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Em agosto, vendas no varejo variam 0,2%

Em agosto de 2012, o comércio varejista do país apresentou variação de 0,2% para o volume de vendas e...

11/10/2012 06h01 | Atualizado em 11/10/2012 06h01

Em agosto de 2012, o comércio varejista do país apresentou variação de 0,2% para o volume de vendas e 1,0% para a receita nominal de vendas, taxas estas em relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Enquanto a receita nominal mantém taxas de crescimento positivas desde fevereiro, o volume de vendas atinge o terceiro mês consecutivo de expansão. Entretanto, ambas as taxas apresentam desaceleração no ritmo de crescimento neste mês. Em relação a agosto de 2011, as variações foram de 10,1% para o volume de vendas e de 13,7% na receita nominal. Nos acumulados dos oito primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram, respectivamente, em 9,0% e 7,8% para o volume de vendas, e em 12,0% e 11,4% para a receita nominal.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/

Entre as dez atividades do varejo ampliado, sete têm taxas positivas

Na comparação com o mês imediatamente anterior, isto é, na série com ajuste sazonal, sete das dez atividades do varejo ampliado apresentaram taxas de variação positiva para o volume de vendas, a saber: Veículos e motos, partes e peças (7,7%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,3%); Material de construção (3,4%); Móveis e eletrodomésticos (2,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,3%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%); Combustíveis e lubrificantes (0,8%). As demais atividades apresentaram variações negativas, as quais estão listadas a seguir pela ordem crescente de magnitude das taxas: Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com -1,1%.

na relação de agosto de 2012 contra agosto de 2011 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo obtiveram aumentos no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram as seguintes: 8,5% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 16,6% para Móveis e eletrodomésticos; 10,1% em Combustíveis e lubrificantes; 10,4% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 12,8% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 8,3% em Tecidos, vestuário e calçados; 11,9% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e 4,0% em Livros, jornais, revistas e papelaria.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 8,5% no volume de vendas em agosto, sobre igual mês do ano anterior, foi responsável pela maior contribuição (37%) à taxa global do varejo. Mesmo com a principal influência, a atividade continua apresentando desempenho abaixo da média, em função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 8,4% no Grupo Alimentação no Domicilio, contra 5,2% da inflação global, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação se estabeleceram em 8,8% para o acumulado dos oito primeiros meses do ano, e em 7,2% no dos últimos 12 meses.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 16,6% no volume de vendas em relação a agosto do ano passado, foi responsável pela segunda maior participação à taxa global do varejo (29%). Em termos acumulados, as variações atingiram 14,2% tanto para o ano quanto para os últimos 12 meses. Tal desempenho decorre do crescimento do emprego e do rendimento, da manutenção do crédito, bem como da queda dos preços dos produtos eletroeletrônicos estimulada pela redução do IPI promovida pelo governo (-7,6% nos últimos 12 meses até agosto, segundo o IPCA).

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação de 10,1% no volume de vendas em relação a agosto de 2011, exerceu a terceira maior contribuição na taxa global do varejo (9%). Em termos de desempenho acumulado no ano a taxa de variação da atividade chegou a 5,8% e, nos últimos 12 meses, a 3,8%. O crescimento de preços abaixo da média (item Combustíveis com –1,8% contra 5,2% do índice geral, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA), é o fator preponderante para estes resultados do segmento.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o quarto maior impacto na formação da taxa do varejo, com variação de 10,4% no volume de vendas em relação a agosto de 2011. O crescimento da massa salarial e o dia dos Pais foram fatores suficientes para que o segmento crescesse acima da média. Já em termos acumulados, a taxa para os primeiros oito meses do ano foi de 7,7% e para os últimos 12 meses, de 5,5%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo (8%), apresentou crescimento de 12,8% na comparação com agosto do ano passado, e taxas acumuladas de 11,2% no ano e de 10,3% para os últimos 12 meses. O segmento mantém em todas as comparações resultados acima da taxa global do Varejo. Os principais fatores a contribuir para este resultado foram a manutenção do crescimento da massa real de salários, a oferta de crédito e a própria essencialidade dos produtos do gênero.

Varejo ampliado varia 2,7%

O comércio varejista ampliado registrou variações em relação ao mês anterior de 2,7% para o volume de vendas e de 3,1% para a receita nominal, ambas as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 15,7% para o volume de vendas e de 16,1% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou variações de 8,6% e 6,8%, respectivamente para o volume de vendas, já para a receita nominal as variações foram de 9,7% e 8,5%, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou alta de 26,3% em relação a agosto de 2011, acumulando no ano e nos últimos doze meses variações da ordem de 7,9% e 4,8%, respectivamente. A queda de preços em função da redução do IPI para compra dos automóveis novos, bem como a redução dos juros e a oferta de crédito, justificam tais variações.

Quanto à atividade de Material de Construção, as variações foram de 8,5% na relação agosto 12/agosto 11, de 8,7% no acumulado do ano e de 7,8% nos últimos 12 meses. Cabendo ressaltar que os incentivos fiscais do governo através da redução do IPI continuam estimulando o desempenho do segmento.

Todas as UFs têm resultados positivos na comparação com agosto de 2011

As 27 Unidades da Federação tiveram resultados positivos na comparação agosto de 2012 versus agosto de 2011, sendo as taxas mais significativas observadas em: Roraima (28,8%); Amapá (24,6%); Mato Grosso do Sul (22,6%); Acre (14,9%); Ceará (13,6%) e Tocantins com 13,2%. Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (12,4%); Minas Gerais (10,1%); Rio de Janeiro (6,2%); Rio Grande do Sul (9,5%) e Paraná (9,0%).

Em relação ao varejo ampliado, também todos os estados tiveram variações positivas. As maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Mato Grosso (23,4%): Tocantins (22,8%); Mato Grosso do Sul (21,4%); Roraima (21,0%) e Bahia (20,7%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (17,7%); Rio de Janeiro (12,2%); Rio Grande do Sul (16,8%); Paraná (14,7%) e Minas Gerais com 10,3%.

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal (na comparação mês/mês anterior) para o volume de vendas mostram que dos 27 estados da federação, dezesseis apresentaram variação positiva, sendo os destaques: Amapá (7,0%), Roraima (3,6%), Mato Grosso do Sul (2,9%) e Mato Grosso com 1,9%.