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IPCA de janeiro fica em 0,56%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,56% em janeiro, acima dos 0,50% de dezembro...

10/02/2012 07h01 | Atualizado em 10/02/2012 07h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,56% em janeiro, acima dos 0,50% de dezembro. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 6,22%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (6,50%). Em janeiro de 2011 a taxa havia ficado em 0,83%.

Esta é a primeira divulgação dos índices de preços com a nova estrutura de pesos, que incorpora os resultados dos gastos de consumo da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, conforme comunicado em setembro de 2011. A metodologia e os critérios usados para a obtenção dos novos pesos estão disponíveis na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultsrm.shtm
.

A maior parte do índice do mês foi decorrente dos grupos alimentação e bebidas (0,86%) e transportes (0,69%), com 0,34 ponto percentual de contribuição dos dois grupos. Os alimentos ficaram com 0,20 ponto, os transportes com 0,14 e, juntos, foram responsáveis por 61% do IPCA. Abaixo, os resultados por grupo de produtos e serviços pesquisados:

Os alimentos tiveram alta de 0,86%, mas ficaram abaixo da variação do mês de dezembro, quando atingiram 1,23%. As carnes, que vinham liderando os principais impactos nos meses anteriores, reverteram o movimento, indo para uma queda de 0,64% contra a alta de 4,11% em dezembro. Além das carnes, destacaram-se com resultados em queda: açúcar cristal (de -0,94% para -1,23%), açúcar refinado (de -1,26% para -0,75%), leite longa vida (de -1,41% para -1,13%), pão francês (0,91% para -0,30%) e frango em pedaços (de 1,65% para -0,13%). Outros itens, porém, tiveram aumentos expressivos como feijão carioca (8,84% para 15,06%), cenoura (de -4,95% para 11,29%), tomate (de 1,04% para 8,09%), batata-inglesa (de -4,46% para 8,01%), feijão preto (de 0,55% para 5,42%) e hortaliças (de -1,46% para 4,56%).

O agrupamento dos produtos não alimentícios ficaram em 0,47% acima da variação de dezembro, que foi 0,28%. Com 2,54% de aumento, as tarifas dos ônibus urbanos foram responsáveis pelo maior impacto individual do mês, 0,07 ponto percentual. A taxa foi influenciada pelo resultado de 8,80% do Rio de Janeiro, reflexo do reajuste de 10,00% no valor das tarifas a partir de 1º de janeiro. Houve aumento, também, em Belo Horizonte, onde a variação ficou em 7,75% tendo em vista o aumento de 8,16 % a partir de 30 de dezembro e em Recife (1,61%) com reajuste médio de 7,50% devido a diferenciação das tarifas a partir de 22 de janeiro.

Subiram ainda: passagens aéreas (de -2,05% para 10,61%), tarifas dos ônibus intermunicipais (de 0,54% para 3,23%), seguro voluntário (-6,86% para 2,69%) e conserto de automóvel ( de 0,49% para 0,71%). Assim, o grupo transporte apresentou variação de 0,69% em janeiro, enquanto havia ficado com zero em dezembro. Os combustíveis (de 0,35% para -0,45%), por outro lado, se mostraram em queda. Isto por conta da gasolina, que passou da alta de 0,30% para queda de 0,35%, além do etanol, que foi de 0,74% para -1,25%. Os preços dos automóveis usados intensificaram a queda, passando de -0,32% para -1,08%.

O grupo habitação também apresentou resultado mais alto de dezembro (0,45%) para janeiro (0,53%) em virtude da variação dos aluguéis (de 0,71% para 1,30%), condomínio (0,74% para 0,78%), taxa de água e esgoto (de 0,04% para 0,26%).

No grupo dos artigos de residência (de -0,87% para 0,16%), a principal pressão foi exercida pelos eletrodomésticos (de -2,68% para 0,88%).

No grupo despesas pessoais (0,68% para 0,71%), os destaques foram: hotel (de -0,15% para 4,01%), costureira (de 0,49% para 1,41%) e manicure (de 0,88% para 1,65%).

A taxa do grupo educação (de 0,05% para 0,39%) foi influenciada pelo resultado dos cursos regulares (0,35%), que refletiu os reajustes dos colégios da região metropolitana de Porto Alegre (4,37%).

Quanto à comunicação (de 0,07% para 0,21%), a alta foi em virtude do telefone fixo (de 0,22% para 0,84%), cujas tarifas foram reajustadas em torno de 2% a partir de 22 de dezembro.

Os artigos de vestuário (de 0,80% para 0,07%) ficaram abaixo de dezembro, assim como o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,44% para 0,30%). Seguem os resultados por grupos de produtos e serviços.

Dentre os índices regionais, o Rio de Janeiro (1,11%) apresentou a maior taxa sob impacto dos alimentos, que chegaram a aumentar 1,24% e, também, dos ônibus urbanos (8,80%), que tiveram reajuste de 10,00% a partir de 1º de janeiro. Fortaleza (0,07%) ficou com o mais baixo, justamente em razão da taxa dos alimentos (0,14%), que cresceu bem menos do que as demais regiões. A seguir, a tabela com os resultados por região:

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2011 a 27 de janeiro de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2011 (base).

