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Vendas no varejo caíram 0,5% em fevereiro

Em fevereiro de 2012, o comércio varejista registrou variação de –0,5%, no que tange ao volume de vendas...

13/04/2012 06h01 | Atualizado em 13/04/2012 06h01

Em fevereiro de 2012, o comércio varejista registrou variação de –0,5%, no que tange ao volume de vendas, e de -0,7% para a receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume de vendas, este resultado interrompe a sequência de três meses de taxas positivas, e para a receita nominal é o primeiro resultado negativo desde março de 2010. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 9,6% sobre fevereiro do ano anterior, 8,7% no acumulado do bimestre e 6,7% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 13,2%, 12,6% e de 11,4%, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Entre as atividades, quatro têm variação positiva

Em fevereiro, quatro das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal (indicador mês/mês). Os resultados foram: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,1%); combustíveis e lubrificantes (1,9%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); móveis e eletrodomésticos (1,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,0%); material de construção (0,0%); veículos e motos, partes e peças (-1,0%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-3,6%).

Na comparação entre fevereiro de 2012 e o mesmo mês de 2011 (série sem ajuste), apenas duas atividades alcançaram resultados negativos no volume de vendas: 11,8% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 13,3% para móveis e eletrodomésticos; 9,5% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 26,6% para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 5,6% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 3,9% para combustíveis e lubrificantes; -0,8% em livros, jornais, revistas e papelaria e tecidos, vestuário e calçados, com -3,4%.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 11,8% no volume de vendas em fevereiro sobre igual mês do ano anterior continua a proporcionar a principal contribuição à taxa global do varejo (58%). Em termos acumulados, a taxa para os primeiros dois meses do ano foi de 10,1% e para os últimos 12 meses, de 5,1%.

Móveis e eletrodomésticos, com variação de 13,3% no volume de vendas em relação a fevereiro do ano passado, registrou o segundo maior impacto (25%). No acumulado do bimestre a taxa foi de 13,2% e nos últimos 12 meses, de 15,5%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 9,5% na comparação com fevereiro de 2011 e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 9,0% e 9,3%, respectivamente.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve acréscimo de 26,6% no volume de vendas em fevereiro, taxa acumulada no ano de 29,6% e nos últimos 12 meses de 22,1%.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico obteve variação de 5,6% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2011, sendo responsável por 4% da taxa geral. Para o primeiro bimestre a variação acumulada foi de 9,4% e, para os últimos 12 meses, 4,2%.

Combustíveis e lubrificantes, com 3,9% de variação do volume de vendas na relação fevereiro12/fevereiro11, respondeu pela sexta maior contribuição à taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado, as taxas de variação chegaram a 1,5% no ano e 0,7% nos últimos 12 meses.

Livros, jornais, revistas e papelaria, com reduzido peso na estrutura da pesquisa, exerceu influência negativa no resultado global do varejo. Em relação a fevereiro de 2011, apresentou variação no volume de vendas de -0,8% e taxas acumuladas de 5,0% para o bimestre e de 4,1% para os últimos 12 meses.

Influenciando também negativamente a taxa global do varejo, Tecidos, vestuário e calçados obteve decréscimo de 3,4% volume de vendas em fevereiro e taxa acumulada no ano e nos últimos 12 meses de -0,9% e 2,0%, respectivamente.

Varejo ampliado cai 1,1% em fevereiro

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou, em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal), queda tanto para o volume de vendas (-1,1%) quanto para a receita nominal (-1,4%). Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 2,5% para o volume de vendas e de 4,8% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de 5,4% e 5,5% para o volume e de 7,7% e 8,2% para a receita nominal.

No que tange ao volume de vendas, veículos, motos, partes e peças registrou queda de –1,0% em relação a janeiro. Este é o segundo mês consecutivo de resultado negativo neste tipo de comparação. Comparando com fevereiro de 2011, a variação foi de -10,0%, acumulando no ano e nos últimos 12 meses variações de -1,5% e 3,0%, respectivamente. Em relação a janeiro, material de construção apresentou estabilidade para o volume de vendas (0,0%). Quando comparado com fevereiro de 2011, o volume de vendas variou 8,4%. No ano, a variação foi de 11,5% e de 8,3% nos últimos 12 meses.

Resultados foram positivos em todos os estados na comparação com fevereiro de 2011

Todas os 27 estados apresentaram resultados positivos na comparação com fevereiro de 2011 no que tange ao volume de vendas, sendo os principais Roraima (35,9%); Tocantins (19,6%); Mato Grosso do Sul (17,1%); Santa Catarina (16,2); e Paraná (15,9%). Quanto à participação, sobressaíram São Paulo (10,5%); Paraná (15,9%); Minas Gerais (8,5%); Rio Grande do Sul (11,2%) e Santa Catarina (16,2%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Roraima (21,5%); Tocantins (11,9%); Mato Grosso (11,6%); Piauí (7,9%); Rondônia (6,3%) e Maranhão (6,2%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (4,7%); Paraná (5,3%); Minas Gerais (2,7%); Mato Grosso (11,6%) e Santa Catarina (2,6%).

Os resultados com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam 13 estados com resultados positivos na comparação mês/mês anterior. As maiores variações foram em Alagoas (8,3%); Sergipe (4,9%); Amapá (5,0%); Tocantins (4,7%). As maiores quedas foram no Acre (-3,4%); Paraná (-3,2%); Rondônia (-3,1%) e Rio Grande do Sul (-1,8%).