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IPCA-15 de março fica em 0,25% e IPCA-E do trimestre em 1,44%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,25% em março, inferior à taxa de 0,53% de fevereiro...

22/03/2012 06h01 | Atualizado em 22/03/2012 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,25% em março, inferior à taxa de 0,53% de fevereiro. Com isto o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de janeiro, fevereiro e março) foi de 1,44%, bem abaixo do resultado de igual período de 2011 (2,35%). Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,61%, também abaixo dos doze meses anteriores (5,98%). Em março de 2011, a taxa havia ficado em 0,60%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

As informações do IPCA-E estão disponíveis na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipcae/default.shtm.

A forte redução dos efeitos da alta sazonal do grupo educação, que concentrou 5,66% em fevereiro enquanto em março passou para 0,51%, fez a taxa do IPCA-15 abaixar de 0,53% para 0,25% de um mês para o outro. Com isto o agrupamento dos não alimentícios passou de 0,60% em fevereiro para 0,26% em março.

Os preços dos alimentos continuaram desacelerando, indo dos 0,29% de fevereiro para 0,22% em março. O item carnes apresentou queda de -1,57% e, apesar de menos intensa do que no mês anterior, quando a queda foi de 2,10%, constituiu-se no principal impacto para baixo no índice de março: -0,04 ponto percentual. Além das carnes, outros alimentos se mostraram em queda, com destaque para o tomate (de -3,82% para -16,33%), açúcar cristal (de -1,82% para -2,57%), açúcar refinado (de -2,72% para -2,35%) e queijo (de 0,57% % para -0,85%). Do lado das altas, ficaram mais caros o quilo da cebola (de 1,13% para 15,36%) e do feijão preto (de 9,76% para 7,68%), além das frutas (de 0,58% para 4,70%).

Os grupos artigos de residência (de 0,22% para -0,31%) e comunicação (de 0,03% para -0,49%), ambos com resultados em queda, também contribuíram de forma significativa para a desaceleração do IPCA-15 do mês, assim como o grupo despesas pessoais (de 1,07% para 0,60%), que mostrou alta menor do que em fevereiro. Neste último, apesar do item empregado doméstico (de 1,78% para 1,38%) ter apresentado o maior impacto no mês, com 0,05 ponto percentual, a taxa foi bem mais moderada.

O grupo habitação (de 0,48% para 0,44%) ficou com resultado um pouco mais baixo do que no mês anterior tendo em vista a desaceleração na taxa de crescimento do aluguel residencial (de 1,20% para 0,45%) e do condomínio (de 0,68% para 0,48%).

Já os grupos vestuário (de -0,33% para 0,16%) e transportes (de -0,05% para 0,11%) ficaram mais elevados do que no mês anterior, enquanto saúde e cuidados pessoais (de 0,53% para 0,54%) se manteve muito próximo. Nos transportes, entre os itens que contribuíram para a elevação do grupo de um mês para o outro, destacam-se as passagens aéreas (de -8,83% para 1,35%), gasolina (de -0,30% para -0,18%), etanol (de -2,38% para -1,48%) e automóvel novo (de -0,45% para -0,04%). Nos artigos de vestuário a elevação é atribuída ao início da entrada da nova estação.

A seguir, os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados:

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,82%) em virtude do item empregado doméstico (7,81%), além dos ônibus urbanos (2,04%) e intermunicipal (6,83%). O menor foi o do Rio de Janeiro (-0,06%) sob influência dos empregados domésticos (-3,22%) e dos alimentos (-0,02%). A seguir, a tabela com os resultados por região:

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 11 de fevereiro a 14 de março de 2012 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de janeiro a 10 de fevereiro de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E é o IPCA-15 acumulado em períodos.