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Produção industrial cresce 1,3% em maio

Em maio de 2011, a produção industrial avançou 1,3% frente ao mês anterior na série com ajuste sazonal,...

01/07/2011 06h01 | Atualizado em 01/07/2011 06h01

Em maio de 2011, a produção industrial avançou 1,3% frente ao mês anterior na série com ajuste sazonal, após interromper em abril (-1,2%) a sequência de resultados positivos iniciada em janeiro último. Em relação a igual mês do ano passado, o crescimento ficou em 2,7%, revertendo dois meses seguidos de taxas negativas nesse tipo de comparação: março (-1,3%) e abril (-1,5%). Com isso, o índice acumulado nos cinco primeiros meses do ano prosseguiu apontando expansão (1,8%) e mostrou ligeiro ganho frente ao acumulado até abril (1,6%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 4,5% em maio, acentuou a redução no ritmo de crescimento frente ao resultado de abril (5,4%) e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/.

A atividade industrial mostrou em maio um quadro de maior ritmo produtivo, expresso no avanço de 1,3% observado na comparação com o mês imediatamente anterior, devolvendo a queda de 1,2% assinalada em abril. Com isso, ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral permaneceu apontando expansão pelo quarto mês seguido, mas com claro movimento de redução no ritmo de crescimento nos últimos três meses. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o setor industrial registrou resultados positivos tanto no índice mensal (após dois meses de queda nesse tipo de confronto) como no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, com predomínio de taxas positivas para a maior parte dos segmentos investigados, com destaque para os setores associados à produção de bens de capital.

Entre os ramos, 19 registraram alta e oito tiveram queda em maio

Com o avanço de 1,3% observado no total da indústria entre abril e maio, o patamar de produção do setor alcançou o ponto mais elevado desde o início da série histórica. Esse aumento no ritmo de atividade em maio foi verificado na maior parte (19) dos vinte e sete ramos pesquisados, com destaque para as expansões vindas de alimentos (3,9%), produtos de metal (12,8%), veículos automotores (3,5%), máquinas e equipamentos (4,8%), refino de petróleo e produção de álcool (4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,4%). Vale citar que esses setores registraram, respectivamente, redução na produção no mês anterior de -3,0%, -10,2%, -2,9%, -5,0%, -0,6% e -9,8%. Por outro lado, a principal pressão negativa ficou com a indústria farmacêutica (-12,1%), que devolveu parte dos 18,9% acumulados entre abril de 2011 e dezembro de 2010, vindo a seguir metalurgia básica (-1,9%), bebidas (-2,2%), edição e impressão (-2,4%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-5,3%).

Ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, o segmento de bens de consumo duráveis (2,7%) alcançou o resultado mais elevado entre as categorias de uso, recuperando parte da queda de 10,0% observada em abril. Os segmentos de bens de capital (1,7%) e de bens intermediários (1,5%) também registraram taxas positivas em maio, após assinalarem, respectivamente, recuo de 2,9% e de 0,6% no mês anterior. A produção de bens de consumo semi e não duráveis mostrou queda em abril (-1,5%) e estabilidade em maio (0,0%).

Média móvel trimestral ficou em 0,2%

Na evolução do índice de média móvel trimestral, o total da indústria permaneceu apontando expansão pelo quarto mês seguido, com o trimestre encerrado em maio assinalando variação positiva de 0,2% frente o nível do mês anterior, mas com redução no ritmo de crescimento na comparação com os resultados de março (0,9%) e de abril (0,4%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o destaque ficou com a produção de bens de capital, que avançou 0,8% em maio e manteve a sequência de taxas positivas iniciada em novembro do ano passado. Os demais resultados positivos foram observados nos segmentos de bens intermediários (0,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%), que prosseguiram com a trajetória ascendente iniciada em outubro e dezembro de 2010, respectivamente. O setor produtor de bens de consumo duráveis (-1,1%) registrou a única taxa negativa em maio, após também mostrar queda no mês anterior (-2,4%).

Na comparação com maio de 2010, produção industrial avança 2,7%

Na comparação de maio de 2011 com maio de 2010, a produção industrial avançou 2,7%, com a maioria (19) das 27 atividades pesquisadas apontando crescimento. Vale citar que maio de 2011 (22 dias) teve um dia útil a mais que maio de 2010 (21 dias). Os impactos positivos de maior importância na formação do índice global vieram de veículos automotores (6,0%), refino de petróleo e produção de álcool (8,0%), produtos de metal (13,0%), outros equipamentos de transporte (13,2%), máquinas e equipamentos (3,5%) e fumo (20,2%). Nessas atividades, sobressaíram principalmente os itens: caminhões e caminhão-trator para reboques; gasolina automotiva e óleo diesel; partes e peças para bens de capital; aviões e motocicletas; fornos microondas, aparelhos elevadores e transportadores de mercadorias, motoniveladores e aparelhos carregadoras-transportadoras; e fumo processado. Entre os oito ramos que registraram queda na produção, as principais pressões sobre a média da indústria vieram de têxtil (-13,4%), bebidas (-6,4%) e edição e impressão (-2,6%), influenciados em grande parte pelos recuos na fabricação dos itens tecidos de algodão e toalhas de banho, rosto e mãos de algodão, no primeiro setor, refrigerantes, cervejas e chope, no segundo, e livros, brochuras e impressos didáticos e jornais no último.

