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Em janeiro, vendas no varejo crescem 1,2% e receita nominal sobe 1,1%

Em janeiro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,2% no volume de vendas em relação ao mês anterior...

15/03/2011 06h01 | Atualizado em 15/03/2011 06h01

Em janeiro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,2% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,1%. Com isso, o setor completa nove meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e 13 meses seguidos em receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 8,3% sobre janeiro de 2010 e 10,7% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 13,3% e 14,5%, respectivamente.

Entre atividades, seis têm variação positiva

Na série com ajuste sazonal, seis das 10 atividades obtiveram variações positivas em volume de vendas: Móveis e eletrodomésticos(2,7%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%); Material de construção(1,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,5%); Tecidos, vestuário e calçados (0,5%); Combustíveis e lubrificantes (0,3%); Livros, jornais, revistas e papelaria(-2,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,1%) e Veículos e motos, partes e peças (-7,1%).

Já na comparação com janeiro de 2010, todas as atividades cresceram. Os resultados, por ordem de importância no resultado global, foram: Móveis e eletrodomésticos (19,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,7%); Tecidos, vestuário e calçados (9,8%); Combustíveis e lubrificantes (6,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (12,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,4%).

Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 19,1% no volume de vendas em relação a janeiro do ano passado, foi responsável pela principal contribuição da taxa global do varejo (43%). No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento registra crescimento da ordem de 18,4%. O resultado mensal é atribuído ao crédito, à manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, como também à estabilidade de preços, principalmente quanto aos eletrodomésticos (-2,0%, nos últimos 12 meses, para Aparelhos eletrônicos no IPCA do IBGE).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo inicia o ano com variação de 4,2% no volume de vendas em janeiro sobre igual mês do ano anterior, proporcionando o segundo maior impacto na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista (25,0%). O desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimento real habitual dos ocupados, bem como da estabilidade do emprego, como visto anteriormente. O setor não proporcionou a principal contribuição nesse início de ano, devido, provavelmente, à retração da demanda, provocada pelo aumento dos preços dos alimentos nos últimos 12 meses. Em termos de acumulado nos últimos 12 meses, a atividade apresenta crescimento de 8,4%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a terceira maior participação na formação da taxa global do varejo (9,0%), apresentou crescimento de 12,7% na comparação com janeiro de 2010 e taxa acumulada nos últimos 12 meses de 12,1%. O crescimento acima da média se deve à expansão da massa de salários e à oferta de crédito, bem como ao caráter de uso essencial e permanente dos produtos do setor. Cabe ressaltar, que os preços dos remédios ficaram abaixo da média segundo o IPCA (3,2% nos Produtos Farmacêuticos contra 6,0% no índice geral).

Tecidos, vestuário e calçados apresentou taxa de variação de 9,8% com relação a igual mês do ano anterior e variação de 11,1% para os últimos 12 meses. O resultado positivo acima da média pode ser explicado pela recuperação do setor após a crise financeira mundial iniciada no quarto trimestre de 2008, além do aumento da receita corroborado pelos aumentos de preços no ramo ao longo do ano de 2010 (variação de 7,4% no grupo Vestuário, contra uma inflação média de 6,0%, para os últimos 12 meses, segundo o IPCA).

Combustíveis e lubrificantes, com 6,3% de variação do volume de vendas na relação janeiro11/janeiro10, respondeu este mês pela quinta maior contribuição à taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado, a taxa de variação chegou aos 6,7% nos últimos 12 meses. Atribui-se este comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis (variação de 0,5% nos últimos 12 meses – subitem Combustíveis do IPCA) e ao aumento da frota em 2010.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o sexto maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 4,9% no volume de vendas em relação a janeiro de 2010. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos e brinquedos, esta atividade vem tendo seu desempenho influenciado pelo quadro geral de crescimento da economia. A taxa acumulada nos últimos 12 meses foi da ordem de 9,0%.

Livros, jornais, revistas e papelariaobteve variação de 12,5%, exercendo o sétimo maior impacto na taxa global de variação do varejo. A taxa acumulada para os últimos 12 meses foi na ordem de 12,6%. Estes resultados decorrem provavelmente de antecipações de compras de materiais didáticos, uma vez que o ano letivo teve seu início já no mês de fevereiro.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação ficou responsável pelo mais fraco impacto na formação da taxa global, obtendo acréscimo no volume de vendas, em janeiro, da ordem de 7,4% sobre igual mês do ano passado e taxa acumulada nos últimos 12 meses de 22,5%. A atividade teve variação abaixo da média este mês, sinalizando uma acomodação no setor uma vez que em todo o ano de 2010 cresceu à taxa de dois dígitos e sempre acima da média.

Varejo ampliado varia -0,2% no volume de vendas

O Varejo Ampliado registrou variação negativa de –0,2% para o volume de vendas e de –0,6% para a receita nominal de vendas, ambos com ajuste sazonal (comparados com dezembro de 2010). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve crescimento de 11,2% para o volume de vendas e de 14,6% na receita nominal de vendas. No acumulado dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 12,3% e 15,3% para o volume de vendas e para a receita nominal, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças registrou variação de 16,4% em relação a janeiro de 2010. Tal resultado aparentemente alto mostra, na verdade, uma desaceleração da atividade, uma vez que as taxas de novembro e dezembro (na mesma base de comparação) foram de 30,4% e 26,0%, respectivamente. Na comparação com dezembro os resultados foram de -7,1% para o volume e -5,0% para a receita nominal de vendas, mostrando que o segmento já pode ter sofrido a influência das medidas macroprudenciais tomadas em dezembro de 2010. No acumulando dos últimos doze meses a variação foi de 14,6%.

Quanto a Material de Construção, as variações foram de 16,5% na comparação com janeiro de 2010 e de 16,2% no acumulado dos últimos 12 meses. É a décima quinta alta consecutiva da atividade, mostrando a total recuperação do setor após a crise financeira global de 2008, uma vez que para os dez primeiros meses de 2009 foram de resultados negativos.

Na comparação com janeiro de 2010, resultados positivos em todas as UFs

Todas as vinte e sete Unidades da Federação apresentaram resultados positivos na comparação janeiro de 2010. Os destaques foram para as variações de Tocantins (61,5%), Roraima (27,3%), Rondônia (26,0%), Acre (20,3%) e Paraíba (19,4%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, sobressaíram, pela ordem, São Paulo (6,9%), Rio de Janeiro (9,7%), Minas Gerais (12,7%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Bahia (7,7%).

Em relação ao varejo ampliado, também todas as Unidades da Federação apresentaram resultados positivos. As maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Tocantins (57,9%), Espírito Santo (27,9%), Acre (24,0%), Mato Grosso (23,7%) e Roraima (22,2%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (9,4%), Minas Gerais (18,0%), Rio de Janeiro (11,0%), Rio Grande do Sul (10,6%) e Paraná (9,0%).

Ainda por Unidades da Federação e para o volume de vendas, os resultados com ajuste sazonal foram negativos em quatro estados: Tocantins (-2,1%), Sergipe (-2,1%), Alagoas (-0,7%) e Mato Grosso (-0,2%). Os maiores acréscimos ocorreram no Roraima (12,8%), Paraíba (6,0%), Rio Grande do Norte (4,2%), Amazonas (3,2%), Santa Catarina (3,1%) e Ceará (3,1%).