Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em fevereiro, IPCA-15 varia 0,53%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,53%, em fevereiro, taxa inferior à de 0,65% de janeiro...

17/02/2012 07h01 | Atualizado em 17/02/2012 07h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,53%, em fevereiro, taxa inferior à de 0,65% de janeiro. Nos dois primeiros meses do ano, a variação situa-se em 1,18%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,98%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,44%). Em fevereiro de 2011, a taxa havia sido de 0,97%. Esta é a primeira divulgação do IPCA-15 com a nova estrutura de pesos, que incorpora os resultados dos gastos de consumo da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, conforme comunicado em setembro de 2011. A metodologia e os critérios usados para a obtenção dos novos pesos estão disponíveis na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultsrm.shtm

O grupo Educação, com alta de 5,66%, apresentou a maior variação e o principal impacto de grupo. Contribuindo com 0,25 ponto percentual no índice do mês, foi responsável por 47% da taxa. Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, com destaque para os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 6,95% e constituíram-se no item de maior impacto individual no mês, com 0,19 ponto percentual. À exceção de Fortaleza, região metropolitana que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, as demais regiões situaram-se entre os 2,19% registrados na região metropolitana de Porto Alegre e os 10,68% de Recife. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.) a variação foi de 7,09%.

O grupo Despesas Pessoais (de 0,55% em janeiro para 1,07% em fevereiro), sob influência dos empregados domésticos (de 0,76% para 1,78%), ficou com a segunda maior variação do mês e impacto de 0,11 ponto percentual. Destacaram-se, ainda, os serviços de manicure (de 0,68% para 2,01%) e de cabeleireiro (de 0,44% para 0,84%).

Os artigos de residência (de –0,68% em janeiro para 0,22% em fevereiro) também apresentaram resultados superiores aos observados no mês anterior devido, principalmente, aos eletrodomésticos (de –1,67% para 1,22%) e ao item mobiliário (de –1,07% para 0,44%).

Enquanto os produtos não alimentícios ficaram com variação próxima, passando de 0,62% para 0,60% de janeiro para fevereiro, o grupo Alimentação e Bebidas (de 1,25% em janeiro para 0,29% em fevereiro), mostrou forte redução no ritmo de crescimento de preços, sobretudo nos alimentos consumidos fora do domicílio (de 1,47% para 0,65%). As carnes, de 2,03% para –2,10%, ficaram com -0,06 ponto percentual de impacto, a mais intensa para baixo. Vários alimentos mostraram-se mais baratos de um mês para o outro, com destaque para o tomate (de 11,22% para –3,82%), açúcar refinado (de -1,58% para –2,72%), açúcar cristal (de –1,52% para –1,82%) e pão francês (de 0,76% para –0,41%).

Além dos alimentos, os grupos Habitação (de 0,54% em janeiro para 0,48% em fevereiro), Vestuário (de 0,19% para -0,33%), Transporte (de 0,79% para –0,05%) e Comunicação (de 0,37% para 0,03%) também apresentaram redução nas taxas de um mês para o outro.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado no Rio de Janeiro (1,23%), em razão, principalmente, da alta nas tarifas dos ônibus urbanos (5,77%) tendo em vista o reajuste de 10% desde o primeiro dia do ano e, ainda, dos salários dos empregados domésticos (7,65%). O menor foi o índice de Fortaleza (-0,01%), cujo resultado dos produtos alimentícios foi de –0,20%.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de janeiro a 10 de fevereiro e comparados com aqueles vigentes de 14 de dezembro a 13 de janeiro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.