INPC aumentou 0,51% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,51% em janeiro, igual ao mesmo resultado de dezembro. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,63%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (6,08%). Em janeiro de 2011 o INPC havia ficado em 0,94%. Os produtos alimentícios tiveram variação de 0,74% em janeiro, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,42%. Em dezembro, os resultados ficaram em 1,14% e 0,23 %, respectivamente.

Dentre os índices regionais, o Rio de Janeiro (1,48%) apresentou o maior resultado, sob impacto dos alimentos, que aumentaram 1,15% e, também, dos ônibus urbanos (8,80%), que tiveram reajuste 10,00% a partir de 1º de janeiro. Fortaleza (0,03%) ficou com o mais baixo, justamente em razão da taxa dos alimentos (0,01%), que cresceu bem menos do que as demais regiões:

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2011 a 27 de janeiro de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2011 (base).

Índices de preços ao consumidor passam a ser calculados com nova ponderação

Janeiro de 2012 é o primeiro mês em que os índices de preços ao consumidor são calculados com base nos valores de despesa obtidos na Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2008-2009. A POF é realizada a cada cinco anos pelo IBGE em todo o território brasileiro, o que permite atualizar os pesos (participação relativa do valor da despesa de um item consumido em relação à despesa total) dos produtos e serviços nos orçamentos das famílias. De julho de 2006 a dezembro de 2011 a base dos índices de preços ao consumidor era a POF de 2002-2003.

Com a atualização, os produtos e serviços podem ganhar, manter ou perder peso, refletindo as mudanças de consumo da população. Outra consequência é a entrada e saída de itens da cesta que compõe os índices.

Mudanças no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

O IPCA continua se referindo às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, o que equivale a 90% das famílias brasileiras. Os pesos dos grupos de produtos e serviços utilizados em janeiro comparados com os de dezembro do ano passado são apresentados no gráfico abaixo:

Alimentação e bebidas manteve-se como o grupo que mais pesa no orçamento das famílias, perdendo apenas 0,34 ponto percentual de janeiro para dezembro (passou de 23,46% para 23,12%). Embora o peso dos alimentos consumidos no próprio domicílio pouco tenha se alterado (de 15,08% para 15,15%), o peso dos alimentos para consumo fora do domicílio ficou 0,41 ponto percentual menor (mudou de 8,38% para 7,97%) diante da redução ocorrida nas bebidas. O peso da refeição fora do domicílio (almoço ou jantar) subiu pouco (de 4,65% para 4,80%) e se manteve na liderança, continuando a ser o principal item individual a influenciar os índices:

A segunda posição entre os grupos do IPCA continuou com os transportes, que foi o que mais ganhou peso: 1,85 ponto percentual a mais em relação ao mês de dezembro (subiu de 18,69% para 20,54%). As despesas com veículo próprio (de 7,33% para 10,32%) e combustíveis (de 4,55% para 5,35%) ficaram mais importantes no cálculo, enquanto o transporte público perdeu participação (de 6,82% para 4,87%).

O grupo habitação manteve-se em terceiro lugar e também ganhou peso de forma significativa, 1,37 ponto percentual a mais de dezembro para janeiro (subiu de 13,25% para 14,62%), sob influência da maior participação na despesa dos itens aluguel e taxas (de 6,60% para 6,76%), reparos (de 1,54% para 2,40%) e energia elétrica (de 3,12% para 3,43%).

O grupo dos artigos de residência, que era o último colocado em termos de participação no índice, teve ganho de 0,78 ponto percentual no seu peso (subiu de 3,90% para 4,68%) e passou a ocupar o penúltimo lugar. Isto ocorreu, principalmente, por conta do forte aumento do consumo dos artigos de TV, som e informática, cujo peso passou de 0,43% para 0,92%.

Dos cinco grupos que passaram a ter menor participação no IPCA de dezembro para janeiro, quem mais perdeu peso foi educação, ficando 2,84 pontos percentuais para trás (caiu de 7,21% para 4,37%), posicionando-se na última colocação entre os grupos, enquanto antes era o penúltimo. Com exceção dos artigos de papelaria (passou de 0,32% para 0,33%), os demais itens se reduziram, sobressaindo os cursos regulares (de 5,01% para 2,75%):

Destaca-se, por fim, o grupo das despesas pessoais, cujo peso recuou 0,60 ponto percentual em decorrência, principalmente, da menor participação do item recreação (de 3,43% para 3,07%), além do cigarro (de 1,03% para 0,78%).

Mudanças no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

Com a incorporação dos resultados da POF 2008-2009 aos índices de preços ao consumidor, o INPC passa a se referir às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, o que equivale a 50% das famílias brasileiras. A faixa utilizada até dezembro era de um a seis salários mínimos. O peso dos grupos utilizados em janeiro que apresentaram as maiores diferenças quando comparados com os de dezembro foram alimentação e bebidas (caiu de 30,67% para 28,27%) e transportes (subiu de 16,14% para 17,30%):