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Índice de Preços ao Produtor (IPP) de julho fica em 0,07%

Em julho de 2011, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,07% na comparação com o mês anterior, número superior ao observado em junho (-0,65%).

01/09/2011 06h01 | Atualizado em 01/09/2011 06h01

Em julho de 2011, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,07% na comparação com o mês anterior, número superior ao observado em junho (-0,65%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 4,87%. A variação acumulada em 2011 atingiu 0,63% em julho.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp.

10 das 23 atividades tiveram altas nos preços

Em julho de 2011, 10 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços na comparação com junho, contra 8 do mês anterior. As quatro maiores foram observadas em calçados e artigos de couro (2,65%), outros produtos químicos (-2,21%), bebidas (1,89%) e fumo (-1,78%). Os itens com maior influência foram outros produtos químicos (-0,25 p.p.), alimentos (0,24 p.p.), bebidas (0,05 p.p.) e calçados e artigos de couro (0,04 p.p.).

O indicador acumulado em 2011 atingiu 0,63%. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais estão equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,63%), calçados e artigos de couro (9,07%), borracha e plástico (8,07%) e têxtil (6,95%). Os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (0,69 p.p.), alimentos (-0,61 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,42 p.p.) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,35 p.p.).

Na comparação com o mesmo mês de 2010 (acumulado em 12 meses), a variação de preços ocorrida foi de 4,87%, contra 4,89% em junho. As quatro maiores variações de preços ocorreram em têxtil (19,92%), outros produtos químicos (16,51%), alimentos (15,41%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-14,87%).

Em julho de 2011, os preços de alimentos variaram em 1,35%, maior taxa desde novembro de 2010 e a primeira positiva desde janeiro de 2011. Com isso, o acumulado no ano saiu de – 4,54%, em junho, para – 3,25% em julho. Os preços estavam 15,41% superiores em julho de 2011 quando comparados ao mesmo mês do ano anterior. Este indicador foi impactado principalmente pelas variações positivas de açúcar cristal, açúcar demerara e carnes de bovinos e pela variação negativa nos preços dos sucos concentrados de laranja. Estes quatro produtos responderam por 0,99 p.p. da variação de 1,35%. Apesar do destaque das variações positivas na ponta da série, o indicador acumulado permanece negativo, influenciado por produtos que já aparecem nas análises de meses anteriores: açúcares e resíduos da extração de soja. Na perspectiva anual, açúcar cristal, açúcar refinado de cana, óleo de soja refinado e sucos concentrados de laranja sobressaíram em termos de influência (positivas em todos os casos).

Em julho de 2011 os preços de bebidas aumentaram 1,89% na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, a variação foi de 0,43%. Na comparação com julho de 2010, houve variação de 9,27%. Aguardente de cana-de-açúcar é o único produto com variação negativa, mas tanto no acumulado do ano quanto na comparação com julho de 2010, sua influência é positiva. Já em cervejas e chopes e xaropes para bebidas com fins industriais, com exceção do acumulado, as influências têm sido positivas.

Os preços de fumo retraíram em 1,78% quando comparados a junho. Com isso, o setor acumulou 5,17% de variação em 2011. Já na comparação com o mesmo mês de 2010, os preços estavam 8,01% menores em 2011. Os preços do setor têxtil apresentaram em julho uma variação negativa de 1,02% comparado ao mês anterior. O setor continuou a apresentar queda de preços, embora em um menor patamar se comparado ao observado em junho, cuja queda foi de 2,30%. Consequentemente, os índices referentes ao acumulado no ano e em 12 meses apresentaram uma menor variação de preços de, respectivamente, 6,95% e 19,92%. Os fios de algodão (singelos e retorcidos) e os tecidos de algodão tintos apresentaram as maiores influências negativas na atividade.

Em julho de 2011 os preços de calçados e produtos de couro, quando comparados ao do mês anterior, apresentaram variação de 2,65%, a maior da série. No acumulado do ano a variação alcançou 9,07%, maior da série, o que reforça tendência observada desde março de 2011 (3,69%), quando os aumentos acumulados superaram os observados durante todo o ano de 2010 (3,61%). Na comparação contra julho de 2010, o setor apresentou variação positiva de 10,20%, novamente a maior da série. A variação recente de preços reflete o aumento em dólar dos produtos de couros, em particular dos couros e peles de bovinos curtidos ao cromo ou secos.

O setor de refino de petróleo e produtos de álcool registrou variação de 0,28% em julho com relação a junho de 2011, o que representou a primeira variação positiva após dois meses consecutivos de queda. O indicador do mês de julho retoma uma trajetória ascendente no acumulado do ano, registrando 3,88% de janeiro a julho, voltando a patamares de maio de 2011, quando o índice do ano se encontrava em 3,92%. Nos últimos doze meses, a elevação de julho de 2010 a julho de 2011 foi 6,62%, contra 6,37% de junho de 2010 a junho de 2011. A inversão de trajetória dos preços do setor se deve, principalmente, pelo aumento no nível de preços do álcool etílico, uma vez que a safra 2011 de cana-de-açúcar, que nos meses anteriores proporcionou diminuições nos indicadores, não mais exerce pressões negativas neste sentido.

A atividade de fabricação de outros produtos químicos apresentou variação negativa de 2,21% no nível de preços de julho deste ano, quando comparado com junho de 2011. Este representa uma inversão de trajetória em julho, depois de uma elevação de 1,26% em junho. No ano, o setor acumula alta de 6,76%, e nos últimos dozes meses a variação positiva ficou em 16,51%. Neste setor, parte dos produtos ligados à indústria petroquímica registrou influência negativa, como no caso dos produtos de polipropileno, etileno e propeno, devido ao ajuste à queda nos preços internacionais, por conta, sobretudo, da maior oferta de produtos asiáticos e do oriente médio. Em sentido contrário, o setor de fabricação de adubos e fertilizantes registrou alta, como no caso dos produtos à base de NPK.

Em julho de 2011, os preços de borracha e plástico apresentaram variação positiva de 0,49% comparado ao mês anterior. No acumulado do ano a variação foi de 8,07%, maior que a registrada no mês anterior (7,55%). Na comparação contra julho de 2010, o setor apresentou variação de 8,17%, mantendo-se no mesmo nível que a verificada em junho para o mesmo período (8,09%). Nas comparações de mais longo prazo (acumulado do ano e em 12 meses), observa-se que continua havendo recuperação de preços, porém com menos intensidade.

Em julho de 2011, os preços de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos tiveram uma redução de 0,22% na comparação com junho. Com isso, o setor acumulou variação de –9,63% no ano. Já na comparação com julho de 2010, os preços estão 14,87% menores. Em relação ao mês imediatamente anterior houve queda de - 0,22%. Na perspectiva anual, a queda é de - 14,87%, números que mostram que os preços do setor vêm caindo de forma acentuada nos últimos 12 meses.

Em julho de 2011, os preços veículos automotores apresentaram variação positiva de 0,31% comparado a junho. No acumulado do ano, a variação foi de 0,47%. Em relação a julho de 2010, os preços do setor apresentaram variação negativa de 0,46%. Caminhões diesel com capacidade superior a 5t aumentou de preço em todas as comparações. O índice da atividade foi contido pela variação de automóvel para passageiros e gasolina, álcool ou bicombustível.