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IPCA de junho fica em 0,15%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho apresentou resultado de 0,15%, bem abaixo da taxa de maio (0,47%)...

07/07/2011 06h01 | Atualizado em 07/07/2011 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho apresentou resultado de 0,15%, bem abaixo da taxa de maio (0,47%), numa diferença de 0,32 ponto percentual. Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 3,87%, acima da taxa de 3,09% relativa a igual período de 2010. Considerando os últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,71%, acima dos 6,55% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em 2010 os preços haviam se mantido estáveis no mês de junho, com o resultado do IPCA exatamente em zero.

A forte redução na taxa de crescimento do IPCA de maio para junho é explicada, em grande parte, pela deflação registrada no grupo alimentação e bebidas, que, da alta de 0,63% em maio, passou para -0,26% em junho, aliada à queda ainda mais intensa do grupo transporte, que já havia apresentado -0,24% em maio e, em junho, registrou -0,61%.

Entre os alimentos, muitos ficaram mais baratos de um mês para o outro, destacando-se a batata-inglesa (de 6,02% em maio para -11,38% em junho) e a cenoura (de -9,30% para -16,31%). Mesmo entre os produtos alimentícios em alta, muitos mostraram desaceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro, como o queijo (de 1,90% para 1,05% em junho), o iogurte (de 2,07% para 1,01%), o leite em pó (de 1,60% para 0,62%) e o açúcar refinado (de 1,18% para 0,50%).

Nos não alimentícios, a variação foi de 0,28% em junho, enquanto havia se situado em 0,42% no mês de maio.

Nos transportes, o litro da gasolina, que havia apresentado variação de 0,85% em maio, teve taxa de -3,94% em junho, ficando na liderança dos principais impactos para baixo no IPCA, com -0,17 ponto percentual. A seguir veio o etanol, que havia registrado queda de 11,34% em maio e, em junho, continuou em queda, porém, menos acentuada (-8,84%). Juntos, os preços dos combustíveis caíram 4,25% em junho, gerando um impacto de -0,20 ponto percentual.

Com a queda nos preços dos combustíveis, o grupo transportes apresentou variação de -0,61%, apesar da alta das passagens aéreas (de -11,57% em maio para 12,85% em junho), item de maior impacto do mês, com 0,04 ponto percentual.

Ainda no grupo transportes, merecem destaque as tarifas dos ônibus urbanos que aumentaram 0,79% em junho, em consequência das variações nos ônibus do Rio de Janeiro (1,21%); em Belém (4,19%); e em Goiânia (8,23%). Além disso, os automóveis usados apresentaram aumento de preços (de -1,26% em maio para 0,43% em junho).

O grupo habitação também mostrou desaceleração, de 0,97% em maio para 0,58% em junho. Isso porque cresceram em menor ritmo itens como taxa de água e esgoto (de 2,32% em maio para 0,08%), aluguel residencial (de 0,95% para 0,84%), condomínio (de 1,01% para 0,92%) e energia elétrica (de 0,87% para 0,45%).

As despesas pessoais (de 0,72% em maio para 0,67% em junho) também desaceleraram em razão, principalmente, dos salários dos empregados domésticos (de 1,14% para 0,33%). Já no grupo saúde e cuidados pessoais, a redução no ritmo de aumento, de 0,73% em maio para 0,67% em junho, foi puxada pelos remédios, que deixaram de refletir o reajuste ocorrido no fim de março e passaram de uma taxa de 1,20% em maio para 0,47% em junho.

A maior variação de grupo foi observada nos artigos de vestuário (de 1,19% em maio para 1,25% em junho), com destaque para as roupas masculinas (de 1,38% para 1,54%). Quanto aos artigos de residência (de 0,09% em maio para 0,42% em junho), a alta se deveu aos itens mobiliário (de 0,16% para 0,35%) e eletrodomésticos (de -0,09% para 0,81%).

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,35%), onde o grupo alimentação e bebidas (0,22%) apresentou a maior taxa, puxada pelos alimentos consumidos fora do domicílio (1,50%). Curitiba (-0,15%) teve o menor resultado, influenciado, principalmente, pela queda dos combustíveis (-5,99%), que causou impacto de -0,44 ponto percentual no índice da região, conforme mostra a tabela a seguir.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 28 de maio a 28 de junho de 2011 (referência) com os preços vigentes de 29 de abril a 27 de maio de 2011 (base).

INPC varia 0,22% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,22% em junho, 0,35 ponto percentual abaixo do resultado de maio (0,57%). Assim, o acumulado nos seis primeiros meses do ano fechou em 3,70%, acima da taxa de 3,38% relativa a igual período de 2010. Considerando os últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,80%, também acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,44%). Em junho, de 2010 o INPC havia ficado em -0,11%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,29% em junho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,45%. Em maio, os resultados haviam sido de 0,58% e 0,57%, respectivamente.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Goiânia (0,60%), onde o grupo dos transportes (3,34%) apresentou a maior taxa, puxada pelas tarifas dos ônibus urbanos (8,23%). O menor índice foi o de Brasília (-0,08%), conforme mostra a tabela a seguir.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 06 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de maio a 28 de junho de 2011 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de abril a 27 de maio de 2011 (base).