultado da atividade. Segundo o Banco Central, o aumento dos financiamentos imobiliários cresceram 2,4 % no mês e 34,5% em doze meses.

MS (17,5%) e RN (13,8%) e PB (13,1%) tiveram as maiores taxas na série sem ajuste

Todas as Unidades da Federação apresentaram resultados positivos no volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os destaques foram Mato Grosso do Sul (17,5%), Rio Grande do Norte (13,8%), Paraíba (13,1%), Mato Grosso (12,0%) e Maranhão (10,8%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, sobressaíram-se, pela ordem, São Paulo (5,5%), Rio de Janeiro (5,6%), Paraná (6,4%), Ceará (9,8%) e Minas Gerais com 3,1%.

Em relação ao varejo ampliado, também houve taxas positivas em todas as Unidades da Federação. Os destaques foram: Mato Grosso do Sul com 15,9%; Acre (14,8%); Roraima (13,0%); Alagoas (12,1%) e Amapá (11,7%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (5,3%); Rio de Janeiro (8,6%%); Paraná (9,9%); Minas Gerais (6,3%) e Rio Grande do Sul com 8,2%.

Na série ajustada para o volume de vendas, somente um estado não teve variação e cinco tiveram taxas negativas: Minas Gerais (0,0%); Piauí (-0,2%); Rio de Janeiro (-1,0%); Santa Catarina (-1,2%); Tocantins (-2,4%) e Espírito Santo (-3,0%). Os maiores acréscimos ocorreram em Mato Grosso (8,5%); Mato Grosso do Sul (6,0%); Paraná (3,8%); Distrito Federal (3,7%) e Rio Grande do Sul com 3,2%.

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1 O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, registrado em janeiro de 2013 para o conjunto das seis regiões metropolitanas, teve elevação de 2,4% na comparação com janeiro de 2012 e a massa de rendimento real habitual dos ocupados, no mesmo período de comparação, teve aumento de 5,6%. A taxa de desocupação em janeiro de 2013 foi de 5,4% - PME do IBGE.