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IBGE publica Monitoramento da Variação das Coordenadas de Estações da Rede SIRGAS

O IBGE disponibiliza a partir de hoje (28/06/2011), na Internet, a publicação “Monitoramento da Variação das Coordenadas de Estações da Rede SIRGAS” ...

Editoria: Geociências

28/06/2011 09h01 | Atualizado em 22/03/2019 11h06

O IBGE disponibiliza a partir de hoje (28/06/2011), na Internet, a publicação “Monitoramento da Variação das Coordenadas de Estações da Rede SIRGAS” (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas). Ela apresenta os resultados do monitoramento do sistema no período de 2003 a 2010, envolvendo a determinação de coordenadas geodésicas (latitude, longitude e altitude) de aproximadamente 130 estações GNSS (Sistemas de Navegação Global por Satélites, como o norte-americano GPS - Sistema de Posicionamento Global) distribuídas principalmente no continente sul-americano.

O acompanhamento da geração das coordenadas pela Rede SIRGAS ao longo do tempo possibilita a determinação de eventuais deslocamentos sofridos pelo continente, como movimento das placas e terremotos, e de movimentos de âmbito local, como recalques ou elevações do terreno.

A publicação completa pode ser acessada na página:
ftp://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_sobre_posicionamento_geodesico/sirgas/relatorio/sirgas_2003_2010_27_6_11.pdf.

Em 2005, o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS) foi oficialmente adotado como a nova referência para o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN). Isso significa que, a partir de 2014, após um período de dez anos de transição, serão consideradas oficiais apenas as informações produzidas tendo o SIRGAS como referência. Um sistema geodésico de referência é um sistema coordenado que, na prática, serve para a obtenção de coordenadas, que possibilitam a representação e localização em mapa de qualquer elemento da superfície do planeta.

A diferença fundamental entre o SIRGAS e os antigos referenciais utilizados no Brasil é que estes são topocêntricos, ou seja, seu ponto de origem e orientação está na superfície da Terra; enquanto o SIRGAS tem concepção geocêntrica, isto é, adota como origem um ponto calculado computacionalmente no centro da Terra. Adotando-se o referencial geocêntrico, é possível fazer uso direto da tecnologia GNSS, uma importante ferramenta para a atualização de mapas, controle de frota de empresas transportadoras, navegação aérea, marítima e terrestre em tempo real.

Além disso, a adoção do SIRGAS pela América Latina contribui para o fim de uma série de problemas originados na discrepância entre as coordenadas geográficas apresentadas pelo sistema GNSS e aquelas encontradas nos mapas utilizados no continente. O SIRGAS permite, entre outras coisas, integrar com precisão a cartografia dos países vizinhos, sendo indispensável em grandes projetos conjuntos como estradas, hidrelétricas ou gasodutos, entre outros.

Desde 2008, o IBGE é responsável pelo Centro de Processamento SIRGAS, que determina de forma sistemática as coordenadas das estações pertencentes à Rede SIRGAS-CON (Rede SIRGAS de Operação Contínua) no Brasil e na América do Sul. Esse centro é um dos oito que fazem parte de um projeto de cooperação internacional envolvendo vários países das Américas, tendo por finalidade a manutenção de um sistema de referência geodésico fundamental para o continente.

Mais informações sobre o SIRGAS podem ser encontradas na página www.sirgas.org.