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Vendas no varejo cresceram 2,6% em janeiro

O comércio varejista inicia 2012 registrando aumento de 2,6% no volume de vendas e de 3,6% na receita nominal...

23/03/2012 06h01 | Atualizado em 23/03/2012 06h01

O comércio varejista inicia 2012 registrando aumento de 2,6% no volume de vendas e de 3,6% na receita nominal, ambas as taxas com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 7,3% sobre janeiro do ano anterior e de 6,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 12,1% e de 11,4%, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/default.shtm.

Entre as atividades, sete têm variação positiva

Em janeiro de 2012, das dez atividades pesquisadas, sete obtiveram resultados positivos para o volume de vendas na série com ajuste sazonal. Em ordem decrescente das taxas, os resultados foram: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,4%); tecidos, vestuário e calçados (5,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%); material de construção (3,7%); livros, jornais, revistas e papelaria (2,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%); móveis e eletrodomésticos (0,4%); combustíveis e lubrificantes (-0,3%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,3%) e veículos e motos, partes e peças (-2,9%).

Na comparação entre janeiro de 2012 e o mesmo mês do ano passado (série sem ajuste), apenas combustíveis e lubrificantes obteve resultado negativo (-0,7%). Os demais resultados foram: 7,6% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 11,9% para móveis e eletrodomésticos; 15,1% para outros artigos de uso pessoal e doméstico; 8,6% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 32,7% para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 3,1% para tecidos, vestuário e calçados e 10,3% para livros, jornais, revistas e papelaria.

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo inicia o ano com variação de 7,6% no volume de vendas em janeiro sobre igual mês do ano anterior, sendo responsável pelo maior impacto na formação da taxa (50%). Isso ocorreu em virtude do aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimento real habitual dos ocupados, bem como da estabilidade do emprego, além do provável aumento da demanda, provocado pelo comportamento dos preços dos alimentos, abaixo da média, nos últimos 12 meses. Nos últimos 12 meses, a atividade cresceu de 7,6%.

A atividade de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 11,9% no volume de vendas em relação a janeiro do ano passado, foi a responsável pela segunda maior contribuição da taxa global do varejo (21%). No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento registra crescimento de 15,9%. O resultado mensal é atribuído ao crédito, à estabilidade do emprego e à estabilidade de preços, principalmente dos eletrodomésticos (-5,3%, nos últimos 12 meses, para aparelhos eletrônicos, segundo o IPCA).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo (14%), apresentou variação de 15,1% no volume de vendas em relação a janeiro de 2011. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade teve seu desempenho também influenciado pela evolução positiva da massa de salários e pelo crédito. A taxa acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,8%.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, com -0,7% de variação do volume de vendas em relação a janeiro de 2011, ficou responsável pelo menor impacto na formação da taxa global. A taxa acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,0%. Com os preços subindo a 6,1% no setor, e sem condições de substituição, provavelmente houve retração de demanda.

Varejo ampliado varia 1,4% em janeiro

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, variou 1,4% no volume de vendas e 1,7% na receita nominal, ambas com ajuste sazonal (comparadas com dezembro de 2011). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 7,7% para o volume de vendas e de 10,4% na receita nominal. No acumulado dos últimos 12 meses, as taxas de variação foram de 6,4% para o volume de vendas e 9,1% e para a receita nominal.

A atividade de veículos, motos, partes e peças cresceu 6,9% em relação a janeiro de 2011. Este resultado mostra uma aceleração do setor, pois as taxas de novembro e dezembro foram de -2,7% e -0,7%, respectivamente. Na comparação com dezembro, os resultados foram de –2,9% para o volume e de –2,1% para a receita nominal. No acumulando dos últimos 12 meses, a variação foi de 5,5% para o volume de vendas. Quanto a material de construção, as variações para o volume de vendas, foram de 13,7% em relação a janeiro de 11 e de 9,0% no acumulado dos últimos 12 meses. A atividade tem resultados positivos desde abril de 2011.

Resultados foram positivos em 25 estados na comparação com janeiro de 2011

Vinte e cinco das 27 unidades da federação apresentaram resultados positivos no volume de vendas, quando comparados a janeiro de 2012 com o mesmo mês do ano anterior. As variações negativas ficaram com Amazonas (-0,2%) e Rio Grande do Norte (-1,2%). Quanto às variações positivas, os destaques foram para Roraima (24,5%); Tocantins (22,8%); Mato Grosso do Sul (18,5%); Paraná (17,1%) e Amapá (15,3%). Quanto à participação na composição da taxa, sobressaíram São Paulo (7,8%); Paraná (17,1%); Rio Grande do Sul (10,2%); Santa Catarina (12,5%); Minas Gerais (4,6%) e Bahia (7,6%).

Em relação ao varejo ampliado, no que tange ao volume de vendas, apenas Amazonas (-1,5%) apresentou resultado negativo. Outros destaques foram Paraná (17,0%); Roraima (14,2%); Maranhão (14,7%); Piauí (11,8%) e Goiás (11,1%). Quanto ao impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (9,4%); Paraná (17,0%); Rio Grande do Sul (9,6%); Santa Catarina (7,1%); Bahia (7,9%) e Goiás 11,1%.

Ainda por unidades da federação e para o volume de vendas, os resultados com ajuste sazonal foram negativos em cinco estados: Minas Gerais (-0,4%); Amazonas (-0,6%); Rio Grande do Norte (-0,7%); Mato Grosso (-1,6%) e Tocantins (-5,4%). Os maiores acréscimos ocorreram em Roraima (17,8%); Paraná (9,4%); Amapá (8,6%) e Mato Grosso do Sul (6,6%).