Entre as categorias de uso, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os resultados foram positivos, com bens de capital (7,1%) assinalando ritmo bem superior ao do total da indústria (2,7%), impulsionado principalmente pelo crescimento nos subsetores de bens de capital para transporte (16,7%) e para construção (24,8%) e, em menor escala, por bens de capital para fins industriais (0,8%). Nesses grupamentos sobressaíram a maior fabricação dos itens caminhões, caminhão-trator para reboques e aviões; motoniveladores, aparelhos carregadoras-transportadoras e tratores para terraplenagem; e máquinas e equipamentos para indústrias extrativas e de celulose. Por outro lado, bens de capital para uso misto (-4,0%), agrícolas (-3,6%) e para energia elétrica (-0,1%) exerceram os impactos negativos no total da categoria de uso.

Ainda no confronto com maio de 2010, avançando abaixo do total da indústria figuraram os setores produtores de bens intermediários (2,4%), de bens de consumo duráveis (2,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (2,0%). No primeiro segmento, as influências positivas mais relevantes vieram dos produtos associados às atividades de veículos automotores (11,5%), produtos de metal (18,3%), indústrias extrativas (3,0%), refino de petróleo e produção de álcool (2,4%) e minerais não metálicos (4,9%), enquanto as principais pressões negativas foram observadas em têxtil (-10,8%), alimentos (-5,0%) e celulose e papel (-1,3%). Nessa categoria de uso, vale destacar os índices positivos registrados pelos grupamentos de insumos para construção civil (3,9%), que interrompeu dois meses seguidos de queda, e de embalagens (0,6%), que manteve a sequência de 20 meses de taxas positivas. O desempenho positivo de bens de consumo duráveis frente a maio de 2010 foi particularmente influenciado pela maior fabricação de telefones celulares (44,7%), de motocicletas (21,6%) e de artigos de mobiliário (2,4%), uma vez que os itens automóveis (-6,9%) e eletrodomésticos (-1,0%), tanto os da “linha branca” (-2,1%) como os da “linha marrom” (-14,8%), assinalaram recuo na produção. Na indústria produtora de bens de consumo semi e não duráveis (2,0%), o índice mensal foi impulsionado em grande parte pelo crescimento de 18,5% registrado pelo grupamento de carburantes, influenciado não só pela maior fabricação de gasolina automotiva em maio desse ano, mas também pela baixa base de comparação em função da paralisação parcial em importante planta industrial em maio do ano passado. Nessa categoria de uso, os segmentos de outros não duráveis (1,0%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,3%) apontaram avanços mais moderados, enquanto semiduráveis (-5,7%) assinalou o único resultado negativo.

No acumulado em 2011, 17 das 27 atividades tiveram crescimento

No índice acumulado para janeiro-maio de 2011, contra igual período do ano anterior, o crescimento foi de 1,8% para o total da indústria, sustentado pelos resultados positivos em todas as categorias de uso e na maior parte (17) das vinte e sete atividades investigadas. O ramo de veículos automotores, com expansão de 6,9%, se manteve como o de maior influência positiva na formação do índice geral, impulsionado pelo avanço na produção de aproximadamente 83% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhões, veículos para transporte de mercadorias e caminhão-trator para reboques. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutica (6,6%), refino de petróleo e produção de álcool (3,6%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (21,2%), máquinas e equipamentos (2,4%), minerais não metálicos (4,7%) e indústrias extrativas (2,9%). Em termos de produtos, os destaques nesses ramos foram: aviões e motocicletas; medicamentos; gasolina automotiva e óleo diesel; relógios de pulso; motoniveladores e aparelhos carregadoras-transportadoras; ladrilho e placas de cerâmica e cimentos “portland”; e minérios de ferro. Por outro lado, entre os dez ramos com queda na produção sobressaíram os recuos vindos de têxtil (-11,9%), outros produtos químicos (-3,3%), bebidas (-3,7%) e alimentos (-1,0%), pressionados respectivamente pela menor fabricação dos itens tecidos de algodão e toalhas de banho, rosto e mãos de algodão; herbicidas para uso na agricultura; preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; e açúcar cristal e sucos de laranja.

Entre as categorias de uso, o perfil dos resultados para o acumulado dos cinco primeiros meses de 2011 mostrou maior dinamismo frente a igual período do ano anterior, com o segmento de bens de capital (6,4%) apontando a taxa mais elevada, impulsionado em grande parte pelos avanços nos subsetores de bens de capital para transporte e para construção, seguido por bens de consumo duráveis (2,3%), ambos com crescimento acima da média nacional (1,8%). Os setores produtores de bens intermediários (1,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,5%) também registraram expansão, mas ficaram abaixo do total da indústria.