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Em dezembro, IPCA-15 varia 0,69% e fecha o ano em 5,78%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,69% em dezembro e...

19/12/2012 07h01 | Atualizado em 19/12/2012 07h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,69% em dezembro e ficou 0,15 ponto percentual acima da taxa de 0,54% registrada em novembro. Com isso, o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado, fechou o ano em 5,78%, inferior ao do ano de 2011 (6,56%). Em dezembro de 2011, a taxa havia sido 0,56%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

As informações do IPCA-E estão disponíveis na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipcae/default.shtm.

Despesas pessoais (de 0,30% em novembro para 1,10% em dezembro) foi o grupo que apresentou o maior resultado e o maior crescimento de um mês para o outro, ressaltando-se a variação dos salários dos empregados domésticos (de 0,66% para 0,82%), além dos itens excursão (de 0,40% para 12,15%) e cigarro (de zero para 2,66%). Com alta de 9,40%, as despesas pessoais constituíram-se no segundo grupo de maior variação no acumulado 2012, ficando atrás somente dos alimentos (9,84%). Os salários dos empregados domésticos, que aumentaram 12,75%, destacaram-se no grupo pela liderança dos principais impactos no índice do ano.

O grupo alimentação e bebidas (de 0,83% em novembro para 0,97% em dezembro) subiu em razão de produtos como frango (de 1,43% para 4,16%), leite (1,39% para 2,03%) e frutas (de 0,43% para 1,27%). No ano, os alimentos ficaram na dianteira das variações de grupos, com 9,84%. Vários deles mostraram altas expressivas, com pressão sobre o índice, a exemplo da farinha de mandioca (84,90%), arroz (37,00%) e feijão carioca (37,74%).

As despesas com habitação (de 0,33% em novembro para 0,74% em dezembro) também subiram. Isto em função, principalmente, do aumento ocorrido nas tarifas da energia elétrica (de 0,09% para 1,72%) dadas as variações registradas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (7,07%) e Belém (4,16%). Com alta de 6,67% no ano, o grupo habitação destaca-se, entre outros, pelo aumento no aluguel residencial (8,98%) e na mão-de-obra para pequenos reparos (11,72%).

Transporte (de 0,47% em novembro para 0,71% em dezembro) foi outro grupo que apresentou aceleração no mês de dezembro tendo em vista que a variação das passagens aéreas se acentuou ainda mais, indo para 17,08%, em dezembro, após alta de 11,80%, no mês de novembro. O grupo transporte, por outro lado, ficou com 0,63% no ano, acima, somente, dos artigos de residência (-0,18%). Destaca-se, no ano, em transporte, a queda dos automóveis novos (-5,82%) e usados (-10,36%).

No mês, entre as desacelerações, artigos de vestuário (de 1,40% em novembro para 0,62% em dezembro) foi a taxa que apresentou a diferença mais expressiva, levando a variação do grupo para 6,39% no ano.

Os artigos de residência (de 0,58% em novembro para 0,11% em dezembro) seguiram vestuário, mostrando forte redução na taxa de crescimento de preços no mês. Considerando o ano, no entanto, artigos de residência (-0,18%) ficaram como o grupo com menor resultado.

Saúde e cuidados pessoais (de 0,36% em novembro para 0,26% em dezembro) também reduziram a taxa em dezembro, com variação de 5,90% no ano.

Quanto aos grupos educação (de 0,04% em novembro para 0,10% em dezembro) e comunicação (de 0,30% para 0,26%), fecharam o ano com 7,70% e 1,11%, respectivamente.

Desta forma, o agrupamento dos produtos não alimentícios registraram 0,60%, acima do resultado do mês anterior, que foi de 0,45%, acumulando 4,53% no ano.

Sobre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (1,14%), em virtude, principalmente, do aumento dos preços da gasolina (8,09%) e do etanol (5,08%). O menor foi o índice de Recife (0,39%), com os alimentos em 0,34%. No ano, os maiores índices ficaram com Belém (7,90%) e Rio de Janeiro (6,85%), enquanto São Paulo (4,71%) e Brasília (5,29%) foram as menores variações.

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de novembro a 11 de dezembro de 2012 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 13 de novembro de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.