Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15 de junho fica em 0,18% e IPCA-E em 1,12%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,18%..

21/06/2012 06h01 | Atualizado em 21/06/2012 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,18%, em junho, bem abaixo da taxa de 0,51% de maio. Com isto, a variação do IPCA-E (acumulado do IPCA 15) no segundo trimestre ficou em 1,12%, abaixo do mesmo trimestre de 2011 (1,71%), fechando o primeiro semestre de 2012 com 2,58%, abaixo do resultado de igual período do ano anterior (4,10%). Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,00%, abaixo dos doze meses anteriores (5,05%). Em junho de 2011, a taxa havia ficado em 0,23%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br//home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

Desta vez, somente o grupo dos alimentos, com 0,66%, superou, mas pouco, o resultado do mês anterior, cuja alta havia sido de 0,62%. Refletindo, nos preços, o período de menor oferta provocado, principalmente, por fatores climáticos adversos, ficou ainda mais caro comprar tomate (19,48%), cebola (16,22%), batata inglesa (6,70%), hortaliças (3,29%), óleo de soja (3,20%) e arroz (2,02%), além de outros produtos.

Excluindo-se educação, que, em geral, apresenta relativa estabilidade após o reajuste sazonal de cada ano, nos demais grupos foram registrados resultados bem abaixo dos verificados em maio, situando os não alimentícios em 0,04%, significativamente abaixo da taxa de 0,48% do mês anterior. A seguir, encontram-se os grupos de produtos e serviços pesquisados.

Transportes (de –0,25% para –0,77%) foi o grupo que mais contribuiu para a forte redução do índice de um mês para o outro. Com o IPI em zero a partir de 21 de maio, os preços dos automóveis novos caíram em 3,50%, com –0,12 ponto percentual, o mais baixo impacto no mês, influenciando o mercado de usados, cujos preços ficaram 2,62% mais baratos, com impacto de –0,04 ponto. Juntos, novos e usados causaram impacto de -0,16 ponto percentual no índice do mês.

Ainda nos Transportes, destaca-se, em queda, o etanol, com –1,51%, tendo em vista as baixas cotações da cana-de-açúcar. Seguindo o comportamento de preços do etanol, a gasolina também se apresentou em queda, com –0,37%.

Entre outros itens em queda, mobiliário (-0,65%), telefone fixo (-0,54%), gás de botijão (-0,42%) e cigarro (-0,72%) merecem destaque.

Do ponto de vista das altas, os principais impactos, cada um com 0,03 ponto percentual, foram tomate (19,48%), aluguel residencial (0,68%), refeição em restaurante (0,57%) e taxa de água e esgoto (2,26%).

Quanto aos índices regionais, apenas a região metropolitana de Belém (0,47%) não mostrou redução de maio para junho. A região de Porto Alegre (-0,12%) chegou a apresentar resultado com sinal negativo, sob influência dos automóveis novos (-5,77%) e usados (-6,26%). O maior índice foi o de Salvador (0,53%), embora inferior a maio (0,80%), devido a diversos fatores, dentre eles o reajuste de 12,89% em 1º de maio, nas tarifas de água e esgoto (6,64%) e de 6,15% nas de energia elétrica (1,85%), a partir de 22 de abril, além de aumento de 12% nos preços das passagens do ônibus urbano (4,00%), em 4 de junho, e de 8% nas do ônibus intermunicipal (1,90%), em 12 de junho.

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de maio 13 junho de 2012 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 14 de maio de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.