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IBGE começa a divulgar mensalmente o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

O IBGE inicia em 5 de abril a divulgação mensal de um novo indicador, o Índice de Preços ao Produtor (IPP)...

25/03/2011 06h01 | Atualizado em 25/03/2011 06h01

O IBGE inicia em 5 de abril a divulgação mensal de um novo indicador, o Índice de Preços ao Produtor (IPP). Serão apresentados os resultados completos de 2010, os dados de janeiro e fevereiro de 2011 e as principais características metodológicas do índice, que mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A pesquisa amplia as possibilidades de análises da evolução dos preços no país. O quadro abaixo mostra o calendário de divulgação do IPP para o ano de 2011, que também está disponível no site www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/calendario.php.

Para explicar aos jornalistas o que é o novo índice, como ele é calculado e sua importância, serão realizados dois seminários: um nesta segunda-feira (28/03), às 9h30, na sede do IBGE no Rio de Janeiro; e outro na quarta-feira (30/03), às 10h, na sede da Unidade Estadual do IBGE em São Paulo. Os seminários são gratuitos e, para se inscrever, os jornalistas devem enviar uma mensagem para o e-mail comunica@ibge.gov.br.

Para as empresas, o Índice de Preços ao Produtor permitirá maior poder de análise, através do acompanhamento da variação dos preços dos setores fornecedores, clientes e até uma comparação da estratégia da própria empresa com o seu setor. Para o governo, o IPP ampliará o leque de indicadores para auxiliar na formulação da política econômica. Para o IBGE, os dados obtidos vão integrar o conjunto de indicadores utilizados na mensuração do Produto Interno Bruto (PIB).

Inicialmente, o IPP está restrito às indústrias de transformação, conjunto de empresas que processam matérias-primas com vistas a produzir mercadorias. São cobertos 23 setores, como produtos alimentícios, veículos automotores, derivados de petróleo e biocombustíveis, outros produtos químicos, metalurgia básica, máquinas e ferramentas e computadores, produtos eletrônicos, entre outros. No futuro, a previsão é que sejam agregados resultados para agropecuária, indústrias extrativas, construção civil e serviços.

A coleta do IPP é feita todos os meses por meio de questionários na internet, protegidos por modernas ferramentas de criptografia. São 1.400 empresas que respondem mensalmente sobre 320 produtos selecionados, gerando 5.000 cotações mensais. Esse painel responde por aproximadamente 68% das vendas industriais brasileiras em 2007. Números já divulgados podem sofrer pequenas alterações, já que empresas podem rever os dados ou informar preços não prestados antes.

Serão divulgadas todo mês as variações em relação ao mês anterior, ao mesmo mês do ano anterior e a dezembro do ano anterior (acumulado do ano).

Os estudos para a produção do índice começaram em 2001 e o projeto piloto ficou pronto em 2006, com questionários específicos para cada um dos produtos pesquisados. Os aspectos físicos e comerciais desses produtos foram definidos de modo a evitar que certas mudanças de características (lançamento de novas coleções de moda, por exemplo) sejam confundidas com alterações de preços. O indicador utiliza a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.0, com uma abertura adicional na indústria química: