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Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos auxiliará na produção de pesquisas domiciliares

O IBGE lança, hoje 25/11/2011, mais um produto inédito do Censo 2010...

25/11/2011 09h01 | Atualizado em 08/01/2024 15h04

O IBGE lança, hoje 25/11/2011, mais um produto inédito do Censo 2010 - o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos - CNEFE. O Cadastro é uma lista com cerca de 78 milhões de endereços urbanos e rurais, que apoiará a realização das pesquisas domiciliares do IBGE, nesta década, facilitando a seleção das amostras (domicílios que serão visitados na pesquisa) e o acompanhamento das operações de coleta. Externamente, o Cadastro ajudará prefeituras, secretarias estaduais e municipais de planejamento e empresas públicas e privadas de estatística a produzir pesquisas, realizar levantamentos, executar ações emergenciais, entre outras finalidades. No Cadastro, é possível obter, gratuitamente, por exemplo, todos os endereços de um determinado distrito. O Cadastro pode ser acessado no link http://www.censo2010.ibge.gov.br/cnefe/

Primeiro arquivo público do gênero no país, o Cadastro de Endereços começou a ser produzido no Censo 2000, foi aprimorado em 2007 e, no Censo 2010, consolidou-se no produto que é hoje: 78.056.411 endereços urbanos e rurais, distribuídos pelos 316.574 setores censitários, classificados por tipo: unidades residenciais, unidades de ensino, unidades de saúde e outros. O Cadastro é uma listagem que contém, apenas, os endereços (nome do logradouro, número, complemento e coordenadas nos setores rurais), sem qualquer informação econômica ou social correspondente àquele endereço. O produto foi desenvolvido respeitando-se o princípio internacional da confidencialidade, segundo o qual “os dados individuais coletados pelos órgãos de estatística para elaboração de estatísticas, sejam referentes a pessoas físicas ou jurídicas, devem ser estritamente confidenciais e utilizados exclusivamente para fins estatísticos.”

O Cadastro deverá ser utilizado em maior escala pelos usuários especializados. A partir dele, um órgão de pesquisa estadual poderá, por exemplo, selecionar uma amostra de domicílios, em determinado município. No caso de catástrofes naturais, como enchentes e deslizamentos, as prefeituras podem descobrir quantas unidades residenciais havia em determinada localidade para facilitar o planejamento das ações de ajuda humanitária. Já no caso de grandes obras de infraestrutura, gestores públicos e empresas públicas e privadas poderão utilizar o Cadastro para avaliar o possível número de endereços atingidos.

Na coleta do Censo 2000, os recenseadores levaram para o campo um mapa impresso para orientar o percurso e, à medida que percorriam os locais, anotavam os endereços para aplicarem os questionários; parte desta lista – os endereços urbanos – originou o Cadastro de Endereços. Na operação censitária de 2007 (Contagem da População e Censo Agropecuário) parte dos endereços foram atualizados – exceto os setores pertencentes aos 129 municípios com mais de 170 mil habitantes que não foram incluídos na Contagem da População, e foi consolidada uma lista com cerca de 42 milhões de endereços.

O grande salto tecnológico do Cadastro de Endereços foi dado no Censo 2010, quando a Base Territorial (mapas digitais urbanos e rurais) foi integrada ao Cadastro de Endereços, inclusive possibilitando o georeferenciamento das localidades. Na ocasião, os recenseadores foram a campo portando PDAs (computadores de mão) contendo a malha digital dos setores urbanos com os endereços associados ao mapa, podendo atualizá-los. Os arquivos gráficos associados ao Cadastro serão disponibilizados pelo IBGE ao longo de 2012.