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Em novembro, vendas no varejo crescem 1,1% e receita nominal 1,2%

Em novembro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,1% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal...

12/01/2011 07h01 | Atualizado em 12/01/2011 07h01

Em novembro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,1% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,2%. Com tais números, o setor completa sete meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de 11 meses em receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 9,9% (sobre novembro de 2009), 11,0% no acumulado em 2010 e 10,8% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 14,8%, 14,4% e de 14,1%, respectivamente.

Entre atividades, oito têm variação positiva

Na série com ajuste sazonal, oito das 10 atividades obtiveram variações positivas em volume de vendas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%); Móveis e eletrodomésticos (2,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%); Material de construção (0,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%); Veículos e motos, partes e peças (0,2%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). Por outro lado, as variações negativas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-3,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

Já na comparação com novembro de 2009, todas as atividades cresceram: Veículos e motos, partes e peças (30,4%); Livros, jornais, revistas e papelaria (23,2%); Móveis e eletrodomésticos (20,5%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,4%); Material de construção (15,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,0%); Tecidos, vestuário e calçados (9,2%); Combustíveis e lubrificantes (6,3%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%).

Móveis e eletrodomésticos deu a maior contribuição (36%) para a taxa global do varejo e a segunda (13%) na taxa do varejo ampliado. Nos acumulados, altas de 18,3% de janeiro a novembro de 2010 e de 17,7% em 12 meses. O desempenho é fruto da recuperação do crédito e da manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, além da queda das vendas em maior parte de 2009 (configurando um certo “efeito-base”), conseqüência da crise financeira do final de 2008.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 5,6% sobre novembro/09; respondeu por 27% da taxa do varejo e 10% do varejo ampliado. A recente redução de seu ritmo de crescimento pode ser explicada pelo aumento de preço do alimentos (alta de 6,7% entre setembro e novembro de 2010, segundo o IPCA). Em termos acumulados, as variações foram de 9,3% nos primeiros 11 meses do ano e últimos 12 meses. Seu desempenho reflete o comportamento positivo da massa salarial (expansão de 9,6% sobre novembro de 2009, segundo a PME, no que se refere a massa de rendimento real habitual dos ocupados).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., foi o terceiro maior contribuinte para a taxa do varejo e o quarto para a do varejo ampliado. As altas de 8,9% no acumulado de 2010 e de 8,7% no de 12 meses, mesmo abaixo do índice global, refletem a evolução positiva da massa salarial e do crédito.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 13,4% sobre novembro de 2009, respondeu pelo quarto e quinto maiores impactos na formação dos resultados do varejo e do varejo ampliado, respectivamente. Com altas de 11,6% nos acumulados de 2010 e dos últimos 12 meses, o segmento mantém pelo terceiro ano consecutivo resultados acima da taxa global. Contribuem para isso o crescimento da massa real de salários, a ampliação da oferta de medicamentos genéricos e a própria essencialidade dos produtos do gênero.

Tecidos, vestuário e calçados respondeu pela quinta maior contribuição à taxa global do varejo. Nos acumulados, o crescimento de 10,8% nos onze primeiros meses de 2010 e de 10,0% no acumulado de 12 meses expressam a recuperação das vendas do segmento após um ano de resultado negativo (queda de 2,1% entre 2008 e 2009). Para tal resultado ajudaram o crescimento da massa salarial e a retomada do crédito.

Combustíveis e lubrificantes exerceu a sexta maior contribuição para a taxa global. As altas foram de 6,6% e 6,5% em 2010 e nos últimos 12 meses, respectivamente. Embora abaixo do índice geral, os resultados superam os 0,8% obtidos pela atividade em 2009. Isso se explica não apenas pelo aquecimento da atividade produtiva em 2010, como também pelo aumento de receita proveniente do maior consumo de gasolina em relação, principalmente, ao álcool.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação respondeu pela sétima contribuição para a formação da taxa do varejo e a oitava do varejo ampliado. A atividade acumulou altas de 23,8% nos onze meses de 2010 e de 21,3% nos últimos 12 meses. Explicam o desempenho o aumento de renda; a retomada do crédito; a queda de preços dos produtos do gênero, principalmente os microcomputadores (-9,3% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA); e a ampliação das vendas de celulares.

Livros, jornais, revistas e papelaria registrou a menor contribuição para a taxa global do varejo. Nos acumulados em 2010 e dos últimos 12 meses, suas altas foram de respectivamente 10,2% e 10,1%. Tais resultados decorrem da melhoria do poder de compra da população, bem como da diversificação da linha de produtos ofertados, com destaque para a participação crescente dos suprimentos de informática.

Varejo ampliado acumula alta de 11,9% em 2010

No Varejo Ampliado, os crescimentos sobre outubro, ajustados sazonalmente, foram de 1,4% para o volume de vendas e de 1,5% para receita nominal. Nas demais comparações, o volume de vendas cresceu 17,0% em relação a novembro de 2009, 11,9% no acumulado de 2010 e 12,1% no acumulado de 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal cresceu 19,8%, 14,7% e 14,7%, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças – que entra apenas no cômputo da taxa do varejo ampliado – tem participação de 59% no resultado global do setor. Nos acumulados dos 11 primeiros meses de 2010 e nos últimos 12 meses, o segmento registra acréscimos superiores à média (respectivamente 13,0% e 14,0%). Tais números resultam das condições favoráveis do crédito.

Material de Construção, após registrar resultado negativo em 2009 (-6,6%), voltou a crescer: 15,6% no acumulado em 2010 e 15,0% nos últimos 12 meses. O desempenho tem como principais fatores a desoneração fiscal sobre um conjunto de produtos e a ampliação dos financiamentos habitacionais.

Na comparação com Novembro de 2009, Resultados positivos em todas as UFs

Todas as 27 Unidades da Federação tiveram resultados positivos na comparação com novembro de 2009, com destaques para Tocantins (69,8%), Rondônia (28,1%), Paraíba (22,3%), Maranhão (19,4%) e Ceará (17,3%). Quanto à participação na taxa do varejo, os destaques foram São Paulo (8,3%), Rio de Janeiro (9,8%), Minas Gerais (12,4%), Rio Grande do Sul (13,9%) e Bahia (12,6%).

Em relação ao varejo ampliado, os maiores desempenhos no volume de vendas ocorreram em Tocantins (51,8%), Rondônia (31,3%), Mato Grosso (30,3%), Acre (26,1%), Paraíba (26,0%) e Amapá (24,9%). Para o resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (15,4%), Minas Gerais (17,9%), Rio de Janeiro (14,4%), Rio Grande do Sul (18,8%) e Paraná (19,6%).

Já na comparação com outubro (série com ajuste sazonal), as variações positivas ocorreram em 17 das 27 UFs, com destaques para Alagoas (3,7%), Amapá (3,1%), Ceará (1,9%), Bahia (1,8%) e Minas Gerais (1,8%). Por outro lado, as maiores quedas ocorreram em Roraima (-9,3%), Distrito Federal (-3,0%), Rio Grande do Norte (-2,1%) e Maranhão (-2,0%).