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IPCA-15 de abril fica em 0,77%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) no mês de abril apresentou variação de 0,77%, ficando 0,17 ponto percentual acima do resultado de 0,60% de março...

20/04/2011 06h01 | Atualizado em 20/04/2011 06h01

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) no mês de abril apresentou variação de 0,77%, ficando 0,17 ponto percentual acima do resultado de 0,60% de março. No acumulado no ano, a variação situou-se em 3,14%. Considerando os últimos doze meses, o índice ficou em 6,44%, acima dos doze meses anteriores (6,13%). Em abril de 2010, a taxa havia ficado em 0,48%.

Os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,46% para 0,79%) e Transportes (de 1,11% para 1,45%) foram os principais responsáveis pelo maior ritmo de crescimento do IPCA-15 de março para abril. Com isto a taxa de 0,77% teve 0,46 ponto percentual de contribuição dos dois grupos, sendo 0,27 ponto dos transportes e 0,19 dos alimentos o que significa 60% do índice.

No grupo Transporte os destaques foram os combustíveis com 5,26% de variação e a maior contribuição individual do mês: 0,24 ponto percentual, sendo 0,17 ponto da gasolina, que passou de 0,76% para 4,28% e 0,07 ponto do etanol, que passou de 4,68% para 16,40%. Ainda nos Transportes, há que se destacar, as tarifas dos ônibus urbanos (de 0,83% para 0,62%) e intermunicipais (de 1,94% para 0,87%) ainda que a taxa tenha sido menor em abril.

Ainda nos transportes, outros itens importantes exerceram pressão, dentre eles: conserto de automóveis (de -0,12% para 1,65%), automóvel usado (de -1,54% para 1,37%) e estacionamento (de 0,09% para 4,06%). Por outro lado, as passagens aéreas apresentaram queda de 9,39% contra 29,16% em março e os automóveis novos continuaram em queda (de -0,29% para -0,39%).

Quanto aos alimentos (0,79%), vários itens contribuíram para este resultado, destacando-se: cebola (de 3,67% para 22,56%), leite pasteurizado (de -0,38% para 1,58%), batata-inglesa (de 9,66% para 10,05%%), feijão carioca (de -6,91% para 5,99%), pescados (de 0,08% para 2,91%), ovo (de 4,22% para 4,43%), frango em pedaços (de 1,53% para 2,45%), café moído (de 2,09% para 2,10%), entre outros. Em queda, os destaques foram as carnes (de -2,33 % para -0,43%) que continuaram em queda, porém em menor ritmo, o açúcar refinado (-2,55% para -2,49%) e as frutas (de 3,33% para -0,81%).

O grupo Habitação passou de 0,39% em março para 0,72% em abril, sendo influenciado, principalmente, pelo aluguel residencial (de 0,40% para 0,76%) e condomínio (de 0,60% para 0,99%). As contas de água e esgoto também contribuíram, pois sofreram reajuste em Brasília (7,23%) a partir de 1º de março e Curitiba (16,00%) a partir de 19 de março, o que fez com que o item apresentasse o resultado de 1,06% em abril contra 0,41% de março. As tarifas de energia elétrica (de 0,22% para 0,59%) foram reajustadas nas seguintes regiões: Rio de Janeiro (10,57%) em 15 de março, São Paulo (10,60%) em 1º de abril, Belo Horizonte (3,60%) em 8 de abril e Porto Alegre (reajuste de 3,92% na taxa de iluminação pública a partir de 1º de abril).

Refletindo a entrada da coleção da nova estação, os artigos de Vestuário também subiram, 1,46% em abril ao passo que em março haviam apresentado queda de 0,37%. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que havia variado 0,35% em março passou para 0,57% em abril, refletindo parte do reajuste médio de 4,77%, nos preços de um conjunto de remédios, a partir de 31 de março.

Os eletrodomésticos (de -0,54% para -0,98%), os itens de TV, som e informática (de -0,90% para -0,60%) e mobiliário (de 1,10% para 0,24%) fizeram com que os artigos de residência passassem de 0,26% para -0,07%.

Com a alta dos Transportes e de outros itens, o agrupamento dos produtos não alimentícios passou de 0,64% para 0,76 %.

A seguir os resultados por grupo.

Dentre os índices regionais o maior foi registrado em Curitiba (1,26%) em virtude do reajuste de 13,64% nas passagens dos ônibus urbanos a partir de 5 de março e do reajuste de 16,00% nas tarifas de água e esgoto concedido a partir de 19 de março. O menor foi o de Brasília (0,42%) onde os alimentos variaram 0,17%. A seguir a tabela com os resultados por região:

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de março a 12 de abril e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 15 de março de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.