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IPCA-15 de setembro fica em 0,48% e IPCA-E do trimestre em 1,20%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,48% em setembro

20/09/2012 06h01 | Atualizado em 20/09/2012 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,48% em setembro e ficou acima da taxa de 0,39% de agosto. Com isto a variação do IPCA-E (acumulado do IPCA 15) ficou em 1,20% nos meses de julho, agosto e setembro, acima do mesmo trimestre de 2011 0,90%. O IPCA-15 acumulado no ano ficou em 3,81%, inferior a igual período de 2011 (5,04%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,31%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (5,37%). Em setembro de 2011, a taxa havia sido de 0,53%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

As informações do IPCA-E estão disponíveis na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipcae/default.shtm.

Os preços dos alimentos subiram 1,08% e, com impacto de 0,25 ponto percentual, responderam por cerca da metade do índice do mês, 52%. Ocorreu aumento em vários produtos, destacando-se as carnes, item com alta de 1,79% em setembro ao passo que havia apresentado queda de 0,76% em agosto. Muitos alimentos mostraram aumentos expressivos no mês, a exemplo da batata-inglesa (15,62%), cebola (9,00%), alho (6,08%), ovos (5,09%), tomate (4,52%), arroz (3,97%), e frango (3,46%) e pão francês (2,30%).

As despesas com habitação também mostraram aceleração de agosto para setembro, passando de 0,28% para 0,43%. Isto se deve à queda menos acentuada da energia elétrica (de -0,46% em agosto para -0,05% em setembro) aliada ao crescimento de preços de itens importantes no orçamento das famílias como aluguel residencial (de 0,43% para 0,61%), condomínio (1,06% para 1,19%), taxa de água e esgoto (de 0,65% para 0,78%) e gás de botijão (de -0,15% para 0,30%).

Vestuário (de 0,18% para 0,47%), transportes (de zero para 0,09%) e comunicação (de -0,03% para 0,01%) foram outros grupos de produtos e serviços pesquisados a apresentarem aceleração de um mês para o outro, conforme a tabela a seguir:

Como observado, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram variações menos acentuadas em setembro. É o caso do grupo das despesas pessoais (de 0,68% em agosto para 0,57% em setembro), cuja desaceleração foi influenciada pelo item “recreação”, que foi para 0,07% enquanto havia se apresentado com 0,48% em agosto. Mesmo assim, neste grupo das despesas pessoais, o item “empregado doméstico”, em sentido inverso, subiu ainda mais, indo de 1,11% para 1,24% e, assim, ficou na primeira posição nos impactos do mês, com 0,05 ponto percentual. No Rio de Janeiro, o cálculo do “empregado doméstico”, excepcionalmente, partiu do acumulado de agosto e setembro (3,59%) obtidos através das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de junho e julho, retirando a variação que havia sido apropriada no IPCA-15 de agosto (0,50%), resultando na variação de 3,08% em setembro. Também no Rio de Janeiro, no item “mão-de-obra para pequenos reparos”, do grupo Habitação, o procedimento foi o mesmo. Do acumulado de agosto e setembro (-2,63%), foi retirada a variação que havia sido apropriada no IPCA-15 de agosto (0,50%), gerando o resultado de setembro (-3,12%).

Em saúde e cuidados pessoais (de 0,52% em agosto para 0,37% em setembro), o recuo foi provocado pelos remédios, que tiveram variação de 0,31% em setembro, enquanto haviam aumentado 0,52% em agosto, assim como os artigos de higiene pessoal, que foram dos 0,55% de agosto para 0,07% em setembro.

Os grupos artigos de residência (de 0,23% em agosto para 0,19% em setembro) e educação (de 0,54% para 0,11%) também mostraram desaceleração de um mês para o outro.

Desta forma, os produtos não alimentícios registraram variação de 0,30%, próxima ao resultado do mês anterior, que foi de 0,28%.

Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Belém (0,87%), em virtude dos ônibus urbanos (5,77%), cujas tarifas foram reajustadas em 10,00% a partir de 1º de agosto, além da energia elétrica (5,24%), cujas contas aumentaram 6,83% a partir de 7 de agosto. O menor índice foi o de Goiânia (0,24%). A seguir, tabela com resultados mensais por região pesquisada:

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de agosto a 12 de setembro de 2012 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 13 de agosto de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E é o IPCA-15 acumulado em períodos.