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PAIC: Em 2009, valor de incorporações, obras e serviços da construção foi de R$ 199,5 bilhões, 12,1% a mais que 2008

Em 2009, as empresas de construção realizaram incorporações, obras e serviços no valor de R$ 199,5 bilhões ...

17/06/2011 07h01 | Atualizado em 17/06/2011 07h01

Em 2009, as empresas de construção realizaram incorporações, obras e serviços no valor de R$ 199,5 bilhões, registrando crescimento, em termos reais, de 12,1% na comparação com o ano anterior. Excluindo-se as incorporações, o valor das obras e serviços da construção atingiu R$ 193,7 bilhões e, desse montante, R$ 85,5 bilhões vieram das obras contratadas por entidades públicas, que representaram 44,1% do total das construções, participação ligeiramente maior do que a verificada em 2008 (43,2%).

O número de empresas ativas com uma ou mais pessoas ocupadas na indústria da construção aumentou em 11,6%, de 57 mil em 2008 para 64 mil em 2009.

O gasto total com o pessoal ocupado correspondeu a 30,3% do total dos custos e despesas das empresas de construção (0,9 ponto percentual a mais do que em 2008) e chegou a R$ 48,3 bilhões, sendo R$ 31,8 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

Entre as empresas de construção com 30 ou mais pessoas ocupadas, os produtos das obras de infraestrutura se destacaram em 2009 pela contribuição de 49,7% do total dos valores das obras e/ou serviços (R$ 83,1 bilhões), apesar de ter registrado perda de participação de 1,2 p.p. em relação a 2008. Já os grupos de obras residenciais e de edificações industriais, comerciais e outras edificações não residenciais, contribuíram com 17,1% e 18,4% para o total do valor das obras e/ou serviços em 2009 e aumentaram suas participações em 2,4 p.p. e 0,5 p.p. em relação a 2008, respectivamente.

Essas e outras informações podem ser encontradas na Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) 2009, que levanta informações sobre o segmento empresarial da indústria da construção em todo o território nacional.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página http://ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/paic/2009/default.shtm

Em 2009, o universo de empresas com uma ou mais pessoas ocupadas na indústria da construção abrangeu 64 mil empresas ativas, um aumento de 11,6% sobre as 57 mil empresas observadas em 2008.

As incorporações, obras e serviços realizadas pelas empresas de construção chegaram ao valor de R$ 199,5 bilhões e registraram, em termos reais, expansão de 12,1% na comparação com o ano anterior. Excluindo-se as incorporações, o valor das obras e serviços da construção atingiu R$ 193,7 bilhões, sendo que deste montante R$ 85,5 bilhões vieram das obras contratadas por entidades públicas, que representaram 44,1% do total das construções, participação ligeiramente maior do que a verificada em 2008 (43,2%). A receita operacional líquida avançou 12,0% em termos reais entre 2008 (R$ 154,6 bilhões) e 2009 (R$ 189,0 bilhões).

O gasto total com o pessoal ocupado correspondeu a 30,3% do total dos custos e despesas das empresas de construção, resultado superior à participação em 2008 (29,2%), e atingiu o valor de R$ 48,3 bilhões, dos quais R$ 31,8 bilhões foram em salários, retiradas e outras remunerações. O salário médio mensal avançou 9,2%, passando de R$ 1.095 em 2008 para R$ 1.196 em 2009, porém em termos de salários mínimos houve ligeira queda de 2,7 para 2,6 salários mínimos mensais. Não se tratou, contudo, de perda de poder aquisitivo, mas sim consequência do reajuste de 12,6% do valor do salário mínimo, que teve ganho real de 7,9% entre esses dois anos.

Vários fatores contribuíram para os resultados positivos da indústria de construção, com destaque para o crescimento no número de postos de trabalho com carteira assinada e do rendimento real, o aumento dos desembolsos do sistema BNDES com ênfase em infraestrutura, a expansão das obras realizadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a redução para alíquota zero do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 30 tipos de materiais de construção e a expansão do crédito imobiliário.

Nas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, participação de obras residenciais aumenta de 14,7% para 17,1%

Em 2009, o valor das incorporações, obras e/ou serviços executados teve crescimento real de 14,8% para as empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas (estrato certo da pesquisa).

Destaca-se o desempenho das obras de infraestrutura, grupo de maior peso na construção, com valor de R$ 83,1 bilhões e participação de 49,7% do total dos valores das obras e/ou serviços. Os segmentos de maior destaque foram os de rodovias e ferrovias, com contribuição de R$ 28,2 bilhões, e geração e distribuição de energia elétrica, com R$ 13,7 bilhões.

O valor do segmento de obras residenciais foi de R$ 28,6 bilhões, em função principalmente, do resultado observado em edifícios residenciais (R$ 27,6 bilhões), produto de maior peso individual na construção e diretamente influenciado pela evolução do crédito imobiliário. Este segmento representou 17,1% do total dos valores das obras e/ou serviços em 2009, tendo aumentado sua participação em 2,4 pontos percentuais em comparação à participação do ano anterior (14,7%).

Os produtos do grupo de edificações industriais, comerciais e outras edificações não residenciais atingiram, em conjunto, cerca de R$ 30,7 bilhões em 2009, representando 18,4% do total dos valores das obras e/ou serviços. Esse avanço de 0,5 ponto percentual em comparação à participação observada no ano anterior foi impulsionado pelo desempenho de R$ 10,4 bilhões em edifícios comerciais (shoppings, supermercados, lojas etc.).

Aumenta a participação de edificações na receita bruta

Tal como no ano anterior, em 2009 as empresas da atividade de obras de infraestrutura se destacaram com participação de 47,0% do total da receita bruta (R$ 95,8 bilhões), menos 1,6 ponto percentual frente à participação observada em 2008 (48,6%, ou R$ 81,0 bilhões). Já as empresas do setor de edificações contribuíram com cerca de R$ 80,4 bilhões em 2009, 39,5% do total, crescendo 3,3 p.p. em relação a 2008 (R$ 60,3 bilhões), enquanto as empresas de serviços especializados para a construção, que tiveram R$ 27,6 bilhões de receita bruta em 2009, responderam por 13,5% do total, perdendo participação em relação a 2008 (15,2%).

Segundo as faixas de pessoal ocupado, só as empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas apresentaram aumento de participação: de 40,6% em 2008 para 45,3% em 2009.

Em comparação a 2008, os valores dos custos e despesas tiveram crescimento real de 9,8%, acompanhando a expansão das incorporações, obras e serviços da construção (12,1%). Os gastos com salários, retiradas e outras remunerações representaram, em 2009, cerca de 20,0% do total dos custos e despesas da construção, participação superior à de 2008 (19,4%).

Em 2009, os investimentos realizados em ativos imobilizados para todas as empresas do setor totalizaram cerca de R$ 5,8 bilhões. O investimento em máquinas e equipamentos foi o principal destaque representando 44,2% do total investido, seguido por terrenos e edificações (31,2%), meios de transporte (17,8%) e outras aquisições – móveis, microcomputadores, etc. (6,8%).

Em comparação ao ano de 2008 na estrutura dos investimentos, observa-se alteração no ranking, com mudanças na participação em terrenos e edificações, que saiu de 14,4% para 31,2%, em decorrência da aquisição de terrenos e edificações pelas empresas de construção de edifícios; e de máquinas e equipamentos, que passou de 53,8% para 44,2% entre 2008 e 2009.